Negócios e Franquias
Empresa faz comidas congeladas saudáveis e atrai investimento milionário para expandir
Comida congelada e prática precisa ser apenas aqueles preparos de lasanhas, macarrão e algumas opções empratadas ricas em sódio e com sabor de freezer? Se depender da foodtech paulistana Greentable, não mesmo.
A empresa, fundada há três anos, já alcança um
faturamento de R$ 10 milhões ao ano e planeja dobrar neste 2022, principalmente
após ter recebido um investimento milionário de executivos ligados a
instituições do setor bancário (UBS, Itaú e Credit Suisse), alimentício
(Marfrig), entre outros.
faturamento de R$ 10 milhões ao ano e planeja dobrar neste 2022, principalmente
após ter recebido um investimento milionário de executivos ligados a
instituições do setor bancário (UBS, Itaú e Credit Suisse), alimentício
(Marfrig), entre outros.
E a pergunta que você deve estar fazendo à reportagem: o que a Greentable tem de tão diferente na fabricação de comidas congeladas que chamou a atenção destes investidores? O conceito de saudabilidade.
Essa palavra que se tornou tão usada e corriqueira durante os anos de pandemia da Covid-19 é o fio condutor dos preparos da foodtech, em que o objetivo é oferecer estes pratos congelados mais saudáveis. São 15 pratos disponíveis no cardápio, criados pelo chef mineiro Felipe Caputo, especializado em cozinha funcional e mediterrânea.
Há preparos como o hambúrguer de kafta com
legumes, o arroz caldoso de carne, o parmegiana de frango com purê de batata
doce trufado, o salmão em crosta de páprica e legumes à tailandesa, entre
outros. Mais 15 estão na fila para serem incorporados ao menu nos próximos
meses.
legumes, o arroz caldoso de carne, o parmegiana de frango com purê de batata
doce trufado, o salmão em crosta de páprica e legumes à tailandesa, entre
outros. Mais 15 estão na fila para serem incorporados ao menu nos próximos
meses.
Pedro Semeone, que largou a carreira no mercado financeiro para fundar a Greentable após um mestrado em Madrid, contou ao Bom Gourmet Negócios e à Gazeta do Povo que a missão da foodtech é entregar uma comida saudável do dia a dia, e que sim, é possível fazer isso através de alimentos ultracongelados sem conservantes ou altas doses de sódio.
“Diferente de outras empresas de alimentos congelados, a Greentable tem uma proposta que preza muito pelo sabor, nutrição e aparência dos pratos nos segmentos que atuamos. Queremos mostrar que o comer saudável não é aquela alimentação restritiva normalmente associada ao vegetarianismo ou veganismo”, disse.
Apesar de ter uma presença maior na venda de alimentos congelados, a Greentable também opera dois restaurantes físicos em São Paulo – um deles, no Itaim Bibi, que deu origem a todo o negócio, e o outro em Pinheiros – e três dark kitchens, que dão suporte ao delivery e às vendas digitais.
A expectativa é de que a linha de congelados represente 60% do faturamento até o final do ano, sendo o restante no atendimento presencial e no delivery.
Expansão
Embora não revele quanto recebeu de investimento, Pedro explica que os recursos serão usados para fortalecer a presença da Greentable na Grande São Paulo e prospectar parceiros em localidades próximas. Atualmente, apenas moradores da cidade do Rio de Janeiro tem acesso aos produtos da marca fora da capital paulista.
“São dois planos de aceleração nos próximos 24 meses, sendo o primeiro voltado ao consumidor final na Grande São Paulo (B2C) ao otimizar as nossas estruturas que ainda têm uma grande capacidade ociosa, e o segundo para o B2B através de parceiros comerciais”, conta Pedro Semeone.
Estes parceiros são supermercados, empórios e congêneres que distribuem os produtos fabricados nas estruturas da Greentable em São Paulo, vendendo por um valor em torno de 10% maior do que o praticado no digital da empresa. O tíquete-médio na venda direta fica na faixa de R$ 30 a R$ 35.
Atualmente, os produtos da Greentable são vendidos no site da empresa, em marketplaces e e-commerces de parceiros. No entanto, a marca pretende implantar o próprio canal de vendas mais tecnológico e com novas estratégias de marketing.
Mercado nacional
Após esta fase de aceleração, que vem registrando um crescimento em torno de 30% ao mês, a Greentable pretende partir para novas rodadas de investimentos e alcançar o mercado nacional em até cinco anos.
“A gente ainda vê um ‘mar azul’ gigantesco na Grande São Paulo para atuarmos principalmente na parte digital. E a ideia é que, com uma captação maior depois desses 24 meses, a gente faça um crescimento nacional para abranger o Brasil como um todo”, explica o CEO da foodtech.
Segundo a Greentable, a última rodada de investimento (chamada de seed) teve uma valorização de 7,5x o faturamento dos últimos doze meses, através da venda de 10% do capital para investidores. Entre eles, informa a empresa, estão Marcos Rosset, ex-CEO da Disney Brasil; Bruno Lima, fundador da Caffeine Army; Felipe Miranda, da Empiricus; Arnaldo Rocha, da DealMaker; Poly Gurian, da UBS; os sócios da Oria Capital e executivos de grupos como Banco Itaú, Credit Suisse, Marfrig, Tracbel e Mercado Bitcoin.
Além de Pedro, que teve passagens pela XP e pela Votorantim, também fazem parte da Greentable o ex-diretor financeiro de uma das divisões da Ambev no Brasil, Nelson Semeoni; Celso Guimarães Filho, sócio da DealMaker e ex- Bank of America; e o próprio chef Felipe Caputo, para o desenvolvimento de novos produtos e inovação.