Mercado e Setor
São Paulo reduz horários de bares e limita venda de bebidas alcoólicas nos restaurantes
Diante da alta de casos de covid-19 no Estado, o governo de São Paulo anunciou novas medidas restritivas para bares, restaurantes e lojas de conveniência. Em uma entrevista coletiva nesta sexta (11), a gestão estadual decidiu reduzir o horário de funcionamento dos bares para até às 20h (até hoje, eram permitidos até às 22h).
Já os restaurantes podem continuar funcionando até às 22h, mas a venda de bebida alcoólica só poderá ser feita até às 20h. A mesma regra vale para as lojas de conveniência de postos de gasolina. As medidas têm como objetivo de reduzir aglomerações geralmente protagonizadas por jovens.
Por outro lado, o governo decidiu ampliar de 10 para 12 horas o período de funcionamento dos comércios para evitar um acúmulo de clientes nas mesmas faixas de horário, principalmente durante o período de compras de fim de ano.
As medidas começam a valer já à meia-noite deste sábado (12) e terão duração de 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período.
Pressão
De acordo com apuração do Estadão, a decisão de ampliar as restrições veio da pressão de especialistas do Centro Estadual de Contingência que, preocupados com a escalada da pandemia no estado, pediram que o governo impedisse o funcionamento de bares após as 20 horas - período em que o movimento começa a ficar maior.
O grupo de técnicos que assessora o governo de São Paulo há dias vem pedindo medidas mais rígidas de quarentena, mas o governador João Doria estaria resistente a um endurecimento radical da quarentena, preocupado com um eventual desgaste político.
No dia 30 de novembro, o governador já havia anunciado maior restrição no Estado diante do aumento de casos. As regiões que estavam na fase verde regrediram para a fase amarela. Mesmo assim, o número de pessoas internadas nos hospitais e centros de saúde continua crescendo.
O número de hospitalizados passou de 9.689 no fim do mês passado para 10.670 nesta quinta-feira (10). A taxa de ocupação dos leitos de UTI, que na época estava em 52,2% no Estado e 59,1% na Grande São Paulo, chegou a 57,5% e 64%, respectivamente.