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O prato ideal das ceias: nutricionista dá dicas para um final de ano mais saudável
Um final de ano mais saudável não precisa ser sinônimo de exagero nem de restrição extrema ou culpa na hora de montar o prato da ceia. É possível aproveitar as ceias de Natal e Ano Novo com boa comida e, sobretudo, qualidade. Mais: é possível até saber qual o modelo de prato ideal para as ceias. A nutricionista Aline Moser explica que é possível aproveitar as comidas típicas, os encontros e até os dias de praia com mais equilíbrio, fazendo ajustes simples nas escolhas e nas porções.
Onde moram os principais excessos
Segundo Aline, um dos maiores vilões dessa época são as frituras consumidas na praia, justamente pela praticidade, rapidez e pela tentação de “beliscar” o dia todo sem perceber. Depois delas, vem o excesso de álcool, que costuma acompanhar encontros prolongados, confraternizações e dias quentes, somando calorias e sobrecarregando o organismo.
Trocas inteligentes para petiscar
Na praia ou nas reuniões em casa, a nutricionista recomenda trocar porções fritas por snacks leves e práticos, como cenouras e pepinos em tirinhas, que podem ser servidos com shoyu light. Outra boa combinação são tomatinhos com queijo branco, que oferecem mais saciedade com menos gordura em comparação a salgadinhos e frituras tradicionais. Para as bebidas, a sugestão é dar preferência à tônica zero e a bebidas alcoólicas mais leves, como drinques à base de gim, sempre com moderação.
Como deixar os preparos mais leves
Na hora de pensar em sobremesas e outros pratos, a nutricionista destaca a importância de optar por versões sem açúcar sempre que possível, ajudando a reduzir o impacto calórico do cardápio. Ela também chama atenção para o sódio: alimentos muito salgados favorecem retenção de líquido e sensação de inchaço, algo comum após alguns dias de exageros.
O prato ideal da ceia: montagem e proporções
Para quem quer uma referência prática, a nutricionista sugere visualizar o prato dividido em partes. Cerca de um terço deve ser preenchido com salada verde e legumes grelhados, garantindo fibras, vitaminas e volume para aumentar a saciedade. Outro terço pode ser reservado às proteínas, enquanto aproximadamente um quarto do prato fica para os carboidratos, escolhendo entre arroz, farofa ou maionese, em vez de se servir de todas as opções de uma vez.
Hábitos que evitam exageros
Entre as atitudes do dia a dia, Aline recomenda evitar longos períodos em jejum antes da ceia. “Nunca pular refeições, a menos que não esteja com fome”, afirma. Na hora de se servir, a dica é começar sempre por prato de salada e caprichar nas folhas, o que aumenta a saciedade e naturalmente reduz o excesso nos outros itens.
Bebidas: o maior impacto calórico
Quando o assunto são as bebidas, a nutricionista aponta que refrigerantes concentram grande carga de açúcar e calorias, especialmente quando tomados em grandes quantidades. Já no caso do álcool, o maior problema é o excesso: um drinque isolado, consumido com consciência, não costuma ser o vilão, mas somar várias doses ao longo da noite aumenta bastante o impacto calórico.
Pressão social, culpa e desejo de comer
Aline também chama atenção para o impacto da cobrança estética. “Infelizmente hoje a cobrança pelo corpo ‘perfeito’ acaba deixando a saúde de lado, e nosso emocional acaba sendo abalado também”, analisa. Ela observa que muitas vezes “nos boicotamos às vezes, deixando de comer o que estamos com desejo e trocamos por muitas outras coisas mais calóricas e que não vão satisfazer.”
Por isso, o conselho final é de acolhimento, não de proibição: “Meu conselho é, está com vontade: coma, mas com moderação, um pedaço, um copo! Depois a vida volta ao normal.”


