Mercado e Setor
São Paulo recua e restaurantes não vão mais exigir vacinação de clientes
ATUALIZAÇÃO: No final da tarde desta segunda (23), a prefeitura de São Paulo voltou atrás e decidiu que apenas eventos com grande aglomeração de pessoas poderão barrar clientes sem pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19. Para os demais, a exigência do certificado será facultativa.
Bares, restaurantes, lanchonetes e demais ambientes fechados de São Paulo poderão barrar clientes que não estiverem vacinados com pelo menos uma dose do imunizante contra a Covid-19, de modo facultativo. O anúncio, feito durante a manhã pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), foi corrigido horas depois. A medida entra em vigor no próximo dia 30.
Segundo a prefeitura da capital paulista, o controle será feito por um aplicativo instalado no smartphone a ser lançado até sexta (27), que vai escanear um QR Code na porta do evento e informar se o cliente foi imunizado ou não.
Em entrevista ao jornal Agora SP, Edson Aparecido, secretário municipal de saúde, afirmou que a obrigatoriedade a ser uma recomendação aos estabelecimentos.
“O prefeito anunciou que eventos na capital vão precisar do passaporte cujo aplicativo vamos disponibilizar. O resto é recomendação”, disse ao periódico.
O objetivo da medida é conter o avanço da variante Delta do coronavírus, principalmente agora que todas as restrições de operação dos estabelecimentos foram suspensas após a capital paulista atingir 99% dos adultos vacinados.
Abrasel contesta
Ao Bom Gourmet Negócios, Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) afirmou que a medida é inexequível, e havia sido tomada sem consultar os estabelecimentos.
"Como é que nós vamos garantir que as pessoas de baixa renda, que não tem um celular, entrem num bar ou restaurante? Pessoas que eventualmente não podem se vacinar? Pessoas de outros estados mais atrasados na vacinação que vierem a São Paulo não poderão comer nos restaurantes", questionou.
Ele questionou a medida, ainda, pelo fato de a cidade já ter 99% da população adulta vacinada.