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Donos de food trucks marcam protesto
O edital da licitação que libera os food trucks em Curitiba, publicado nesta quinta (9) pela Prefeitura, gerou fortes críticas por parte dos truckeiros. Para protestar contra o documento, que estabelece regras e define horários e pontos nos quais os veículos poderão ficar parados para vender seus produtos, empresários do setor marcaram para a próxima terça (14) uma carreata em direção ao prédio da Prefeitura, na Avenida Cândido de Abreu. O ato está previsto para começar às 9h30 com saída do estacionamento do Museu Oscar Niemeyer (MON), no Centro Cívico.
“Por meio de um edital de licitação mal formulado e digno de muitos motivos para impugnação, a Prefeitura pretende que os trucks atuem em locais onde os empresários não têm interesse, em razão da falta de infraestrutura e segurança, baixa circulação de pessoas e incompatibilidade com o público alvo e sem a possibilidade de disponibilizar mesas e cadeiras para o conforto dos clientes”, diz Henrique Justus, proprietário do My Way Food Truck, numa mensagem que está circulando por WhatsApp entre os empresários do setor . “O edital ainda pretende cobrar taxas abusivas, que aumentam ainda mais os custos e inviabilizam a venda de alimentos a preços acessíveis”, continua Justus.
Na tarde desta quinta (9), o vice presidente da Associação Paranaense de Food Trucks, Antônio Tanaka, havia se posicionado contra as regras estabelecidas no edital. Os truckeiros reclamam dos valores cobrados por adquirir os pontos na licitação (que chegam até R$ 1.171,10) e as mensalidades cobradas pela Prefeitura (até R$ 1.505,70). Outra questão é a qualidade dos locais públicos escolhidos pelo poder público que, segundo Tanaka, são “um pior que o outro”, e os horários em que os caminhões poderão estacionar. Outro problema é o tamanho dos caminhões: segundo Tanaka, todos os trucks que atualmente circulam por Curitiba ultrapassam as medidas fixadas pela Prefeitura no edital.
“Reclamação é infundada”
Em entrevista ao Bom Gourmet, na tarde desta sexta (10), o secretário de Urbanismo, Reginaldo Cordeiro, disse que a “reclamação dos empresários é infundada”, já que a Prefeitura fez tudo para atender as demandas. “Foram vetados locais em vias públicas que não respeitam a distancia mínima de outros comércios gastronômicos e os que atrapalhariam o trânsito ou roubariam as vaga de estar”, afirmou Cordeiro.
Em relação às mensalidades cobradas pelo poder público, Cordeiro afirmou que são baratas comparadas com o lucro potencial dos food trucks: “Estamos falando de um taxa diária de R$ 60-70 no máximo, sendo que os trucks vendem comida a R$ 25-30. Além disso, essas taxas são para a ocupação do solo público, já existiam e se aplicam a todos, não apenas aos food trucks”.