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Semifinal do Masterchef não mostrou aquilo que o público quer ver
Erros básicos de cozinha, falta de conhecimento técnico e muito nervosismo, presentes em diversos episódios, também marcaram a semifinal do MasterChef na última terça-feira (24). A empresária Eliane foi eliminada da competição ao apresentar três pratos que não cumpriram com o que a prova propôs, com erros inaceitáveis para essa etapa do programa e que deixavam a desejar no quesito sabor. O desafio era transformar três ingredientes da culinária brasileira: feijão, mandioca e banana em pratos de MasterChef. Mandioca dura e sem tempero, carne seca e um purê de banana que faltou leveza foram algumas das críticas que a competidora Eliane recebeu. A companheira de prova, a sommelier Maria Antônia também não foi poupada das críticas, mas salvou-se por apresentar pratos “menos piores”, conforme avaliação do trio de jurados e chefs Paola Carosella, Erik Jacquin e Henrique Fogaça.
A tônica do discurso dos chefs não é nova nessa edição do programa: com poucas exceções os participantes mostraram uma trajetória de erros de processos, de execução, falta de conhecimento de ingredientes, receitas e técnicas e pratos que fogem do que o público quer ver em uma competição de culinária. Mesmo se tratando de cozinheiros amadores, outras edições mostraram que é possível, sim, surpreender.
O nervosismo e a pressão a que são submetidos os competidores – que em muito se assemelha a um ambiente de cozinha profissional – fez com que Aristeu fosse eliminado preparando um dos pratos a que está mais acostumado: o peixe tambaqui; fez também com que a Rita, umas das competidoras mais fortes dessa edição, perdesse o controle num tema que domina: técnica. O choro é comum. No último episódio, Eliane passou grande parte do tempo em que cozinhava chorando. Maria Antônia também se rendeu à emoção em diversos momentos.
O objetivo de apresentar pratos elaborados, dignos de MasterChef, também prejudicou os candidatos nesse edição. Muito conceito e pouco sabor foram críticas dos chefs em diversos momentos. E foi isso que se viu no episódio de ontem: as cozinheiras chegaram ao duelo esperando um desafio da alta cozinha e se perderam ao se depararem com ingredientes do dia a dia do brasileiro. Coube aos jurados escolher o que apresentou menos erros, e não o melhor, como era de se esperar a essa altura da competição.
Hugo se destaca na competição com réplica do sorvete de goiaba
O QUERIDINHO DO PÚBLICO
O dentista Hugo se firma como o favorito da competição e o queridinho do público. Na primeira etapa da semifinal, o competidor garantiu sua vaga na final ao preparar a melhor réplica do famoso sorvete de goiaba recheado com goiabada cascão e gergelim do chef Pablo Oazen, vencedor da segunda edição do MasterChef profissionais. Os participantes precisaram usar o nitrogênio líquido pela primeira vez na vida para esfriar e dar a consistência correta ao sorvete. Depois, os processos incluíram ainda rechear, dar um banho de chocolate branco e preparar um crumble.
A trajetória de Hugo no programa foi surpreendente: foi salvo por duas vezes na disputa. Primeiro, quase não entrou no programa ao ser eliminado por Victor Hugo no duelo inicial do MasterChef. Voltou pela repescagem. Depois, foi eliminado ao errar na limpeza da carne de cordeiro em uma prova em grupo. Foi salvo novamente pela repescagem. Carisma não falta ao dentista, que é tido nas redes sociais como o “protegido da chef Paola”, que não consegue esconder sua simpatia pelo competidor no programa. Na prova final, Hugo vai enfrentar Maria Antônia e ambos terão que preparar um menu completo de alta gastronomia: os vídeos de apresentação do último episódio do programa mostram que a competição será acirrada e que o nível “MasterChef” pode aparecer, enfim, no desafio final.
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