Mercado e Setor
Nestlé cria laboratório de pesquisa para estudar novos hábitos alimentares do consumidor
Com o objetivo de analisar e entender as mudanças no comportamento e nos gastos dos consumidores, a Nestlé criou um laboratório interno de inovação para pesquisar como a pandemia da Covid-19 está afetando o mercado de alimentos. Chamada de C.Lab, a iniciativa pretende mapear com mais agilidade e eficiência as novas tendências de consumo e demandas da população pelos produtos da marca – a marca estima um incremento de quase 70% nas pesquisas com um custo 50% menor.
Os trabalhos para o início da divisão já estão levando em consideração os dados obtidos na pesquisa Tracking Covid-19, que apontou que os consumidores brasileiros estão mesclando alimentação saudável com indulgência na cesta de compras neste período de pandemia, com a busca por itens que tragam conforto emocional no atual período.
Das 593 pessoas de 18 a 45 anos entrevistadas em todas as regiões do Brasil no mês de maio, 34% afirmam que perderam renda durante a quarentena, mas aumentaram os gastos com alimentos como frutas, verduras, leites, chocolates, biscoitos e carnes. Esse número sobe para 37% entre os que tiveram incremento de renda no período.
Comida feita em casa
Para Diego Venturelli, gerente de consumo e
marketing da área que coordena o C.Lab da Nestlé no Brasil, os dados reforçam o
movimento de consumo dentro do lar que deve se manter mesmo com o fim do
confinamento.
marketing da área que coordena o C.Lab da Nestlé no Brasil, os dados reforçam o
movimento de consumo dentro do lar que deve se manter mesmo com o fim do
confinamento.
"Em países no estágio mais avançado da pandemia, é possível identificar que o hábito de cozinhar em casa se manteve", diz.
Além de analisar os hábitos alimentares, a pesquisa também mostrou o impacto do novo coronavírus na renda dos brasileiros e de que forma a pandemia repercutiu em gastos como supermercado, educação, mobilidade, entre outros. Segundo a Nestlé, a categoria de alimentos e bebidas se mostrou uma das mais resilientes no atual cenário, pouco afetada na comparação com outros setores da economia.