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Ponto do molho e criatividade com ingredientes da cesta básica definem eliminação do MasterChef
O episódio do MasterChef, Rede Bandeirantes (22h40), da última terça-feira (19) começou à flor da pele. Isso porque os participantes tiveram que passar por mais uma prova da caixa — com ingredientes surpresa para cozinhar. A maioria torcia para não se deparar com um bicho vivo ou frutos do mar, considerado por eles difíceis de trabalhar. Mas o que estava embaixo da caixa era um apanhado de itens populares: uma cesta básica. Macarrão, arroz, feijão, goiabada, fubá e café… Itens conhecidos por todos, mas pouco utilizados em pratos gourmet. Ainda mais com ingredientes limitados.
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“Entre os vários itens da cesta temos duas coisas fenomenais: o arroz e o feijão. Mas nessa prova a qualidade é essencial”, disse o chef Henrique Fogaça, um dos jurados do programa. Ele ainda fez uma analogia dizendo que os ingredientes são o combustível dos sonhos dos brasileiros. Para incrementar as receitas, peito de frango, salsa, tomilho e alecrim foram cedidos aos cozinheiros. “É preciso sair do óbvio. Se for fazer arroz, feijão e frango tem que ter uma sacada”, falou a chef e jurada Paola Carosella.
Dos preparos básicos como o frango com macarrão e o brasileiríssimo arroz, feijão e bife à milanesa aos pratos criativos como o frango com arroz de café, baião de dois de sardinha e jambalaya à brasileira, os jurados provaram um pouco de tudo. O bolinho de arroz servido com molho de ervas, opção de petisco preparado pela participante Raquel (empresária de BH), se destacou e foi o prato preferido dos jurados. Erick Jacquin não participou, pois estava na França recebendo um prêmio. O clima sério marcou a edição, que não teve o alívio cômico dado pelo chef.
A segunda prova, a de eliminação, foi classifica por Ana Paula Padrão, apresentadora da competição como “Só para os fortes”. Os participantes tiveram uma verdadeira aula de culinária oriental com o chef convidado Tsuyoshi Murakami, do restaurante Kinoshita. Eles tiveram que reproduzir um prato chamado Ebi tamago don (domburi de camarões e gema de ovo orgânico e molho teriyaki). Segundo os chefs, a prova exigia mais técnica e atenção do que o lado autoral. Vencedora da primeira prova, Raquel ganhou a oportunidade de cozinhar lado a lado com o chef convidado e de concorrer a uma imunidade em qualquer momento da competição caso conseguisse cozinhar um prato melhor do que o original.
O ponto do molho teriyaki foi a grande dificuldade dos participantes. O publicitário Vitor (da Bahia) o deixou queimar e optou por apresentar o prato sem o ingrediente. O português Nuno também descuidou e seu teriyaki virou um caramelo, muito duro. A dica de Fogaça para saber se o ponto do molho está certo é simples. “Quando você está fazendo a redução na panela não tem certeza da consistência que o molho vai ficar. Então você precisa passar a colher no fundo da panela, olhar para as costas da colher e passar o dedo. Ele pode estar líquido, duro ou no ponto”, explicou.
Na hora de experimentar o primeiro prato apresentado para os jurados foi o de Raquel, que conseguiu não conquistar a imunidade, mas foi bastante elogiada pelos chefs. Os destaques ficaram com Gleice, Lee e Aluísio (de São Paulo) escolhido como o melhor da prova.
A paranaense Thaiana deixou o arroz duro e o molho pouco reduzido, mas segundo Paola, o gosto do prato era bom. Vitor foi o terceiro eliminado da competição.