Negócios e Franquias
Alimentos de indulgência fazem e-commerce da Mondelez crescer 597% na pandemia
Que as pessoas passaram a consumir mais alimentos de indulgência durante a pandemia já não é mais nenhuma novidade, e isso se reflete nos carrinhos de supermercados e nas vendas online. Mas, uma pesquisa recente da multinacional Mondelez comprovou isso em números e confirmou que a transformação digital dos negócios veio para ficar.
De acordo com o relatório State of Snacking 2020/2021, o consumo de alimentos que geram uma sensação de conforto, recompensa e alívio cresceu 51% no Brasil ao longo do ano passado, com as pessoas tendo que adotar o home office no seu dia a dia. Isso se refletiu diretamente no crescimento do e-commerce da gigante de alimentos, que disparou 597% no período.
Isso porque, mesmo com os supermercados
funcionando presencialmente durante os períodos mais restritivos, os
consumidores se voltaram às compras online para evitar saírem de casa. O que é
comprovado por outra pesquisa divulgada recentemente pela plataforma global de
comunicação omnichannel Infobip.
funcionando presencialmente durante os períodos mais restritivos, os
consumidores se voltaram às compras online para evitar saírem de casa. O que é
comprovado por outra pesquisa divulgada recentemente pela plataforma global de
comunicação omnichannel Infobip.
Segundo a pesquisa, 88% dos brasileiros adotaram o e-commerce no dia a dia, sendo 57,6% nas compras de alimentos e supermercados. O que mostra como a presença digital das marcas se tornou algo imprescindível para os negócios daqui para a frente – mesmo para aquelas que não lidam diretamente com o consumidor final.
É o que acontece com a Mondelez, que precisou
reforçar a operação online para atender ao B2B. Segundo Eduardo Amendola
Cavalcanti, gerente corporativo de comunicações da Mondelez Brasil, o
fechamento do comércio brasileiro em março do ano coincidiu com a Páscoa,
momento mais importante da indústria e que precisou ser completamente
remanejado em apenas quatro semanas.
reforçar a operação online para atender ao B2B. Segundo Eduardo Amendola
Cavalcanti, gerente corporativo de comunicações da Mondelez Brasil, o
fechamento do comércio brasileiro em março do ano coincidiu com a Páscoa,
momento mais importante da indústria e que precisou ser completamente
remanejado em apenas quatro semanas.
“O ciclo total de vendas de Páscoa dura 18 meses, e tivemos que replaneja-la inteira, da campanha até a execução no ponto de vendas. Começamos a fazer parceria com Uber Eats, Rappi, e passamos de 600 clientes online para mais de três mil hoje, o que reflete nessa pesquisa”, explica.
Para ele, este é num novo hábito que passou a ser desenvolvido pelos consumidores e clientes do varejo, que são a ponta do comércio da Mondelez. De acordo com a pesquisa, 26% dos consumidores compravam online e 74% nas lojas físicas antes da pandemia. Com o isolamento social, 43% disseram que começaram a usar os canais digitais para comprar snacks, enquanto 57% mantiveram as compras nas lojas.
Mais de um produto
Também houve uma ampliação no rol de opções de
produtos oferecidos, segundo Amendola, por conta das próprias características
do delivery e do comércio online. Diferente de uma compra por impulso no
mercado ou na padaria, ninguém compra apenas uma barra de chocolate ou um
pacote de snack pela internet.
produtos oferecidos, segundo Amendola, por conta das próprias características
do delivery e do comércio online. Diferente de uma compra por impulso no
mercado ou na padaria, ninguém compra apenas uma barra de chocolate ou um
pacote de snack pela internet.
Normalmente, são cestas e pacotes mais sortidos
e diversos de uma só vez, o que ficou comprovado durante a pandemia. As
próprias pessoas se permitiram consumir produtos assim nos dias em casa, com
77% delas declarando que os snacks ajudam a aliviar o stress, pelo menos às
vezes.
e diversos de uma só vez, o que ficou comprovado durante a pandemia. As
próprias pessoas se permitiram consumir produtos assim nos dias em casa, com
77% delas declarando que os snacks ajudam a aliviar o stress, pelo menos às
vezes.
E para as famílias com crianças, que também ficaram mais em casa durante a pandemia, 70% dos entrevistados disseram que usam os produtos como parte de atividades para mantê-las entretidas, como cozinhar, fazer biscoitos ou chocolates. Tudo isso abriu novas possibilidades de vendas para a gigante.
“O negócio online da Mondelez era olhado com outros olhos antes da pandemia, porque as prioridades eram outras. A Covid-19 fez acelerar esse olhar e esse tratamento no e-commerce”, afirma o gerente corporativo de comunicações.
Segundo a Mondelez, as vendas de chocolates
aumentaram 8% em 2020 na comparação com 2019, e 9,8% para os biscoitos.
aumentaram 8% em 2020 na comparação com 2019, e 9,8% para os biscoitos.
Loja própria e marketplaces
Para consolidar essa presença digital durante a pandemia, a Mondelez incrementou as operações da loja online de chocolates Lacta - onde vende para o consumidor final-, em marketplaces como Rappi e iFood, entre outros, e supermercados online. É uma estratégia semelhante à adotada por outras marcas e restaurantes, que vêm investindo nos próprios canais de vendas e também nos marketplaces.
Mais recentemente, a versão brasileira do aplicativo singapurense Shopee também abriu uma aba exclusiva para a venda de alimentos e bebidas no marketplace – inclusive com produtos da Mondelez. Embora não revele a projeção de vendas para este ano, Amendola conta que a expectativa é de um grande crescimento em todos os canais.
“O Brasil apresentou um número muito positivo com um peso grande na nossa divisão de América Latina, e a expectativa é de fechar este ano mais uma vez com um bom resultado positivo”, conclui.
Parte deste bom desempenho se dá pela expectativa de que 75% dos entrevistados na pesquisa pretendem continuar comprando alimentos de indulgência pela internet mesmo após o fim da pandemia, por conta da praticidade que este canal de vendas proporciona.