Pastel sem mistério, ora pois

Dos doces portugueses, o pastel de nata é o mais conhecido. O quitute também é chamado de pastel de Belém, pois teve sua origem nos mosteiro de Jerônimo, em Belém, hoje um bairro de Lisboa. A receita é do século 19 e foi uma das formas que os monges encontraram para aproveitar as gemas que sobravam da produção de hóstias, feitas com clara de ovo e farinha de trigo.

Frequentemente, o pastel de nata é lembrado pelo mistério que o cerca: dizem que só os monges que trabalham na confeitaria de Belém é que sabem o verdadeiro segredo para preparar o doce autêntico – e que eles não podem revelar a ninguém.

O confeiteiro português Paulo Cordeiro, chef do Sabores Únicos, que funciona há um ano em Curitiba, confirma a história. “Existe um segredo, sim. Não se trata de um ingrediente secreto, mas da forma de fazer”, afirma o chef.

Apesar do nome, o pastel de nata não leva nata. O recheio é feito com gemas de ovo, açúcar e leite, um trio típico da confeitaria portuguesa, podendo ser aromatizado com raspas de limão ou baunilha.

A pedido do Bom Gourmet, Paulo ensina a preparar o pastel de Belém, com base crocante de massa folhada e recheio firme e macio. E garante: fica igualzinho ao doce original.