Mercado e Setor
Restaurantes abrem novas unidades e reforçam cardápios digitais e take away
Na última semana de fevereiro, ainda sem os
anúncios das novas medidas de restrição, optei por fazer algumas visitas em
campo. Me manter isolada, focada essencialmente no contato virtual e em dados,
tanto de pesquisas, quanto de indicadores, me trouxe uma sensação de desconexão
com os desafios reais do dia a dia do food service.
anúncios das novas medidas de restrição, optei por fazer algumas visitas em
campo. Me manter isolada, focada essencialmente no contato virtual e em dados,
tanto de pesquisas, quanto de indicadores, me trouxe uma sensação de desconexão
com os desafios reais do dia a dia do food service.
Usando as medidas de segurança, dediquei um tempo para visitas presenciais a um estabelecimento de cada tipo nas regiões dos Jardins, Itaim, Vila Olímpia e Vila Madalena, na capital paulista, e em São Roque, interior do estado de São Paulo: restaurante, bar, padaria, café e restaurante na estrada. Nenhuma visita foi pré-agendada, a ideia inicial era simplesmente viver a experiência como consumidora e fazer observações.
No final foi possível conversar com empresários,
equipes e observar comportamentos e mudanças.
equipes e observar comportamentos e mudanças.
Segundo um empresário: “abrimos outros três
restaurantes durante a pandemia. Saímos de uma equipe de 100 para 170
funcionários. Estávamos capitalizados, adquirimos operações fragilizadas e as
reconfiguramos tanto para o delivery quanto para a experiência presencial.
Ainda não estão plenas, porém, estamos preparados para o cenário pós vacina”. Sem dúvida, uma aposta inteligente.
restaurantes durante a pandemia. Saímos de uma equipe de 100 para 170
funcionários. Estávamos capitalizados, adquirimos operações fragilizadas e as
reconfiguramos tanto para o delivery quanto para a experiência presencial.
Ainda não estão plenas, porém, estamos preparados para o cenário pós vacina”. Sem dúvida, uma aposta inteligente.
Digitalização em toda mesa! Com o QR Code disponível do café ao restaurante de rodovia, numa versão contemplativa em que é possível olhar os itens e pedir ao garçom.
Na operação de bar visitada, ao abrir o cardápio
existia a opção: “fazer meu pedido”. Era clicar, enviar o pedido e, em poucos,
minutos receber na mesa. Claramente ajudando a simplificar o atendimento,
transmitir segurança e otimizar equipes.
existia a opção: “fazer meu pedido”. Era clicar, enviar o pedido e, em poucos,
minutos receber na mesa. Claramente ajudando a simplificar o atendimento,
transmitir segurança e otimizar equipes.
Todos os estabelecimentos visitados tinham o serviço “para viagem”, em atividade frequente durante a permanência para observação, e a opção de serviço delivery a partir de algum aplicativo, excetuando o restaurante de estrada, que aceitava pedidos somente pelo bom e velho telefone. Ops, pelo WhatsApp na verdade.
No restaurante de estrada o gerente disse: “reduzimos a quantidade de mesas, mas felizmente, mesmo com todas as restrições, após a reabertura no ano passado, nosso movimento do almoço nos finais de semana cresce dia a dia. As pessoas têm gastado mais, pedindo petiscos, pratos, sobremesas e até cafezinho. Reforçamos nossa equipe de cozinha”.
O respeito dos clientes de todas as idades ao circularem sempre com uso de máscaras cria um ambiente de confiança. A isso se combina a qualidade da aplicação dos protocolos de saúde: equipe paramentada (máscara e face shield), medição de temperatura dos clientes, totens com álcool em gel (e também nas mesas), talheres e guardanapos ensacados, dentre outras ações.
Confesso que me fez muito bem me reconectar com a “vida real”, e essas visitas trouxeram a confirmação do otimismo e resiliência do setor.
Iniciamos o mês de março com números recordes de
mortes causadas pela pandemia do novo coronavírus, e seguem medidas de
endurecimento das restrição país afora – principalmente no estado de São Paulo,
novamente oprimindo os empresários do setor.
mortes causadas pela pandemia do novo coronavírus, e seguem medidas de
endurecimento das restrição país afora – principalmente no estado de São Paulo,
novamente oprimindo os empresários do setor.
Certamente insuficiente, mas em paralelo, surgem novas medidas que soam como um sopro para a continuidade do setor. De acordo com especialistas em saúde e estatística, com a aceleração da produção das vacinas no país e medidas do governo para importação de doses, somadas às medidas restritivas nesse momento e medicamentos mais eficientes para o tratamento, devemos controlar o cenário e gradativamente retomar a reabertura -- a exemplo do que ocorreu no segundo semestre de 2020.
Nossas projeções para o mercado de food service, controlado o cenário citado anteriormente, inclui recuperação neste ano de 2021. Embora, ainda nada comparado aos números de 2019.
Por enquanto, reforço a todos a importância de
proteger a si, sua família, colaboradores e manter a mente quieta, a espinha
ereta e o coração tranquilo.
proteger a si, sua família, colaboradores e manter a mente quieta, a espinha
ereta e o coração tranquilo.
Venceremos!
*Cristina Souza é CEO da Gouvêa Foodservice - Estratégia e Gestão, especializada no atendimento ao setor englobando indústrias, distribuidores e operadores (redes, franquias e independentes).