“O rock’n’roll e o blues são o tempero fundamental da nossa cozinha e nunca estamos sem ele vertendo por nossas caixas de som! Amo tudo que é lado B dos anos 70. Além de serem indispensáveis Neil Young, os riffs de Keith Richards, Rolling Stones (foto), Muddy Waters, Eric Clapton, Elmore James, Ryan Bingham, Gomez, Black Crowes, Wilco, Mighty Mighty Bosstonese, nosso porto seguro é Bob Marley.

“Gosto muito de um grande clássico do punk rock como Ramones (foto), mas no momento estou viciada na banda americana Kings of Leon. Gosto da batida e das melodias. As músicas mais lentas me acalmam e as mais agitadas me dão impulso para trabalhar. “Use Somebody” é, atualmente, a música que me dá tranquilidade para criar e testar novas receitas”.

“É uma delícia ouvir música cozinhando, mas no nosso dia a dia, dentro da cozinha do restaurante, isso é impossível. Quando estou cozinhando em casa ou em momentos de inspiração gosto de ouvir bandas como Life is a Loop e The Drowners. Por fazerem um rock animado tem tudo a ver com o pique da cozinha. Quando quero descontrair ou criar um prato, prefiro o som de Lilly Allen (foto)”.

“Acho que a culinária e a música têm o poder de nos transportar e trazer a recordação de momentos únicos. A minha família é muito musical. Nossos encontros giram em torno de música, comida e dança. Ultimamente tenho ouvido muita MPB, principalmente Caetano e Chico Buarque. Mas tenho duas músicas que me motivam e me inspiram: uma é “What a Wonderful World”, de Louis Armstrong; a outra é “Simply the best”, de Tina Turner (foto), que me faz lembrar do Ayrton Senna”.

“Não costumo escutar música durante o trabalho na cozinha. Na minha opinião, tira a concentração. Mas gosto de ouvir no carro a caminho para o trabalho. Prefiro sons com pegada mais forte. Entre os nacionais, destaco Chico Science e Nação Zumbi. O Science foi um dos músicos mais criativos de sua geração. Minha predileta é “Da Lama ao Caos”. Já nas bandas internacionais, me agrada o Rage Against The Machine (foto), que faz um som também com peso e letras politizadas.

“Quem me conhece sabe que eu sou muito tranquila na cozinha. Por esse motivo, gosto de criar e cozinhar escutando músicas que me deixem concentrada e, acima de tudo, inspirada. Para isso, não dispenso um bom jazz ou um soul de qualidade. São estilos musicais que tocam a alma e aguçam a criatividade, contribuindo muito para todo o processo de desenvolvimento.”