Mercado e Setor
Consumo nos restaurantes aumentou em dezembro, mas pandemia ainda acumula perdas
O setor de alimentação fora do lar terminou o
ano de 2021 com uma forte recuperação do movimento e de faturamento, revela a
mais recente pesquisa da operadora de benefícios Alelo em parceria com a
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
ano de 2021 com uma forte recuperação do movimento e de faturamento, revela a
mais recente pesquisa da operadora de benefícios Alelo em parceria com a
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Dados obtidos com exclusividade pelo Bom Gourmet e Gazeta do Povo sobre o mercado paranaense revelam que as vendas aumentaram 22,8% em dezembro, último mês apurado pela Fipe/Alelo, com um avanço no faturamento de 12,3% na comparação com o mesmo período de 2020. A pesquisa abrange estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes e padarias do estado.
Isso evidencia o que a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) apurou nas próprias pesquisas, de que 2021 terminou com uma recuperação consistente e animadora para o começo do novo ano – no entanto, sem imaginar que janeiro haveria uma queda de, pelo menos, 25% no movimento.
“Dezembro foi um mês extraordinário para os restaurantes brasileiros, com muitos deles faturando o mesmo ou até mais do que o pré-pandemia”, disse Paulo Solmucci, presidente nacional da entidade.
O Índice de Consumo em Restaurantes (ICR) revelou ainda aumento de 6,6% no número de estabelecimentos que efetivaram pelo menos uma transação com cartões Alelo no mês de dezembro. Os supermercados brasileiros também somaram ganhos no período, com um aumento de 16,2% na quantidade de vendas e 16,4% no número de estabelecimentos que efetivaram pelo menos uma transação.
Vendas em alta, mas menos que no pré-pandemia
Por outro lado, a pesquisa Fipe/Alelo revelou que, em uma análise mais ampla, as vendas seguem menores do que no período pré-pandemia. O ICR aponta, em dezembro, uma queda de 23,3% no faturamento, 34,3% na quantidade de vendas e 6,4% no número de estabelecimentos que realizou transações nos estabelecimentos paranaenses.
Isso ocorreu por conta da perda de negócios
provocada pela pandemia própria pandemia e pela continuidade do trabalho em
home office nas regiões mais centrais das grandes cidades brasileiras. Fernando
Blower, diretor-executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), afirma
que a crise econômica também segue afetando o consumo nos estabelecimentos.
provocada pela pandemia própria pandemia e pela continuidade do trabalho em
home office nas regiões mais centrais das grandes cidades brasileiras. Fernando
Blower, diretor-executivo da Associação Nacional de Restaurantes (ANR), afirma
que a crise econômica também segue afetando o consumo nos estabelecimentos.
“E o próprio endividamento das famílias, em que o nível de renda caiu muito por conta da inflação de combustíveis, de energia elétrica, de alimentos, etc. Existe uma pressão de custos para as famílias e para as empresas também muito grande”, analisa.
A análise é feita em cima das vendas efetuadas tanto
presencialmente nos estabelecimentos como pelos serviços de entrega em delivery
ou balcão.
presencialmente nos estabelecimentos como pelos serviços de entrega em delivery
ou balcão.
Em termos regionais, adotando como parâmetro a
variação do valor gasto em restaurantes entre dezembro de 2021 na comparação
com o mesmo mês de 2019, houve uma queda de 27,3% no Centro-oeste do país,
26,7% no Nordeste, 25,4% no Sul, 24,8% no Sudeste e 22,4% no Norte.
variação do valor gasto em restaurantes entre dezembro de 2021 na comparação
com o mesmo mês de 2019, houve uma queda de 27,3% no Centro-oeste do país,
26,7% no Nordeste, 25,4% no Sul, 24,8% no Sudeste e 22,4% no Norte.
Supermercados em alta
Já o varejo de alimentos confirmou em dezembro
um desempenho melhor do que os restaurantes na comparação com o período
pré-pandemia, algo que já vinha se evidenciando desde que começou a situação de
emergência sanitária em março de 2020.
um desempenho melhor do que os restaurantes na comparação com o período
pré-pandemia, algo que já vinha se evidenciando desde que começou a situação de
emergência sanitária em março de 2020.
Isso porque os supermercados não foram afetados por decretos restritivos como os restaurantes, que tiveram de fechar as portas.
Assim, o movimento e as vendas seguiram em alta no último mês de 2021, com um aumento de 4,1% no faturamento e 3,5% no número de estabelecimentos que registrou ao menos uma transação, enquanto houve queda de 4% na quantidade de transações.
Neste quesito, a Fipe apura as vendas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros.