Negócios e Franquias
Mr. Hoppy retoma expansão de franquias e encara o pós-pandemia com otimismo
Criado em 2015 com poucos funcionários e um cardápio enxuto, o modelo de negócios do bar curitibano Mr. Hoppy foi pensado para representar poucos riscos em meio à crise econômica. Agora, anos mais tarde e diante dos desafios econômicos impostos pela pandemia do novo coronavírus, o empreendimento, que já se tornou uma rede nacional de bares, enfrenta a crise com otimismo e retoma a expansão de franquias.
No início da pandemia, a marca adotou algumas políticas de preservação financeira de suas franqueadas, como a isenção de royalties e o desenvolvimento de canais alternativos de venda, na expectativa de que nenhuma das lojas fechasse.
Como previsto, agora, com a retomada das atividades na maioria dos municípios, todas as unidades seguem em funcionamento e, inclusive, três novos espaços foram inaugurados. Os dois últimos, abertos em setembro, estão na capital paranaense e em Recife e ambos, de acordo com o sócio-proprietário do Mr. Hoppy, José Netto, estão operando com casa cheia todas as noites.
“Quando eu vi que as lojas, mesmo na pandemia, estavam se recuperando e apresentando um resultado financeiro positivo, iniciei a retomada de vendas. Os bons resultados das duas novas unidades servem de histórico para as demais franquias que pretendemos inaugurar até dezembro”, diz Netto.
Ele explica que, como os antigos franqueados já estão retomando o pagamento de royalties gradualmente, foi possível oferecer aos novos donos a isenção da taxa até o fim do ano, o que significa uma maior possibilidade de sustento.
Aluguel baixo, novas lojas
Além disso, Netto afirma estar presenciando uma deflação de cerca de 30% no valor dos imóveis em pontos comerciais, o que incentiva ainda mais a abertura de novas lojas.
O perfil dos novos franqueados, segundo Netto, é de pessoas que pegaram uma rescisão durante a pandemia e estão dispostas a abrir os próprios negócios.
“O Mr. Hoppy oferece um modelo de franquia atraente para essas pessoas, pois não cobramos um percentual da venda e sim um valor fixo por mês. Ou seja, o franqueado se sente motivado a faturar mais e isso propicia um retorno de investimento muito mais rápido”, diz.
Por fim, outro atrativo das franquias apontado pelo sócio-proprietário é a possibilidade que os franqueados têm em negociar e pesquisar preços para mobiliar o negócio. No modelo de franquia do Mr. Hoppy, nenhuma loja é entregue totalmente acabada, o que barateia o custo inicial para os donos.
“Uma loja
totalmente acabada custaria em torno de R$ 400 mil. Hoje, o franqueado paga R$
90 mil, e com mais R$ 100 mil consegue finalizar o empreendimento”.
totalmente acabada custaria em torno de R$ 400 mil. Hoje, o franqueado paga R$
90 mil, e com mais R$ 100 mil consegue finalizar o empreendimento”.
Onde o Mr. Hoppy quer chegar
No início do ano, o Mr. Hoppy tinha a expectativa de alcançar 60 unidades abertas. No entanto, essa meta precisou ser repensada com o início da pandemia; o número inicial foi estipulado para o ano que vem e a nova expectativa para 2020 é encerrar dezembro com 45 lojas inauguradas.
O foco de expansão da marca agora é o interior paranaense e o nordeste brasileiro. Em Curitiba e outras cidades grandes do estado, como Maringá e Cascavel, a marca já é conhecida e popular, como afirma José Netto, e isso tem contribuído para uma demanda crescente em outras cidades do interior.
No Nordeste,
já com cinco franquias abertas, o sócio-proprietário explica enxergar muito
potencial de expansão. “O Mr. Hoppy já está bem consolidado em Recife e João
Pessoa, duas cidades turísticas mas distantes entre si. Isso reforçou para nós
a necessidade de aumentar a oferta na região, que promete grande engajamento”,
diz ele.
já com cinco franquias abertas, o sócio-proprietário explica enxergar muito
potencial de expansão. “O Mr. Hoppy já está bem consolidado em Recife e João
Pessoa, duas cidades turísticas mas distantes entre si. Isso reforçou para nós
a necessidade de aumentar a oferta na região, que promete grande engajamento”,
diz ele.
Motivo de prosperidade
Para José Netto, a realidade de crise econômica não é a única que se repete agora em relação ao momento em que a marca foi pensada. A realidade de comportamento do consumidor também é recorrente.
Em 2015, segundo ele, a capital paranaense vivia o boom do chope artesanal e dos hambúrgueres gourmet, o que tornava a comercialização desses produtos muito tentadora. No entanto, pensar o modelo de negócios para a crise permitiu que o Mr. Hoppy oferecesse esses produtos em alta por um preço muito mais acessível.
“As pessoas, na época, estavam enfrentando a crise, mas, mesmo assim queriam participar do consumo do que estava ‘na moda’. É por isso que nos tornamos tão populares logo no começo, oferecíamos um produto de extrema qualidade, que tinha demanda, e mais barato”, diz.
Agora, Netto observa um movimento semelhante; desta vez, não exclusivamente relacionado a preço, mas também à necessidade de experiência segura.
“A grande maioria das nossas casas é a céu aberto e isso motiva os clientes a arriscarem a experiência. Todos eles estão sedentos por relações sociais e nós, mais uma vez, atendemos a demanda. Não tivemos nenhuma reclamação desde a reabertura dos pontos, todos estão felizes de poderem ir aos bares e eu estou confiante de que a retomada será próspera”, finaliza.