Negócios e Franquias
Mesmo com decretos restritivos, rede de bares dobra de tamanho na pandemia
Embora a pandemia do coronavírus tenha fechado os bares de rua em boa parte do Brasil nestes últimos 17 meses, a rede paranaense Porks deu um salto de quase 100% no número de unidades abertas e de faturamento. Mesmo em meio às restrições impostas para conter o avanço da doença, a marca passou de 16 lojas no começo de 2020 para 31 neste mês de julho.
E prevê abrir mais 14 unidades até o final deste
ano, das quais 10 já estão com contratos fechados e as outras cinco em fase
final de negociação. No total, o faturamento passou de R$ 18 milhões no final
de 2020 para uma expectativa de R$ 36 milhões em 2021, mesmo com a queda forçada
do movimento de clientes e a operação apenas pelo delivery em muitas das lojas.
ano, das quais 10 já estão com contratos fechados e as outras cinco em fase
final de negociação. No total, o faturamento passou de R$ 18 milhões no final
de 2020 para uma expectativa de R$ 36 milhões em 2021, mesmo com a queda forçada
do movimento de clientes e a operação apenas pelo delivery em muitas das lojas.
O móvito atribuído a este salto de desempenho,
segundo José Araújo Netto, fundador da rede, é a flexibilidade que o formato de
franquia criado por ele deu aos franqueados. Diferente de outras redes, o
modelo permite ao empreendedor ter mais controle próprio da loja.
segundo José Araújo Netto, fundador da rede, é a flexibilidade que o formato de
franquia criado por ele deu aos franqueados. Diferente de outras redes, o
modelo permite ao empreendedor ter mais controle próprio da loja.
“A gente pegou um nicho de franqueados de pessoas que foram impactadas pela pandemia numa maneira de mudança de vida. São pessoas que trabalharam dez, quinze anos em grandes empresas e que decidiram não mais atuar assim, e o Porks é algo que mexe com a vontade que alguns têm de um dia serem donos de bar”, explica.
Tanto que este é o perfil de franqueado aceito pela rede, que não permite investidores que queiram apenas abrir diversas lojas sem ter o próprio empreendedor à frente do negócio. A operação, que custa a partir de R$ 135 mil e royalties de R$ 4 mil ao mês, demanda no máximo quatro a cinco colaboradores trabalhando no sistema “pegue e leve” (take away), apenas com serviço de balcão.
Bares suspensos
As restrições impostas pela pandemia, embora não
tenham sido uniformes em todo o país, permitiram que alguns serviços dos bares
seguissem funcionando, como a retirada no balcão sem consumo no local e o
delivery. Estes dois formatos fizeram com que a rede Porks continuasse em pé
sem fechar nenhuma loja.
tenham sido uniformes em todo o país, permitiram que alguns serviços dos bares
seguissem funcionando, como a retirada no balcão sem consumo no local e o
delivery. Estes dois formatos fizeram com que a rede Porks continuasse em pé
sem fechar nenhuma loja.
Araújo conta que permitiu aos franqueados
levarem a ele as dificuldades que estavam passando, como suspensão do
atendimento e queda no faturamento. O delivery foi criado durante a pandemia,
mas com cada bar traçando as próprias estratégias de divulgação e de marketing.
levarem a ele as dificuldades que estavam passando, como suspensão do
atendimento e queda no faturamento. O delivery foi criado durante a pandemia,
mas com cada bar traçando as próprias estratégias de divulgação e de marketing.
“O Porks nunca teve a pretensão de operar no delivery, não é a experiência que tínhamos no nosso modelo. Mas foi preciso pensar e encontrar um caminho, e permitimos que cada loja criasse suas opções de acordo com o que fosse mais bem aceito na região”, afirma.
Com isso, todas as operações seguiram atendendo
com apenas uma ou outra troca de local de funcionamento, como mudança de ponto
por conta de aluguéis.
com apenas uma ou outra troca de local de funcionamento, como mudança de ponto
por conta de aluguéis.
Já a flexibilização das medidas sanitárias, há
pouco mais de um mês, permitiu a volta dos clientes em grande parte das
capitais brasileiras – e isso foi vantajoso para os franqueados do Porks.
pouco mais de um mês, permitiu a volta dos clientes em grande parte das
capitais brasileiras – e isso foi vantajoso para os franqueados do Porks.
“Nos últimos 25 dias, tivemos uma média de faturamento semelhante a antes da pandemia em todas as lojas do país mesmo com algumas restrições ainda, como capacidade de atendimento limitada a 50% e limite de operação até às 23h”, comemora.
Para ele, essa volta dos clientes aos bares é um sinalizador de que o setor está se recuperando e que quem se preparou durante as restrições vai ter um bom desempenho na retomada. “Todos que entraram comigo neste último ano estavam apostando nisso”, completa José Araújo Netto.
A rede tem, atualmente, lojas nos estados do
Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraíba e
Pernambuco. No Rio de Janeiro será aberta uma unidade nos próximos dias, e estão
no radar, ainda, operações no interior paulista e catarinense.
Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraíba e
Pernambuco. No Rio de Janeiro será aberta uma unidade nos próximos dias, e estão
no radar, ainda, operações no interior paulista e catarinense.
Foco na marca
Mais recentemente, José Araújo Netto se desligou da gestão de outra rede que operava, o Mr. Hoppy, que foi o precursor do Porks. Ao Bom Gourmet Negócios, ele conta que a marca foi vendida para um grande investidor.
“Foi uma oportunidade para um grupo de fora que agora me permite dar mais foco e atenção à expansão do Porks. Esse, inclusive, é um dos motivos que permitiu esse crescimento da rede”, diz.
Além do Porks, o empresário segue na gestão de uma terceira marca com potencial de expansão, o Bar do Açougueiro, que tem uma operação mais complexa do que as outras duas criadas por ele. Esta terá um modelo de expansão mais enxuto, que ainda está em processo de fortalecimento e, no próximo ano, deve começar a expansão – no máximo mais cinco lojas.