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Participante do Paraná no Masterchef surpreende com releitura da torta Madalena

Priscila Bueno, especial para a Gazeta do Povo
29/03/2017 14:55
A caixa misteriosa é a mais temida do MasterChef, reality de gastronomia transmitido pela Band. E no episódio desta terça, dia 28, não foi diferente. Desta vez, ela era totalmente de tubérculos, como batata doce, inhame e batata. “Batata é o presente da América do Sul para o mundo. Oito mil quilos de batata são consumidos por segundo no mundo”, disse Paola Carosella.
E o participante do Paraná, Vitor Bourguignon (26 anos), surpreendeu os jurados ao apresentar uma Madalena invertida com batata doce, chips de batata inglesa e molho reduzido da carne. É invertida porque em vez de por a última camada de batata, ele colocou o chips. A Madalena, que é uma receita caseira e muito comum nas mesas do Sul do Brasil, foi comparada a uma especialidade francesa. “É um hachis parmentier. Acho que você entendeu bem a prova”, comparou Erick Jacquin. O hachis parmentier é um empadão de carne e purê de batata tradicional da culinária francesa.
Vitor Bourguignon em Brasília e atualmente mora em Curitiba, no Paraná. Tem uma empresa de mídias sociais e faz parte de duas bandas: uma de pagode e outra de pop. Extrovertido e carismático, seu sonho é viver de gastronomia, mas ainda não sabe muito bem que direção deve tomar.
Vitor B. se destacou no programa. Foto: Comunicação Band/ Divulgação
Vitor B. se destacou no programa. Foto: Comunicação Band/ Divulgação
A caixa misteriosa continha diversos tipos de tubérculos. Foto: Comunicação Band/ Divulgação
A caixa misteriosa continha diversos tipos de tubérculos. Foto: Comunicação Band/ Divulgação
A prova foi complicada porque a maioria dos 21 participantes não entendeu a dinâmica e, ao colocar uma proteína junto com o tubérculo, mascarou o sabor do ingrediente. Além disso, os jurados estavam mais exigentes. “A cebola parece ter sido cortada pelos dentes de um cachorro”, falou Paola em um determinado momento do episódio.
Quem teve a maior vantagem nesta prova foi Leonardo, que fez uma batata doce com crosta de sal, molho bernaise e cinzas de cebola. “É um prato simples, mas objetivo”, elogiou Jacquin. A tailandesa Yuko também se deu bem. Ela foi a única a apresentar um prato doce: pudim de leite de côco com mandioquinha e mandioca.
A prova de eliminação também foi difícil: replicar dois pratos de Henrique Fogaça. Eram atum em crosta de gergelim e molho teriyaki, arroz negro, palmito pupunha e tartare de tomate e cupim na manteiga de garrafa, mandioca cozida e farofa de banana, coentro e dedo de moça. Na avaliação de Fogaça, o mais complicado era o atum. “Você tem que fazer o molho teriyaki, acertar as medidas e o ponto. O arroz negro tem que estar no ponto para ficar enformado no aro”, explicou. O que se viu dali em diante foi uma verdadeira aula de gastronomia.
Fogaça deu uma aula sobre atum e cupim aos participantes. Foto: Comunicação Band/ Divulgação
Fogaça deu uma aula sobre atum e cupim aos participantes. Foto: Comunicação Band/ Divulgação
Ele explicou que o molho teriyaki leva carcaça de peixe, shoyu, açúcar, cenoura, maçã, água e gengibre, mas não deu as medidas. “O arroz negro faz na pressão”, explicou. Ele tem três a quatro vezes o tempo de cozimento do arroz comum. O palmito ele fez no alumínio. O atum, passou no azeite, sal e pimenta e depois no gergelim “Você deixa na frigideira 35 segundos de cada lado”, disse. Já o cupim, normalmente ele o faz com papel celofane e três horas e meia de forno. “Como não temos esse tempo, usem a panela de pressão e cortem em pedaços”, explicou. A farofa exigia técnica porque a ideia era deixá-la crocante, mesmo com a banana úmida.
Aderlize, Bruno, Fernando, Nayane ficaram entre os pratos “menos felizes”. A disputa pelo pior prato ficou entre Bruno e Nayane. “Nayane, o seu prato estava sem sal, o atum estava sem crosta. O prato com tubérculos estava sem sabor. Uma comida ruim”, resumiu Paola. Porém, o eliminado da noite foi Bruno, que fez um prato com farofa queimada, muita banana, um cupim fino, seco, mandioca crua e sem sal.
Reality também foi marcado por duas críticas aos participantes. Foto: Comunicação Band/ Divulgação
Reality também foi marcado por duas críticas aos participantes. Foto: Comunicação Band/ Divulgação
Principais pecados cometidos pelos participantes na etapa desta terça: 
* Caroline tentou fazer uma tortilla com um aro, o que fez com que o ovo escorresse para a frigideira. A batata também estava crua. Como não teve tempo suficiente, ela praticamente jogou a salada no prato, sem qualquer tempero e arrumação.
* Taise fez um purê com aipim, batata inglesa e queijo no processador e pecou na apresentação. “Purê se faz manualmente por causa do amido”, explicou Jacquin. “Nem minha filha faz isso”, disse Paola ao ver a apresentação do prato.
* Nayane fez polvo com mandioquinha. “Ele é o rei do mar. Difícil que ele não seja o protagonista. Sabe como se chama isso na Argentina? Um papelão”, afirmou Paola.
* Abel fez pouco arroz porque parte dele virou um mingau. “Você tem que aumentar o grau dos óculos. Olha a quantidade de arroz. Mas, está gostoso. Não tem grandes defeitos”, avaliaram os jurados.
* Tayse também colocou limão no tartare de tomate. “Eu gostei muito e não gostei. Tem excesso de acidez, de doce. Se fosse um canapé eu gostaria. Mas, no prato não deu certo”, disse Paola.
* Nayane. “Quando você mexe com sabores deve ter cuidado. Gergelim é forte, arroz negro é diferente. Está muito desequilibrada a sua comida. Será que você tem que estar aqui mesmo?”, disparou Paola.
* Valter. O mais difícil é dar o ponto no cupim, o que resultou numa carne seca. “É um chiclete sabor cupim e sem tempero”, disse Jacquin.

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