Negócios e Franquias
Drive thru com pagamento sem contato chega aos pequenos operadores a baixo custo
Os meios de pagamento sem contato, conhecidos como “contactless”, ganharam força ao longo dos últimos meses de pandemia não apenas com os cartões de crédito por aproximação ou sistemas de QR Code. O método automático adotado em estacionamentos e praças de pedágio agora está também nas pistas de drive thru das redes de lanchonetes – houve um crescimento de 30% no período.
A adaptação a este novo método de pagamentos se
deu, de certa forma, como uma imposição dos decretos sanitários que fecharam ou
limitaram as operações em todo o país. Com os salões fechados, apenas as
modalidades de entrega seguiram permitidas com poucas restrições.
deu, de certa forma, como uma imposição dos decretos sanitários que fecharam ou
limitaram as operações em todo o país. Com os salões fechados, apenas as
modalidades de entrega seguiram permitidas com poucas restrições.
E foi também uma demanda dos próprios consumidores,
que adotaram os adesivos nos painéis dos carros para evitar ter que digitar a
senha dos cartões de crédito nas maquininhas ou pagar os pedidos com dinheiro
vivo. Segundo uma das principais operadoras deste sistema de pagamentos, a
adesão de pessoas físicas também cresceu na casa dos 30%.
que adotaram os adesivos nos painéis dos carros para evitar ter que digitar a
senha dos cartões de crédito nas maquininhas ou pagar os pedidos com dinheiro
vivo. Segundo uma das principais operadoras deste sistema de pagamentos, a
adesão de pessoas físicas também cresceu na casa dos 30%.
Embora o pagamento automático seja oferecido mais
maciçamente em grandes redes de fast food como McDonald’s, Habibs/Ragazzo,
Jeronimo e Pizza Hut, o diretor de desenvolvimento de negócios do Sem Parar,
Rogério Pezelli, explica que pequenas operações independentes ou únicas também
podem adotar o sistema, basta tem a infraestrutura necessária para oferecer o
drive thru.
maciçamente em grandes redes de fast food como McDonald’s, Habibs/Ragazzo,
Jeronimo e Pizza Hut, o diretor de desenvolvimento de negócios do Sem Parar,
Rogério Pezelli, explica que pequenas operações independentes ou únicas também
podem adotar o sistema, basta tem a infraestrutura necessária para oferecer o
drive thru.
“Ela serve tanto para as grandes redes como para quem tem apenas uma unidade. A instalação e os equipamentos não custam nada, há apenas um porcentual fixo em torno de 2% sobre cada valor transacionado”, conta.
Além da obra para implantar uma pista de drive
thru, o empreendedor fica responsável pela integração do sistema de pagamento
com as outras opções já oferecidas pelo negócio, o que pode levar apenas um
dia. Além de agilizar as vendas, há também a redução do tempo de cada cobrança –
de um minuto para até cinco segundos.
thru, o empreendedor fica responsável pela integração do sistema de pagamento
com as outras opções já oferecidas pelo negócio, o que pode levar apenas um
dia. Além de agilizar as vendas, há também a redução do tempo de cada cobrança –
de um minuto para até cinco segundos.
Nesta entrevista ao Bom Gourmet Negócios, Rogério Pezelli explica como funciona o método de pagamento automático sem contato e as principais vantagens tanto para os empreendedores de qualquer porte como para os clientes. Os principais trechos da conversa foram condensados para melhor entendimento do leitor.
Bom Gourmet Negócios: Conhecemos este sistema de pagamentos principalmente das praças de pedágio e dos estacionamentos, mas agora ele está chegando também às lanchonetes. Há alguma diferença na utilização dele nas operações?
Rogério Pezelli: Ele tem uma antena [instalada na pista do drive thru] além do sticker (adesivo) que está no carro, e lá temos uma integração sistêmica do meio de pagamento com o da lanchonete. Ao fazer o pedido, o cliente indica ao atendente que irá utilizar o Sem Parar para o pedido. Tivemos 30% a mais de clientes usando o drive thru com este meio de pagamento exatamente por causa disso, para não ter contato nenhum (contactless). E outra coisa que vemos como benefício é a redução da fila do drive, que quanto menor, mais rápido será o atendimento. Nos meios de pagamento tradicionais, [o cliente] demora de 30 segundos a um minuto para pagar, pegar a carteira, o dinheiro ou o cartão e digitar a senha, mas com o Sem Parar demora cinco segundos e já vai para a próxima cabine. Conseguimos reduzir a fila e fazer com que o pessoal da cozinha prepare o pedido mais rapidamente. E para o drive, esses 30 a 40 segundos são um tempo considerável, é um ganho para o restaurante.
As grandes redes maiores têm um poder de negociação e de implantação muito maior do que os pequenos e operadores independentes. Quanto custa para uma loja única, em média, implantar este sistema de pagamento?
Não custa. A nossa estratégia serve tanto para as grandes redes como para aqueles que têm apenas uma unidade. Veja a Pizza Hut, por exemplo, em que há apenas uma unidade com este sistema. Apesar de ter uma rede toda por trás, o drive thru dela funciona como um operador único e independente. O que fazemos é um comodato, em que os equipamentos estão lá [emprestados], não há nenhuma cobrança por eles. A instalação e a manutenção do Sem Parar também é por nossa conta. [Já a integração sistêmica] cada empresa paga a sua, mas é como se plugasse mais um meio de pagamento. E em cima disso negociamos um MDR, aquele pedacinho da transação que os meios de pagamento ficam em cima do valor transacionado. É um porcentual fixo em torno de 2%, um pouco a mais ou a menos de acordo com a negociação específica com cada loja, que considera o tíquete médio, o tamanho da rede, entre outras variáveis. Quanto maior a rede, menor é o MDR por conta do volume de venda.
Quanto tempo demora a implantação deste sistema de pagamento em lojas com infraestrutura suficiente para oferecer um serviço de drive thru?
Em torno de três meses entre a assinatura do
contrato e a integração [além da obra]. Depois são feitos os testes para deixar
tudo em ordem, os pilotos, mas a implantação propriamente dita fazemos em um
dia. Por exemplo, quando pegamos essas redes maiores como o McDonald’s e Habibs,
conseguimos ativar quatro a cinco lojas por dia, porque já estava com o
contrato finalizado e a integração feita.
contrato e a integração [além da obra]. Depois são feitos os testes para deixar
tudo em ordem, os pilotos, mas a implantação propriamente dita fazemos em um
dia. Por exemplo, quando pegamos essas redes maiores como o McDonald’s e Habibs,
conseguimos ativar quatro a cinco lojas por dia, porque já estava com o
contrato finalizado e a integração feita.
Além da venda com mais rapidez por conta do pagamento automático, quais outras vantagens o sistema oferece?
Eu consigo ver o que está funcionando ou não, quantas
pessoas passaram, quantas pagaram por ele ou não, é um sistema que começa a
gerar massa de dados. Como eu tenho dados dos clientes nas mãos, eu consigo
dizer “essas pessoas que estão vindo aqui são do bairro vizinho, ou de outra
cidade”, e consigo determinar fluxos e horários de pico, números de recorrência,
[qual o perfil] do cliente que está indo lá, e assim consigo abastecer o drive
com informações para melhorar o mix de produtos oferecido.
pessoas passaram, quantas pagaram por ele ou não, é um sistema que começa a
gerar massa de dados. Como eu tenho dados dos clientes nas mãos, eu consigo
dizer “essas pessoas que estão vindo aqui são do bairro vizinho, ou de outra
cidade”, e consigo determinar fluxos e horários de pico, números de recorrência,
[qual o perfil] do cliente que está indo lá, e assim consigo abastecer o drive
com informações para melhorar o mix de produtos oferecido.
Quantos lugares já aderiram a esse sistema e qual a meta da operadora?
Estamos com mais de 650 pontos, e até o final do ano queremos chegar a 700 unidades no Brasil. No Sul do país temos 43 unidades no Paraná, 16 em Santa Catarina e 26 no Rio Grande do Sul. Todas as operações com drive thru das redes McDonald’s e Habibs/Ragazzo já estão cobertas, e estamos implantando os Jeronimos.