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Licitação de food trucks em Curitiba fracassa
Curitiba não terá food trucks em espaços públicos. Pelo menos por enquanto. A licitação, que estabelece horários e locais públicos em que os caminhões de comida podem estacionar, não teve candidatos aptos a concorrer aos 71 lotes. O único participante foi desclassificado porque “não atendeu totalmente as exigências de habilitação”, como diz o texto do Diário Oficial do Município, publicado nesta quinta-feira (14).
Na segunda (11), dia em que foram abertos os envelopes com as ofertas dos empresários, a Associação Paranaense de Food Trucks (APFT) anunciou que boicotou a licitação como forma de protesto ao edital lançado em junho pela Secretária de Urbanismo.
Os donos de food trucks dizem que o texto não atende às demandas do setor. Um dos pontos de discordância é a distância mínima que um truck pode ficar de bares e restaurantes, além do valor das taxas mensais. Outro ponto de crítica da Associação é que os locais públicos escolhidos pela Prefeitura teriam “baixa circulação de pessoas” e “falta de infraestrutura e segurança”.
A única proposta apresentada, desclassificada após análise do órgão público, foi a da Bom Strudell. A proprietária Eloisa Carraro revelou ao Bom Gourmet que não teve conhecimento do boicote promovido pela Associação e por isso participou.
Na tarde desta sexta, em entrevista ao Bom Gourmet, o secretário de Urbanismo, Reginaldo Cordeiro, disse que os donos de food trucks “perderam uma grande chances de se regularizarem”. ” Trabalhamos em conjunto com eles e com as entidades do setor para fazer a regulamentação. Minha impressão é que eles preferem ficar na ilegalidade e agora vamos fiscalizá-los“, afirma.
Segundo ele, os truckeiros “sugeriram locais que a Prefeitura infelizmente não pode aceitar, por exemplo, em frente a atividades fixas como na Vicente Machado. Mesmo assim conseguimos escolher bons lugares, como os parques Tanguá e Barigui e o Cabral“, diz o secretário.
O futuro dos food trucks nas ruas de Curitiba é incerto. Cordeiro informou à reportagem que vai lançar outra licitação, mas não sabe quando e se haverá mudanças no texto. A única certeza, segundo os secretário, é “os pontos têm que ser os mesmos” deste edital.