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Artistas austríacos utilizam frutas para criar música eletrônica

Júlia Ledur, especial para a Gazeta do Povo
16/02/2016 23:00
Qual é o som das frutas? Foi em busca da resposta para essa pergunta que os artistas austríacos Fabio Di Salvo e Bernardo Vercelli, do dueto Quiet Ensamble, desenvolveram o Natura Morta (ou Still Life). No projeto, o dueto aproveita a eletricidade natural de bananas, abacaxis e peras para produzir batidas eletrônicas.
Os alimentos são conectados a controladores MIDI, que captam a energia elétrica e se transformam em sons audíveis, reproduzidos em amplificadores. Como cada fruta tem um ritmo diferente, as composições nunca são iguais. Além disso, os aparelhos conectores permitem que os músicos alterem os sons e produzam músicas techno, deixando as criações ainda mais originais.
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Devido à imprevisibilidade do áudio, metade das performances dos artistas são improvisadas. Nas apresentações, as frutas é que ditam a música. “Nós gostamos de ter controle parcial do caos”, disse Vercelli ao site norte-americano Business Insider. Os shows caóticos combinam as contínuas batidas inusitadas com luzes em efeito estroboscópico (efeito em que a luz dá movimento a objetos). As frutas, que ficam em pratos de acrílico, também recebem iluminação quando são tocadas e as frequências produzidas são transformadas em uma projeção em vídeo da visão macro dos “instrumentos”.
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Além da música eletrônica, os shows do dueto contam com vídeo projeções das frutas em um telão.
Além da música eletrônica, os shows do dueto contam com vídeo projeções das frutas em um telão.

Ouça o som das frutas:

Projetos anteriores
Di Salvo, com experiência em edição de vídeo, e Vercelli, que estudou cenografia, juntaram seus conhecimentos para desenvolver uma série de projetos que relacionam, de alguma maneira, a natureza com a tecnologia. Essa intersecção é descrita por Vercelli como “o delicado equilíbrio entre caos e controle, visível e invisível e a grandeza de pequenos eventos”.
Entre esses pequenos eventos está um dos primeiros projetos da dupla, Quintetto, que filmou o nado de peixes-dourados e, com a ajuda de um software, transformou os movimentos dos animais em sons. Outras criações – como Biografie, em que Vercelli pintou o caminho de insetos, ou Sul Rumore, Ascolta, concerto orquestrado por doze passarinhos em uma gaiola – também representam a fascinação dos artistas pela natureza.

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The Vegetable Orchestra
Outro grupo que ficou famoso por produzir sons com alimentos é a The Vegetable Orchestra. Onze músicos, também austríacos, formam a orquestra, que foi fundada em 1998 e já lançou três álbuns. As performances acontecem com instrumentos feitos de vegetais, que são fabricados pelos próprios artistas e utilizados em apenas uma apresentação, o que garante a variação e a originalidade dos sons. Os estilos musicais são vários e ilimitáveis: jazz, música contemporânea, eletrônica experimental, entre outros. Após os shows inusitados, o grupo oferece uma parte dos instrumentos e uma sopa de vegetais à plateia.

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