Negócios e Franquias
Franquias enxugam operações e buscam clientes em novos ambientes
Passado o isolamento provocado pela pandemia da
Covid-19 e a volta às ruas, as franquias de alimentação estão buscando novos
formatos de operação que cortem custos e cheguem onde os clientes estão.
Covid-19 e a volta às ruas, as franquias de alimentação estão buscando novos
formatos de operação que cortem custos e cheguem onde os clientes estão.
É o que conclui o mais recente levantamento
feito pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) em parceria com a
Galunion Consultoria, divulgado na última semana. De acordo com a pesquisa, as
operações estão voltando à plena atividade com operações menores, cardápios
reduzidos e pontos mais certeiros inclusive em formatos temporários – os chamados
pop-ups.
feito pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) em parceria com a
Galunion Consultoria, divulgado na última semana. De acordo com a pesquisa, as
operações estão voltando à plena atividade com operações menores, cardápios
reduzidos e pontos mais certeiros inclusive em formatos temporários – os chamados
pop-ups.
Esse “enxugamento” das operações e processos se deu por vários motivos, entre eles a dificuldade em contratar funcionários, a digitalização dos processos e a necessidade de expandir de modo mais prático para os franqueados. Pelo menos quatro em cada dez entrevistados pela pesquisa (46%) disseram que reduziram os menus como principal alternativa de expansão dos negócios.
Vice-presidente da ABF, Antônio Moreira Leite
enxerga nesse movimento tanto uma necessidade de mercado, que passa pela crise
econômica, como por uma mudança de hábito dos consumidores.
enxerga nesse movimento tanto uma necessidade de mercado, que passa pela crise
econômica, como por uma mudança de hábito dos consumidores.
“O aumento de vendas em canais digitais, a busca incessante por eficiência e mitigar impactos inflacionários, e sempre acompanhar e se adaptar as mudanças de comportamento do consumidor. Aliás, a retomada da convivência presencial com o digital ainda em níveis elevados torna esse monitoramento e agilidade de adaptação ainda mais importantes”, conta.
Embora ainda seja algo muito pontual, as operações com poucos ou nenhum funcionário na linha de frente já são realidade. No começo deste ano, a rede Burger King inaugurou uma unidade sem atendentes em São Paulo, enquanto que marcas como Go Coffee, The Coffee, entre outras, apostam em cafeterias em que o próprio barista faz as vezes de caixa – com o uso apenas de ferramentas digitais de pagamento, inclusive.
Cardápio menor, mais certeiro
Outra mudança que se tem visto nas novas
operações é menos opções nos cardápios, de modo que não haja muitos processos
para a produção dos pedidos. E isso vai junto da busca pelo cliente aonde ele
está, seja em um ponto fixo em uma portinha no meio do caminho, ou em eventos
com formatos temporários.
operações é menos opções nos cardápios, de modo que não haja muitos processos
para a produção dos pedidos. E isso vai junto da busca pelo cliente aonde ele
está, seja em um ponto fixo em uma portinha no meio do caminho, ou em eventos
com formatos temporários.
Simone Galante, CEO da Galunion Consultoria e
uma das responsáveis pela pesquisa, explica que isso ajuda a otimizar os custos
dos empreendedores.
uma das responsáveis pela pesquisa, explica que isso ajuda a otimizar os custos
dos empreendedores.
“As redes então correram para se adaptar, ao mesmo tempo que buscam mitigar os impactos da inflação. Neste novo cenário, não falamos apenas de delivery, mas de lojas menores mais próximas aos consumidores e aconchegantes, com um mix mais enxuto, autoatendimento e interações digitais (menus, QR Codes, canais de atendimento, pré-pedido etc.)”, afirma.
Já João Baptista, coordenador da Comissão de
Alimentação da ABF, vai além e completa, afirmando que “esses dados mostram
caminhos importantes para o segmento. De um lado, uma operação enxuta e
digital, baseada em dados e indicadores. De outro, uma oferta maior de meios de
pagamento atingindo mais públicos e reduzindo custos de transação”.
Alimentação da ABF, vai além e completa, afirmando que “esses dados mostram
caminhos importantes para o segmento. De um lado, uma operação enxuta e
digital, baseada em dados e indicadores. De outro, uma oferta maior de meios de
pagamento atingindo mais públicos e reduzindo custos de transação”.
Lojas pop-up
A pesquisa da ABF com a Galunion apontou, ainda,
a abertura de lojas de menu reduzido em lugares não tradicionais, como festivais,
foodhalls, dentro de comércios ou espaços culturais cujo foco não é alimentação,
além de estabelecimentos autônomos.
a abertura de lojas de menu reduzido em lugares não tradicionais, como festivais,
foodhalls, dentro de comércios ou espaços culturais cujo foco não é alimentação,
além de estabelecimentos autônomos.
“Em um primeiro momento, o food service investiu fortemente nas dark kitchens, o que deve permanecer. Mas, agora chegamos a um momento que a experiência do cliente em ambientes físicos voltou a ganhar força, seja com lojas mais enxutas ou em uma proposta que combina a alimentação com programas culturais e de entretenimento”, finaliza Simone Galante.