Negócios e Franquias
Fazenda Futuro torna obsoleto o próprio hambúrguer e evolui produção de plant based
A foodtech brasileira Fazenda Futuro, a primeira do país a desenvolver alimentos de origem vegetal substitutos à proteína animal, tornou obsoleto um dos seus principais produtos e carro-chefe da marca. O hambúrguer plant based vendido em todo o país será descontinuado para dar lugar ao chamado “2030”, uma nova versão lançada na última semana que evolui o processo produtivo da marca.
Com um investimento em pesquisas que não foi revelado, o novo hambúrguer da Fazenda Futuro é produzido a partir de uma nova base de insumos como soja e ervilha não-transgênicas, beterraba (que dá a tonalidade vermelha e a suculência características de um hambúrguer de proteína animal), óleos de coco e canola e redução do teor de gordura para 6,5mg por porção. Em relação à proteína, são 11g por porção.
Além de alterar a fórmula do hambúrguer, a
Fazenda Futuro também trocou as embalagens usadas para acondicionar o produto,
com uma tecnologia chamada de Eco-One. Ela é feita com compostos orgânicos que
se biodegradam completamente em dois a cinco anos.
Fazenda Futuro também trocou as embalagens usadas para acondicionar o produto,
com uma tecnologia chamada de Eco-One. Ela é feita com compostos orgânicos que
se biodegradam completamente em dois a cinco anos.
Segundo Marcos Leta, fundador da Fazenda Futuro,
o objetivo desta obsolescência do próprio produto se deu para adequar a marca
às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030.
o objetivo desta obsolescência do próprio produto se deu para adequar a marca
às metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030.
“Acreditamos que mudanças em relação ao consumo de carne animal são extremamente necessárias e urgentes. Estamos sempre nos reinventando e procurando melhorar em termos de sabor, sustentabilidade e saudabilidade”, explica.
O desenvolvimento de uma nova fórmula pela Fazenda Futuro é a reação a um movimento que vem sendo classificado como uma espécie de evolução do mercado. No começo deste ano, a startup paulista 100 Foods lançou uma linha completa de produtos plant based que já levam ervilha na composição ao invés da soja, que eles classificam como menos saudável por conta dos altos índices de transgenia feitos nos grãos.
O movimento da Fazenda Futuro também ocorre de olho nas investidas das grandes indústrias de alimentação, como as novas linhas lançadas pela Unilever e a recém-estabelecida parceria entre a PepsiCo e a Beyond Meat, que pretende expandir no mercado global de alimentos plant based.
Ampliação do mercado
A evolução do hambúrguer da Fazenda Futuro também pretende ampliar a presença no mercado internacional de alimentos plant based. A marca já exporta para o Reino Unido, Holanda, Suécia, Portugal, Chile, Colômbia, Austrália, México, Emirados Árabes, entre outros.
A versão 2030 chegará a todos estes países em
até dois meses, enquanto que aqui no Brasil as vendas começam imediatamente em
lojas das redes Pão de Açúcar espalhadas pelo país, St. Marche, Zona Sul e
Zaffari com preço sugerido de R$ 18,90. Já o food service começará a receber os
produtos a partir do dia 8 de fevereiro.
até dois meses, enquanto que aqui no Brasil as vendas começam imediatamente em
lojas das redes Pão de Açúcar espalhadas pelo país, St. Marche, Zona Sul e
Zaffari com preço sugerido de R$ 18,90. Já o food service começará a receber os
produtos a partir do dia 8 de fevereiro.
Investimento crescente
Desde que a Fazenda Futuro foi lançada, em 2019, já foram investidos US$ 31 milhões (R$ 169 milhões) para o desenvolvimento e inovação em novos produtos e expansão das importações.
O objetivo dos investidores, nomes como BTG Pactual, Turim MFO, ENFINI Investments (Grupo PWR Capital) e Go4it Capital, é tornar a foodtech brasileira num dos principais players mundiais de alimentos substitutos à proteína animal.