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Restaurantes estão retomando o atendimento com os devidos cuidados e o uso massivo da tecnologia.

Mercado e Setor

A lenta e cuidadosa retomada dos atendimentos presenciais no food service

Geison Correa*
27/10/2020 18:19
Depois de muita tensão e readaptação aos novos
tempos, muitos bares, restaurantes e lanchonetes de todo o país voltaram a
atender seus clientes presencialmente, seguindo o plano de flexibilização de
cada cidade. Essa abertura, sem dúvida, foi ansiosamente esperada pelos
empresários do setor de food service, porém, foi necessário um plano de
adequação a essa realidade.
Mudança de espaços com redução da ocupação
máxima e distanciamento maior entre as mesas, atendimento restrito apenas para
clientes sentados, uso obrigatório de máscaras por todos, treinamentos
especializados às equipes para receber os consumidores de maneira segura e
disponibilização de álcool em gel estão entre as medidas que tiveram que ser
tomadas para garantir a saúde de todos.
Com esse cenário, as startups com soluções para esse setor ganharam ainda mais espaço, não só para ajudar com a questão logística (no delivery, que vem crescendo exponencialmente desde março), mas em outros aspectos do funcionamento desses estabelecimentos, evitando qualquer tipo de contaminação.
As foodtechs já vinham em um ritmo acelerado de crescimento, antes mesmo da pandemia. Segundo o The Food Tech Matters, instituição britânica que busca conectar empreendedores do setor com companhias, aceleradoras, investidores e outros players, a expectativa é que esse mercado atinja um valor global de £196 bilhões em 2022, o equivalente a aproximadamente R$ 980 bilhões.
Entre as soluções oferecidas por essas empresas
e que se apresentam fazendo a diferença está o desenvolvimento de cardápios
digitais, que assumem o lugar dos tradicionais que podem ser contaminados pelo
vírus; pagamentos sem toque por meio do uso do QR Code e de carteiras digitais
que são disponibilizadas em aplicativos e que permitem a realização de
transações com segurança, entre outras inovações.
As ferramentas fornecidas por essas empresas
também auxiliam na manutenção do relacionamento virtual com seus clientes de
maneira próxima, seja por meio de chatbots, aplicativos de conversa
profissional e/ou das redes sociais. Nesse aspecto, é importante utilizar
corretamente a tecnologia a seu favor e estar sempre disposto a atender as
dúvidas, mantendo seus consumidores e o mercado informados sobre o
funcionamento do local.
A palavra de ordem (ainda) é cautela. Por mais
que seja maravilhoso ver o estabelecimento cheio de gente, o essencial é não
descuidar, em nenhum momento, dessas regras e imposições. Afinal, os prejuízos
para imagem da sua marca serão maiores que qualquer lucro.
*Geison Correa é CEO e co-fundador da GrandChef, foodtech especializada na gestão de restaurantes, bares e similares, com o desenvolvimento de softwares homônimos em versões desktop e em nuvem.

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