Negócios e Franquias
Livro conta como executivo transformou a Tramontina em uma empresa global
A sucessão familiar em empresas consolidadas é,
por muitas vezes, conturbada e com finais nada felizes para as últimas
gerações. No entanto, poucas experiências dão tão certo que se revelam
inspiradoras para outros empresários – mesmo aqueles que ainda estão começando
a tocar o próprio negócio.
por muitas vezes, conturbada e com finais nada felizes para as últimas
gerações. No entanto, poucas experiências dão tão certo que se revelam
inspiradoras para outros empresários – mesmo aqueles que ainda estão começando
a tocar o próprio negócio.
Assim pode ser definida a carreira de Clovis
Tramontina, neto dos fundadores da centenária indústria gaúcha de ferragens que
hoje está presente em 120 países do mundo. O então herdeiro de Valentin e Elisa,
terceira geração, assumiu os negócios da empresa aos 36 anos e fez a marca ser
conhecida para fora dos limites do Rio Grande do Sul.
Tramontina, neto dos fundadores da centenária indústria gaúcha de ferragens que
hoje está presente em 120 países do mundo. O então herdeiro de Valentin e Elisa,
terceira geração, assumiu os negócios da empresa aos 36 anos e fez a marca ser
conhecida para fora dos limites do Rio Grande do Sul.
É deste salto nos negócios que trata o livro “Clóvis Tramontina – Paixão, força e coragem” lançado recentemente pela Editora AGE em alusão aos 110 anos da empresa. A obra apresenta a visão do empreendedor sobre a indústria além do mundo dos negócios, e mostra como certas dificuldades impostas pela vida podem ser atravessadas com esforço e coragem.
Isso porque Clovis toca a indústria há 30 anos convivendo com os efeitos da esclerose múltipla, doença degenerativa que descobriu ser portador com apenas 31 anos.
Segundo relata o livro, quatro anos depois ele foi alçado ao cargo de presidente da Tramontina, em 1986. Na época, começou a sofrer efeitos que chegaram a uma perda parcial da visão e limitação da mobilidade.
Em frente!
Mesmo sofrendo os efeitos da doença, Clovis Tramontina seguiu o projeto de modernização e expansão da indústria familiar pelo mundo, como relata Fátima Torri, jornalista que coordenou a produção do livro.
“Clovis é simples, direto, objetivo. Impulsivo, intempestivo, impaciente. [...] E não tem medo de ousar, errar, expor-se e ir em frente”, conta.
A obra consumiu dois anos de convivência próxima ao gestor que segue à frente da indústria. Da pequena produção de facas e canivetes criada em 1911, Clovis assumiu a parte de vendas em 1980 em São Paulo e, anos depois, voltou ao Rio Grande do Sul para assumir a presidência e ajudar a expandir a produção que hoje conta com 22 mil itens no catálogo e dez fábricas espalhadas pelo Brasil.
“O recém-chegado era visto pelos subordinados e pelos clientes como um filhinho de papai inexperiente”, relata Fátima em um dos trechos do livro.
Para mostrar que estava empenhado em dar uma
cara nova à empresa, promoveu mudanças tanto na infraestrutura mais adequada
aos funcionários como na ampliação dos canais de venda. Até então, a Tramontina
comercializada os produtos apenas com atacadistas, que depois revendiam ao
varejo.
cara nova à empresa, promoveu mudanças tanto na infraestrutura mais adequada
aos funcionários como na ampliação dos canais de venda. Até então, a Tramontina
comercializada os produtos apenas com atacadistas, que depois revendiam ao
varejo.
Carreira
A condução dos negócios chamou a atenção de grandes
empresários brasileiros, como Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de
administração do Magazine Luiza, e José Galló, das Lojas Renner. Ambos concederam
depoimentos sobre o desempenho de Clovis no crescimento da Tramontina.
empresários brasileiros, como Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de
administração do Magazine Luiza, e José Galló, das Lojas Renner. Ambos concederam
depoimentos sobre o desempenho de Clovis no crescimento da Tramontina.
Para Luiza, a sucessão que levou a Tramontina à
uma presença global vai além de ter sido apenas por conta do sobrenome. Apenas
isso não seria suficiente para tornar a indústria no que ela é hoje.
uma presença global vai além de ter sido apenas por conta do sobrenome. Apenas
isso não seria suficiente para tornar a indústria no que ela é hoje.
“Clovis não assumiu a Tramontina apoiado pelo sobrenome. Ele se preparou tecnicamente, tanto passando, desde muito cedo, por todas as áreas da empresa, quanto estudando nas melhores instituições de ensino e se capacitando ao máximo”, conta.
É uma opinião semelhante à de Galló, que
ressalta a importância dada por Clovis em ter pessoas da própria cidade da
empresa, Carlos Barbosa, em algumas lideranças.
ressalta a importância dada por Clovis em ter pessoas da própria cidade da
empresa, Carlos Barbosa, em algumas lideranças.
“E é a gente de Carlos Barbosa que faz a Tramontina, porque é lá que estão a cultura e a razão de ser da empresa. Noventa por cento dos líderes, seja nas operações do Brasil ou do exterior, são formados na Tramontina, são pratas da casa”, completa.
O livro “Clovis Tramontina – Paixão, força e coragem” é vendido ao preço sugerido de R$ 58 nos sites da Editora AGE, Amazon, Magazine Luiza e Livraria Cultura.