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Chef brasileiro está na final do maior concurso gastronômico do mundo

Redação
14/04/2018 14:34
O chef brasileiro Luiz Filipe de Souza, que comanda o restaurante Evvai, em São Paulo, conquistou na noite de sexta-feira (13), no México, uma vaga para disputar a final, em 2019, do Bocuse d´Or — considerada a maior competição gastronômica do mundo, criada em 1987 pelo aclamado chef Paul Bocuse.
Foto: Divulgação/Facebook<br>
Foto: Divulgação/Facebook
Ele venceu 10 concorrentes e conquistou o 4º lugar entre as cinco vagas das Américas para seguir na disputa e lutar pelo pódio mundial. O concurso realiza a final em janeiro do ano que vem em Lyon, na França.
Em 1º  lugar ficou o americano Matthew Kirkley (do Ment’or BKB Foundation, em São Francisco) —  ele ganhou um prêmio de 8 mil euros, que foi entregue pelo ganhador do Bocuse d´Orem 2017, Mathew Peters. Em 2º ficou Trevor Ritchie, do Canadá (George Brown College, em Toronto).
Porém, a América do Sul tem grandes chances de revelar o ganhador já que, além de Souza, se classificaram também o argentino Emiliano Scobert (El Obrador, Baroloche, em 3º lugar) e o chileno Mauricio Núñez (Achigas, Las Condes),  o 5º colocado.
Na etapa classificatória, o Brasil também venceu o prêmio de melhor bandeja, feito pelo artista Paulo Alves.

A prova

O chef se preparou durante 15 dias para a competição: são pouco mais de cinco horas de prova e, nesse tempo, o candidato faz duas receitas (uma com carne e outra com peixe) para servir aos jurados: Souza cozinhou um salmão mi-cuit curado na beterraba com molho de azedinha e puxuri e um leitão em pedaços, ladeado com trufas negras, molho de framboesa e estragão.
Chef Luiz Filipe e toda a equipe do restaurante Evvai. Foto: Divulgação/Facebook
Chef Luiz Filipe e toda a equipe do restaurante Evvai. Foto: Divulgação/Facebook
No júri, além do  presidente de honra  Jêrome Bocuse, filho de Paul Bocuse, estava o premiado chef Thomas Keller (Per Se, The French Laundry). O concurso também contou com uma comitiva brasileira, que tinha entre os integrantes a chef Bel Coelho e o chef Claude Troisgros.
No box onde preparou os pratos, Souza teve ajuda do cozinheiro Vinicuis Pires Alves, de 21 anos, que é chef da praça de carnes e peixes do Evvai.
Da classificação até a final, Luiz Filipe Souza terá nove meses para se preparar.

O prêmio

Criado em 1987 pelo chef francês Paul Bocuse (que morreu em janeiro, aos 91 anos) o Bocuse d’Or ocorre de dois em dois anos e tem etapas nacionais, continentais e a grande final em Lyon. O formato proposto por Bocuse segue até hoje: reunir 24 jovens cozinheiros de todo o mundo, que são os talentos mais promissores da geração, e fazer pratos em no tempo determinado (5h35), para um júri composto pelos chefs mais ilustres do planeta.
Por conta do aumento da procura, o concurso passou a realizar, em 2007, etapas nacionais e continentais para selecionar os 24 finalistas.
O Brasil já chegou duas vezes na final da premiação, que completou 30 anos em 2017. Mas sem vencedores: a melhor colocação foi o 10º lugar, em 1997, conquistada pelo cozinheiro Naím dos Santos.
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