Após uma longa temporada e 13 eliminados, o fluminense Rafael Gomes, de 35 anos, se sagrou campeão do MasterChef Profissionais 2018 na noite desta terça-feira (11). Disputando o título com o gaúcho Willian Peters, de 33 anos, Rafael preparou um menu clássico, mas com toques de modernidade.

O desafio final exigiu bastante dos cozinheiros profissionais, que seguindo a tradição do programa, tiveram que preparar um menu completo com duas entradas, dois pratos principais e duas sobremesas.  Um vídeo logo no início do programa mostrando a trajetória dos últimos seis cozinheiros – André, Daniel, Manoela, Heaven e os dois finalistas – deu o tom de como seria o último episódio do MasterChef: eletrizante.

Como ficou marcado durante todo o reality, na final não foi diferente a troca de provocações,  o que aumentou ainda mais a rivalidade dos últimos momentos do reality. Durante a prova, Willian brincou com Rafael várias vezes. Visivelmente mais tranquilo que o adversário, o gaúcho manteve o bom humor, apesar dos percalços naturais da final do MasterChef.

Com a entrada das famílias no estúdio, os cozinheiros se emocionaram. Rafael recebeu seus pais e irmão enquanto Willian teve a presença da mãe, namorada e do filho adolescente. Rafael abraçou fortemente a mãe, que diz ser sua grande inspiração na cozinha.

Os competidores tiveram 1 hora para preparar as entradas, 1h30 para os dois pratos principais e 1h30 para as duas sobremesas, com três minutos de mercado para cada uma das etapas. O menu de Rafael foi batizado de Sem Fronteiras.

As entradas do fluminense foram bem clássicas: carpaccio de vieiras com rabanete melancia e creme de caviar e a segunda foi um fricassé de cogumelos, ovo poché, trufa negra e creme de Grana Padano.

Durante o preparo do prato principal, Rafael “perdeu o psicológico”, com alguns percalços e ingredientes esquecidos no mercado. Suando muito e visivelmente nervoso, o fluminense teve de superar várias dificuldades e contou com a ajuda de Daniel, do mezanino, para a contagem do tempo.

No fim, ele terminou a montagem dos pratos no último segundo, arrancando gritos de Paola. Ele cozinhou uma lasanha aberta de cavaquinha, abobrinha e emulsão de tucupi e pato laqueado com mel, molho de cenoura e cavaquinha como pratos principais.

Nas sobremesas, Rafael serviu um cremoso de chocolate branco com sorbet de maracujá e uma tangerina com espuma de mel de cacau, bolo de castanha do pará e açafrão. A ideia do cozinheiro foi usar ao máximo ingredientes brasileiros para fechar o seu menu.

No preparo das sobremesas, Willian cortou o dedo ao abrir a gaveta de facas. O machucado sangrou bastante e o bombeiro do programa teve que atendê-lo duas vezes, deixando quem estava no mezanino ainda mais nervoso.

O trio de jurados destacou o profissionalismo dos dois cozinheiros. Paola arrancou lágrimas de todos ao contar que ainda se arrepia ao ver chefs trabalhado em um balé coordenado da cozinha. Ambos os menus foram elogiados, mas o de Rafael foi considerado equilibrado e surpreendente na medida certa.

Embora não fosse o predileto do público, Rafael era considerado o favorito da competição, por ter vencido mais provas e também por ter tido uma trajetória mais estável, sempre com destaques positivos.

Além do troféu, cozinheiro levou para casa o prêmio de R$ 200 mil, além de uma cozinha equipada da Tramontina e R$ 1 mil em compras durante um ano no cartão Carrefour.

Rafael foi o cozinheiro que mais venceu provas nesta edição do programa — quatro provas individuais – leilão surf and turf, faqueiro dos clássicos. prova de serviço no Le Bife, do chef Erick Jacquin, e cebola – e teve quatro vitórias em equipe – comida bar, fábrica de chocolate, menu dos especialistas e prova em Recife. Por sinal, foi nas provas em equipe que o fluminense mostrou seu lado competitivo e de liderança, sempre comandando a brigada da cozinha, mesmo quando não era o líder oficial da equipe.

Dono de um vasto repertório e bastante competitivo, Rafael não caiu nas graças do público e sempre foi um dos cozinheiros mais criticados da internet. Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro, Rafael é dono do próprio restaurante em Paris, o Itacoa.

Perfeccionista e dono de comentários considerados pretensiosos ao longo do programa, o fluminense começou a cozinhar aos 19 anos e passou pela cozinha de diversos restaurantes renomados na Europa e nos Estados Unidos, como o estrelado Eleven Madison, que ganhou a terceira estrela Michelin quando ele era subchefe e o internacionalmente conhecido Gramercy Tavern, ambos em Nova York.