Mercado e Setor
Restaurantes devem recuperar faturamento a níveis pré-pandemia em outubro, diz Sebrae
Apesar da lenta campanha de vacinação com as sucessivas interrupções de produção por falta de insumos importados, a recuperação do faturamento de bares e restaurantes a níveis pré-pandemia deve mesmo ocorrer ainda em outubro deste ano. É o que prevê a segunda edição de uma análise feita pelo Sebrae sobre a volta do movimento de clientes às micro e pequenas empresas após a imunização, divulgada nesta semana.
De acordo com o estudo, a recuperação do
comércio em geral entre as MPE’s vai atrasar em duas semanas e começar em
meados de setembro, mas não deve afetar tanto o setor de alimentação fora do
lar. O Sebrae estima que até 9,5 milhões de pequenos negócios devem ver o nível
de atividade recuperar ao equivalente de antes da pandemia – cerca de 54% do
universo de microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas
brasileiras.
comércio em geral entre as MPE’s vai atrasar em duas semanas e começar em
meados de setembro, mas não deve afetar tanto o setor de alimentação fora do
lar. O Sebrae estima que até 9,5 milhões de pequenos negócios devem ver o nível
de atividade recuperar ao equivalente de antes da pandemia – cerca de 54% do
universo de microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas
brasileiras.
A análise aponta para uma recuperação a partir
do início de setembro para atividades como comércio de alimentos, logística, negócios
pet, oficinas e peças, construção, indústria de base tecnológica, educação, saúde
e bem-estar e serviços empresariais.
do início de setembro para atividades como comércio de alimentos, logística, negócios
pet, oficinas e peças, construção, indústria de base tecnológica, educação, saúde
e bem-estar e serviços empresariais.
Depois, a partir de 5 de outubro, entram na lista os segmentos de bares e restaurantes, artesanato e moda, quando 100% das pessoas com mais de 25 anos devem estar imunizadas se os planos do governo federal efetivamente forem cumpridos.
Carlos Melles, presidente do Sebrae, ressalta que
a vacina é o único meio capaz de devolver a economia ao eixo da normalidade. E,
por isso, lamenta que os números do novo estudo tenham algum atraso.
a vacina é o único meio capaz de devolver a economia ao eixo da normalidade. E,
por isso, lamenta que os números do novo estudo tenham algum atraso.
“Nossas projeções foram atualizadas e, como nesse curto prazo o programa de vacinação não acelerou o tanto que gostaríamos, as micro e pequenas empresas terão de buscar fôlego por pelo menos mais duas semanas”, explica.
O atraso na vacinação, embora mantenha o cronograma de algumas atividades, joga para o final do ano e 2022 a recuperação de outros segmentos que tem algum tipo de ligação com a alimentação fora do lar. Turismo e economia criativa, por exemplo, devem retornar ao patamar de faturamento anterior à pandemia apenas em 2022 mesmo que 100% da população já tenha sido vacinada até dezembro deste ano.
Matemática da recuperação
Os técnicos do Sebrae explicam que a previsão de retomada do comércio foi feita com base na capacidade de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), que pode chegar a três milhões de doses diárias – atualmente está em 750 mil, em média. Com isso, de acordo com a nova análise, 100% das pessoas com mais de 60 anos e profissionais de saúde estarão imunizados até o dia 24 de junho.
“Já no dia 27 de agosto, esse grupo seria
ampliado com o restante dos grupos prioritários, que incluem profissionais da
educação, segurança, transportes, industriais e pessoas com comorbidades.
Assumindo que a vacinação seguiria por grupos de idade, no dia 22 de outubro,
100% das pessoas com mais de 40 anos teriam sido imunizadas. Também nessa data,
chegaríamos a dois terços da população imunizada com duas doses”, explica uma
nota emitida pelo Sebrae.
ampliado com o restante dos grupos prioritários, que incluem profissionais da
educação, segurança, transportes, industriais e pessoas com comorbidades.
Assumindo que a vacinação seguiria por grupos de idade, no dia 22 de outubro,
100% das pessoas com mais de 40 anos teriam sido imunizadas. Também nessa data,
chegaríamos a dois terços da população imunizada com duas doses”, explica uma
nota emitida pelo Sebrae.
Melles ressalta que é imprescindível que o governo federal amplie a vacinação para a capacidade máxima do SUS e cumpra o cronograma, pois apenas assim a economia poderá ser retomada.
Apoio
Para a retomada da economia a níveis pré-pandemia, o Sebrae elaborou um plano de apoio que acompanha a evolução da vacinação e a gradativa recuperação dos diversos setores do comércio.
São três fases que já estão em vigor, sendo a primeira a do isolamento, com ações para apoiar os pequenos negócios na abertura de novos mercados, como a digitalização das empresas, melhora nas finanças dos negócios e pressão por medidas efetivas do governo federal.
Já a fase 2 prevê o reforço da atenção aos
pequenos negócios no estágio de flexibilização das medidas de isolamento
social, com a adoção de protocolos de saúde e orientação para a renegociação de
dívidas e empréstimos, além de demais adaptações necessárias nos negócios.
pequenos negócios no estágio de flexibilização das medidas de isolamento
social, com a adoção de protocolos de saúde e orientação para a renegociação de
dívidas e empréstimos, além de demais adaptações necessárias nos negócios.
Por fim, na fase 3 pós-vacina, o Sebrae pretende
atuar no fomento do mercado e na melhoria da produtividade das empresas com as
mudanças de comportamento dos consumidores.
atuar no fomento do mercado e na melhoria da produtividade das empresas com as
mudanças de comportamento dos consumidores.
“Nossa expectativa é que, no momento em que a população esteja vacinada, muitos empreendedores que fecharam as portas por conta da crise resolvam abrir novas empresas, assim como devem surgir novos empresários, movidos pelas oportunidades que serão criadas nesse novo momento da sociedade e da economia”, finaliza Carlos Melles.
O avanço da vacinação e o apoio do governo nas
três esferas de poder são tidos como de extrema necessidade para estancar a
quebradeira que o segmento vem sofrendo desde o início da pandemia do
coronavírus no país. Só em 2020, pelo menos quatro em cada dez negócios
encerraram as atividades de vez, e a flexibilização das medidas sanitárias de
abril com a chegada do frio neste mês de maio já estão provocando um aumento no
número de casos e, consequentemente, a volta de restrições.
três esferas de poder são tidos como de extrema necessidade para estancar a
quebradeira que o segmento vem sofrendo desde o início da pandemia do
coronavírus no país. Só em 2020, pelo menos quatro em cada dez negócios
encerraram as atividades de vez, e a flexibilização das medidas sanitárias de
abril com a chegada do frio neste mês de maio já estão provocando um aumento no
número de casos e, consequentemente, a volta de restrições.
Estudo recente divulgado pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) junto de outras entidades aponta que novas medidas mais restritivas podem ser fatais para o setor.