Negócios e Franquias
Pedidos on-line em supermercados disparam em 2021 mesmo com flexibilização de decretos
O avanço da vacinação no país e a reabertura do comércio com poucas restrições a partir da metade de 2021 não diminuiu o uso das plataformas on-line para os pedidos de compras em supermercados. É o que aponta o levantamento mais recente da Linx a partir de dados apurados pelo Mercadapp.
Pelo contrário: as vendas on-line do varejo alimentar cresceram 39,64% ao longo de 2021, com um incremento de receita de 33,99% no período.
A análise que especialistas de mercado fazem é
de que, mesmo com a reabertura do comércio, a conveniência e a praticidade de
receber as compras em casa ainda são levadas em consideração pelas pessoas. A
continuidade do home office em algumas empresas também influencia para a
dispensa de uma ida ao supermercado.
de que, mesmo com a reabertura do comércio, a conveniência e a praticidade de
receber as compras em casa ainda são levadas em consideração pelas pessoas. A
continuidade do home office em algumas empresas também influencia para a
dispensa de uma ida ao supermercado.
Para Gabriel Gurgueira, diretor da Mercadapp, os
supermercados viveram uma das maiores digitalizações no período da pandemia,
tendo que buscar alternativas para chegar à casa do consumidor.
supermercados viveram uma das maiores digitalizações no período da pandemia,
tendo que buscar alternativas para chegar à casa do consumidor.
“Driblando um momento de desafio nas compras presenciais, resultado da estratégia que vêm se estabelecendo como um novo formato para fazer compras, pela praticidade de não precisar enfrentar uma fila grande em um caixa, por exemplo”, conta.
No comparativo semestral, o número de pedidos de janeiro a junho de 2021 cresceu 58,39% em relação ao mesmo período de 2020, enquanto de julho a dezembro, a taxa de crescimento foi de 23,9%.
Pior momento da pandemia
Por outro lado, os meses que tiveram mais pedidos foram março, abril e maio, quando a pandemia da Covid-19 voltou a crescer em todo o país como reflexo das festas de fim de ano e do carnaval mesmo sem comemorações oficiais. Especificamente em março, a apuração da Linx aponta um crescimento de 158,4% nas vendas on-line.
“Já o percentual do segundo semestre não significa que o setor decaiu, pelo contrário, continuou crescendo no comparativo mensal com 2020, só de forma menos intensa, com o fim definitivo de restrições no comércio”, afirma Gurgueira.
Os dados confirmam a tendência de crescimento
constante das vendas online dos supermercados. Pesquisa da Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC Brasil) aponta que os segmentos de comida por delivery e compras
de supermercado online foram as categorias com maior crescimento no número de
consumidores no comércio eletrônico.
constante das vendas online dos supermercados. Pesquisa da Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao
Crédito (SPC Brasil) aponta que os segmentos de comida por delivery e compras
de supermercado online foram as categorias com maior crescimento no número de
consumidores no comércio eletrônico.
No apanhado geral, 76% dos brasileiros passaram
a fazer compras online, segundo apurou a Bain & Company ao longo do ano
passado.
a fazer compras online, segundo apurou a Bain & Company ao longo do ano
passado.
Produtos mais vendidos
O estudo da Mercadapp também ranqueou os produtos mais pedidos no ano, em que as frutas, verduras e legumes foram os campeões de venda, com altas que atingiram 23,9%. Este é um ponto que merece duas análises distintas.
Uma de que as pessoas passaram a se sentir mais seguras para que outra pessoa escolha os itens para ela, diferente de um supermercado em que o cliente analisa aquele que mais lhe atrai, e também uma mudança de hábito de consumo. Esta, a chamada saudabilidade, ganhou espaço ao longo da pandemia e fez grandes indústrias de alimentos darem uma atenção especial ao online.
A paranaense Jasmine, especializada em alimentos orgânicos integrais, lançou recentemente um marketplace próprio para conquistar uma fatia do mercado de compras online. Foram cerca de R$ 100 mil em investimentos para criar a própria plataforma e unificar a venda de produtos, segundo Rodolfo Tornesi Lourenço, CEO da empresa.
“A nova operação visa o aumento da nossa cobertura, já que o cliente não dependerá de uma visita presencial em lojas e supermercados para encontrar os produtos Jasmine”, afirma.
Foram quatro meses de planejamento para colocar o marketplace no ar, com distribuição apenas em território brasileiro e logística integrada a partir de um centro de distribuição localizado em Itapevi (SP).