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Vai faltar ostra em Curitiba: toxina em SC prejudica comércio do molusco
O alerta da Secretaria da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina sobre a interdição da captura, comercialização, retirada e consumo de ostras vieiras, mexilhões e berbigões, na região de Porto Belo, pode interferir no cardápio dos restaurantes que vendem frutos do mar em Curitiba.
O comunicado de quinta-feira (19) esclarece sobre exames laboratoriais que revelam a presença da toxina PSP, do grupo da saxitoxina, que causa diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais, perda de sensibilidade nas extremidades do corpo e em casos severos, paralisia generalizada e morte. A interdição na faixa litorânea da região é preventiva e não tem previsão para que a coleta volte ao normal.
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Postura dos restaurantes
Os restaurantes do Grupo Victor vendem cerca de 200 dúzias de ostras por mês (2.400 unidades) e quando há interdições como essa, o empresário Francisco Urban costuma avisar aos clientes sobre a possível falta do produto de forma transparente. “Avisamos nossos clientes, recebemos os documentos e pareceres dos órgãos competentes até tudo estar resolvido”, afirma Urban.
O restaurante Vindouro, que serve ostras gratinadas, trabalha com as ostras pré-congeladas para evitar a falta do ingrediente. Silvana Setter, gerente do restaurante, comunica os clientes após o recebimento de todas as notificações das instituições responsáveis. “Nós dispomos de um estoque que pode nos abastecer por até um mês. Mas em caso de falta do produto, podemos adquirir em Paranaguá, se tiverem o mesmo padrão de qualidade das ostras de Santa Catarina”, afirma.
Mika Maki, do restaurante Yumê, que trabalha com o sistema de buffet por quilo, costuma substituir o ingrediente quando há faltas como essa ou por outras razões. “Avisamos os clientes sobre o problema e o cardápio passa a ter polvo, por exemplo”.