Negócios e Franquias
Janela Bar abre versão burger em SP como alternativa de expansão durante a pandemia
De uma pequena janela sublocada em um restaurante no centro de Curitiba a um novo modelo de negócios que está em expansão para São Paulo. Assim é o Janela Bar, uma operação que começou em 2017 com a venda de bebidas no formato takeaway e, após se popularizar na capital paranaense pelo característico menu de drinks e hambúrgueres nas modalidades dine-in e delivery, enxergou na hamburgueria uma alternativa para dar a volta por cima na pandemia.
Assim
como para a grande maioria dos estabelecimentos, a chegada do novo coronavírus
no Brasil alterou o percurso de expansão do Janela. Mas, para a surpresa dos proprietários,
Gustavo de Paiva, Pedro Smolka e Felipe Andrade, a mudança abriu portas até
então desconhecidas.
como para a grande maioria dos estabelecimentos, a chegada do novo coronavírus
no Brasil alterou o percurso de expansão do Janela. Mas, para a surpresa dos proprietários,
Gustavo de Paiva, Pedro Smolka e Felipe Andrade, a mudança abriu portas até
então desconhecidas.
O menu de hambúrgueres, que já havia virado spin off da marca e tinha uma operação própria no Shopping Omar (que acabou fechando as portas durante a crise), tomou proporções enormes no canal digital. Os smash burgers no delivery tiveram um aumento equivalente a 400% nas vendas e ajudaram a marca a manter as demais operações nesse período.
Com isso em perspectiva, os três empresários optaram por tirar o foco da bebida e levar o Janela Burger para a capital paulista, substituindo o plano original de abrir outra operação do bar no local.
“O bar exige pontos físicos muito característicos para não perder sua essência, então nos pareceu inviável investir nisso agora, sendo que não estamos conseguindo operar 100% nessa modalidade. O Janela Burger foi pensado para ser uma operação com mais possibilidade de expansão e, por isso, priorizamos ele agora”, diz Gustavo de Paiva.
Dark kitchens
Inaugurado há pouco mais de duas semanas, o Janela Burger paulista tem trabalhado com casa cheia desde então. O público até agora, de acordo com Gustavo, é principalmente aquele que já conhecia a marca, por transitar muito entre as capitais.
No entanto, a expectativa é de que, por ser um ponto em uma área bem residencial, na Vila Madalena, mais pessoas comecem a notar a marca. Além disso, a equipe vai apostar em uma rede de dark kitchens, principalmente agora que puderam sentir os diferentes hábitos de consumo entre paulistas e curitibanos.
“O consumo em São Paulo é muito bairrista porque as pessoas demoram muito para chegar aos estabelecimentos, se eles estiverem mais longe. Por isso, vamos implantar várias operações de delivery, que atendam um raio de clientes maior”, afirma o proprietário.
Nada de franquia
Com um plano de expansão tão assíduo em São Paulo e três sócio-proprietários residentes em Curitiba a conclusão mais óbvia é que os negócios paulistas sejam colocados nas mãos de franqueados. Mas Gustavo é categórico: “nada de franquia”.
Segundo
ele, o trio rejeitou a ideia pelo medo de que o Janela perdesse sua identidade
ao ser colocado nas mãos de estranhos. Sendo assim, a solução foi encontrar
mãos conhecidas e dispostas a assumir a liderança.
ele, o trio rejeitou a ideia pelo medo de que o Janela perdesse sua identidade
ao ser colocado nas mãos de estranhos. Sendo assim, a solução foi encontrar
mãos conhecidas e dispostas a assumir a liderança.
A empreendedora curitibana Julia Mercer se mudou para a capital paulista no ano passado com o intuito de expandir a marca TheCoffee para a região. Para Gustavo, Pedro e Felipe, a solução mais óbvia pareceu entregar a ela a responsabilidade de gerenciar as operações Janela na cidade também, afinal, Julia foi a primeira funcionária do Janela Bar, em Curitiba.
“Eu já
vinha falando com eles para expandirmos a marca para cá. No último ano eu
percebi como os clientes se comportavam aqui e sabia que o Janela era uma
alternativa que eles aceitariam muito bem”, explica Julia.
vinha falando com eles para expandirmos a marca para cá. No último ano eu
percebi como os clientes se comportavam aqui e sabia que o Janela era uma
alternativa que eles aceitariam muito bem”, explica Julia.
A demanda em São Paulo, segundo ela, é muito maior, o que exige muito mais organização com estoques. Além disso, o ticket médio também excede o da capital paranaense e os hambúrgueres têm performances diferentes. As opções vegetarianas, por exemplo, são mais populares em SP, assim como o hambúrguer americano – o mais vendido da casa até agora, e que era o mais rejeitado em Curitiba.
Por ora, a confiança no segmento de burgers é total, mas não impede que, em um futuro próximo, a modalidade bar, que segue operando de forma limitada por tempo indeterminado, também rompa as divisas estaduais.