Mercado e Setor
Trabalhadores que voltam ao presencial buscam preço e descontos no almoço, revela pesquisa
A volta ao trabalho presencial nas grandes
metrópoles, após dois anos de pandemia, revela um novo desafio para os
proprietários de restaurantes: como equilibrar as contas em meio à inflação
galopante e aos novos hábitos de consumo das pessoas?
metrópoles, após dois anos de pandemia, revela um novo desafio para os
proprietários de restaurantes: como equilibrar as contas em meio à inflação
galopante e aos novos hábitos de consumo das pessoas?
Essa é a pergunta a se fazer ao observar os
resultados da mais recente pesquisa “O futuro da vida no trabalho”, feita pela
empresa de benefícios Sodexo em nove países – o Brasil entre eles. O
levantamento apontou que 67% dos trabalhadores que voltaram a atuar
presencialmente estão mais preocupados com o quanto vão gastar na hora do
almoço.
resultados da mais recente pesquisa “O futuro da vida no trabalho”, feita pela
empresa de benefícios Sodexo em nove países – o Brasil entre eles. O
levantamento apontou que 67% dos trabalhadores que voltaram a atuar
presencialmente estão mais preocupados com o quanto vão gastar na hora do
almoço.
Para quase 7 em cada 10 entrevistados, a refeição precisa ter um preço acessível e, se possível, com algum desconto que ajude a caber no vale-alimentação do mês. Embora não especifique o quanto os trabalhadores consideram como acessível, a pesquisa faz um paralelo com os hábitos daqueles que estão em home office.
Para 85% dos colaboradores que continuam trabalhando em casa, a preferência é preparar o próprio almoço em vez de comprar pronto ou ir a um restaurante, com todo o preparo feito no final de semana para o consumo nos dias úteis.
Para Tomaz Henrique Peeters, diretor de
Marketing, Estratégia e Relacionamento com Clientes de Serviços Corporativos da
Sodexo On-site Brasil, a maioria das pessoas começou a cozinhar em casa tanto
para manter o distanciamento social como para economizar durante a pandemia.
Marketing, Estratégia e Relacionamento com Clientes de Serviços Corporativos da
Sodexo On-site Brasil, a maioria das pessoas começou a cozinhar em casa tanto
para manter o distanciamento social como para economizar durante a pandemia.
“No home office, essa estratégia facilita a rotina, e otimiza o tempo, além da escolha consciente por uma alimentação mais nutritiva durante do expediente. Depois de dois anos, isso se transformou em um hábito e a tendência é que este permaneça”, analisa.
A pesquisa da Sodexo apontou, ainda, que os trabalhadores em home office buscam preparar refeições mais saborosas (64%) e saudáveis (45%).
Do restaurante para o mercado
Outro ponto indicado pelos trabalhadores, tanto os que voltaram aos escritórios como os que seguem no home office, foi a necessidade de poderem ampliar ou diminuir os gastos dos vales alimentação e refeição. Em vez de ter um valor fixo para cada modalidade, eles pedem uma flexibilização de uso.
“É importante que a empresa monte um portfólio de benefícios que dê flexibilidade ao colaborador, podendo ajustar o saldo em Alimentação ou Refeição conforme a sua necessidade. Caso ele esteja mais presente no escritório, pode usar a modalidade “refeição” e almoçar no restaurante. Quando está em casa, o “alimentação” para fazer compras no supermercado e preparar sua própria refeição também é possível”, explica Renato Pelissaro, VP de Marketing e Produtos da Sodexo.
Dentre aqueles colaboradores que fazem suas refeições nos restaurantes corporativos (dentro das empresas), 53% planejam frequentar o restaurante com a mesma frequência do que antes da pandemia.
Quanto às expectativas em relação aos serviços que os trabalhadores esperam das empresas de alimentação, os três principais são: variedade de opções e escolhas acessíveis (51%), ingredientes locais e de boa qualidade (44%) e refeições saudáveis para levar para casa, além de opções convenientes de economia (39%).
Mais mercado, menos restaurante
A mudança de hábito dos trabalhadores constatada
pela pesquisa da Sodexo é confirmada por outros levantamentos, como o mais
recente realizado pela Serasa com a Opinion Box nos três estados da região Sul.
O levantamento “Pandemia e os impactos financeiros” constatou que 67% dos
sulistas sentiram um considerável aumento nas despesas nos últimos dois anos –
e os gastos com lazer acabaram impactados.
pela pesquisa da Sodexo é confirmada por outros levantamentos, como o mais
recente realizado pela Serasa com a Opinion Box nos três estados da região Sul.
O levantamento “Pandemia e os impactos financeiros” constatou que 67% dos
sulistas sentiram um considerável aumento nas despesas nos últimos dois anos –
e os gastos com lazer acabaram impactados.
A frequência em bares e restaurantes caiu desde a última edição do levantamento, em 2021, o que mostra uma redução no poder aquisitivo dos brasileiros. Naquele ano, 57% dos entrevistados se dispunham a gastar horas de lazer nestes locais – agora é de apenas 31%.
Por outro lado, quando se compara as principais
despesas ao período anterior, constata-se que o aumento dos gastos se concentra
em supermercados ou hipermercados, produtos de limpeza para casa e delivery de
comida e alimentação.
despesas ao período anterior, constata-se que o aumento dos gastos se concentra
em supermercados ou hipermercados, produtos de limpeza para casa e delivery de
comida e alimentação.
Nas compras nos hiper e supermercados, 58% afirmaram
gastar mais, 12% disseram gastar menos e 30% mantiveram os gastos. Nos produtos
de limpeza para casa, 40% afirmaram gastar mais, 16% disseram gastar menos e
44% gastaram o mesmo valor.
gastar mais, 12% disseram gastar menos e 30% mantiveram os gastos. Nos produtos
de limpeza para casa, 40% afirmaram gastar mais, 16% disseram gastar menos e
44% gastaram o mesmo valor.
Segundo a Serasa, antes da pandemia, os moradores dos três estados do Sul tinham gastos de lazer principalmente relacionados a shoppings, bares, restaurantes e viagens. Atualmente, existe uma parcela da população que optou por não gastar com esses tipos de serviços, o que pode ser mais um reflexo da pandemia na vida financeira das pessoas e o resultado da priorização dos gastos.