Negócios e Franquias
Máquina imprime comida em cinco minutos e aumenta produtividade em pequenos negócios
Um bolo simples de pão de ló pronto para comer em cinco minutos, ou ainda um cookie de gotas de chocolate direto para a mesa do cliente em três minutos. A ideia parece boa demais para ser verdade, certo? Agora imagine esses alimentos sendo produzidos em larga escala, o dia todo, sem que você precise contratar mais cozinheiros para o seu negócio.
Essa é a ideia da Foodini, uma impressora de comida que “imprime” a receita que você quiser em pouco tempo e já a deixa pronta para consumir. O equipamento foi inventado em 2012 em Barcelona, na Espanha, e apresentado no Brasil na última semana durante o Open Food Innovation Summit 2020.
A engenhoca simples de usar, com apenas alguns cliques, teve um desenvolvimento bastante complexo ao utilizar a alta tecnologia e inteligência artificial para replicar qualquer tipo de prato imaginado. A ideia do engenheiro Emilio Sepulveda, cofundador da Natural Machines, foi criar uma solução que ajudasse as pessoas a fazerem seus próprios pratos de acordo com seu gosto ou particularidade.
É possível, por exemplo, replicar em casa pratos de chefs estrelados Michelin, aquela receita caseira perdida no tempo, ou ainda colocar a máquina para fazer uma produção quase que em escala industrial nos pequenos e médios negócios.
“A máquina ajuda a automatizar tarefas que podem ser escaladas, como para quem produz bolos para vender. Normalmente há uma quantidade limitada de produção manual por dia, mas com a máquina este processo pode ser escalado. Se fizer uma festa, você pode automatizar os processos, fazer cookies, bolos com a decoração automática que já tem cadastrada na inteligência artificial da máquina”, explicou ao Bom Gourmet Negócios.
Como funciona?
Assim com uma impressora comum que imprime
documentos, a Foodini necessita de cartuchos com os ingredientes desejados para
o preparo. São cápsulas que armazenam uma ampla gama de alimentos em diferentes
texturas – exceto insumos pastosos.
documentos, a Foodini necessita de cartuchos com os ingredientes desejados para
o preparo. São cápsulas que armazenam uma ampla gama de alimentos em diferentes
texturas – exceto insumos pastosos.
Depois, basta buscar no celular a receita desejada ou mesmo mostrar ao sensor da máquina uma fotografia, que ela rapidamente identifica a forma e começa a reproduzir. Até mesmo formas em três dimensões são “impressas” pela Foodini.
“Essa impressora pode satisfazer necessidades e propósitos diferentes, ajudar crianças a comer alimentos com um visual diferente, também trabalhamos com hospitais para fazer comida para idosos com disfasia ou outras doenças que os impeçam de comer determinados preparos. Trabalhamos também com produtores e chefs que mostram como a impressora ajuda, inclusive, a evitar o desperdício de alimentos, pois utiliza todo o conteúdo para as criações. Até mesmo as sobras podem ser processadas para criar novos pratos”, analisa Sepulveda.
Entre os exemplos mostrados durante a apresentação estavam preparos de vegetais em diferentes formatos, proteínas animais diversas e steaks plant based. Este último, aliás, é considerado por Emilio Sepulveda como um dos principais trunfos da Foodini, pois cria alimentos que podem ter o mesmo gosto e aparência de cortes bovinos ou de frango.
A máquina vem sendo bastante utilizada
principalmente em escolas, para ajudar na alimentação saudável das crianças com
uma aparência mais agradável, e em hospitais, para pacientes que têm alguma
dificuldade de ingestão.
principalmente em escolas, para ajudar na alimentação saudável das crianças com
uma aparência mais agradável, e em hospitais, para pacientes que têm alguma
dificuldade de ingestão.
Além do negócio
Semelhante a um forno micro-ondas, a ideia de Sepulveda para a Foodini é substituir a maior parte dos eletrodomésticos da cozinha que precisam ser utilizados para o preparo dos alimentos – incluindo o fogão ou forno. E ainda é possível fazer um dinheiro a mais do que apenas usar a máquina para uma produção em escala dos pratos.
“Também criamos o Foodini World, uma plataforma na nuvem onde cada usuário pode compartilhar suas criações e até mesmo vendê-las. Para os chefs, talvez eles queiram criar suas receitas e vender, assim como seus próprios ingredientes e formatos. Consideramos isso essencial”, conta.
A Foodini é vendida na Europa a € 4 mil, um investimento que se paga, em média, em dois meses. Já no Brasil, o equipamento é importado pela 3D Foods a R$ 60 mil, já com os impostos e assistência técnica inclusos.