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Adegas compartilhadas têm operação simples e de baixo investimento inicial.

Negócios e Franquias

Empresa cria adega compartilhada de vinho após alta no consumo

Maria Eduarda Lass, especial para o Bom Gourmet Negócios
28/01/2021 13:19
Aproveitando a curva crescente no consumo de vinhos pelo brasileiro, a startup curitibana market4u - que já é a maior rede de mercados autônomos do Brasil - busca agora conquistar também bons resultados no nicho das bebidas.
Em dezembro, a empresa lançou uma nova linha de negócio, a wine4u, de adegas compartilhadas. Em pouco menos de dois meses, já são 120 unidades na capital paranaense e outras 100 pelo Brasil, entre operações próprias e franqueadas.
O funcionamento é parecido com o do mercado autônomo: os produtos ficam em adegas instaladas em condomínios residenciais, academias, prédios comerciais, entre outros pontos. Através de um aplicativo de celular, exclusivo para maiores de 18 anos, o  consumidor escolhe o produto, realiza o pagamento e destrava a porta do equipamento, para poder acessar a garrafa escolhida.
Embora a disponibilização de vinhos para a venda já fosse uma realidade em algumas unidades da market4u, a empresa agora possibilita a abertura da adega em separado. Segundo o CEO da startup, Eduardo Córdova, o pedido partiu de interessados no negócio, que buscavam uma operação mais simples e rentável.
“De repente muita gente veio nos procurar para ter só a adega. Alguns não tinham espaço para os produtos do mercado, outros não queriam lidar com a operação dos alimentos, que é um pouco mais complicada, por conta da quantidade de produtos, datas de vencimento, etc. Com o vinho, não temos essas questões, a operação é muito simples”, afirma.
A expectativa da empresa para 2021 é abrir 80 unidades da adega compartilhada por mês.
Franquia das adegas
Os custos iniciais para os franqueados são convidativos: os investimentos envolvem a adega compartilhada, que custa R$ 2 mil, mais R$ 2 mil de capital de giro e a taxa de franquia, que é de R$ 3 mil.
Além do aporte inicial, a franquia cobra royalties de 10% do faturamento mensal. A seleção dos rótulos disponíveis é feita por sommeliers e muda a cada estação. O valor final da garrafa para o consumidor varia entre R$ 30 e R$ 200.
“A vantagem é que ninguém precisa fazer um estoque de vinho em casa - ele fica à disposição para quando quiser, a poucos passos de distância”, destaca Córdova.
A novidade também conta com inteligência de dados, que avalia o perfil dos clientes e abastece a geladeira com os rótulos mais vendidos, uvas e safra preferida dos compradores.
Próximo unicórnio?
Com faturamento médio esperado de R$ 20 milhões anuais, a wine4u representa ainda uma pequena parcela do sucesso da startup curitibana, que pretende, com as operações de mercado e adega autônomos, virar o próximo unicórnio brasileiro - ou seja, ser avaliada em US$ 1 bilhão - em 2022.
"Estamos otimistas. O ramo de supermercados se atualizou muito pouco nos últimos 100 anos, então há grandes expectativas de que iniciativas como essa, no varejo de alimentação, só cresçam ainda mais”, afirma Córdova.

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