Enólogo francês destaca papel do Brasil na trajetória internacional da Denis Dubourdieu Domaines

Depois de dois anos, o enólogo francês Jean Jacques Dubourdieu, diretor da vinícola Denis Dubourdieu Domaines, voltou ao Brasil para apresentar as novas safras de seus vinhos premiados. Os rótulos são trazidos com exclusividade ao país pelas importadoras Porto a Porto e Casa Flora.

Inspirado pela trajetória do pai, Denis Dubourdieu, referência mundial na produção de vinhos brancos, Jean Jacques decidiu construir sua própria história no mundo do vinho. Criou uma vinícola que carrega o nome do enólogo como forma de homenagem, com a missão de levar os rótulos da família para além das fronteiras da França.

Mas a tradição da família na produção de vinhos começou há mais de dois séculos, com o cultivo em vinhedos na região de Graves, em Bordeaux. A entrada da Denis Dubourdieu Domaines no Brasil se deu por meio da parceria com a Porto a Porto.

Atualmente, o Brasil representa uma parcela importante nas vendas da marca, respondendo por 6% de toda a produção. Dentre as propriedades que compõem a Denis Dubourdieu Domaines, duas têm grande popularidade no país: Clos Floridene e Château Reynon.

Para Jean Jacques, um dos principais motivos do destaque no Brasil são as boas histórias aliadas à qualidade e ao preço. “Vivemos em um mundo cada vez mais rápido, mais complicado. E quando conseguimos garantir estabilidade de preço, filosofia e qualidade para o consumidor, isso tem muito valor”, comenta o enólogo, que ressalta: poucas são as vinícolas de Bordeaux que vendem tanto no país.

Segundo ele, é justamente essa combinação entre história e alma que torna os vinhos da família únicos. “Hoje o mercado oferece uma enorme variedade: dá para comprar vinhos de todos os lugares. Há muitos bons vinhos, mas vinhos com história e alma, não tantos. O conceito de ter uma pessoa real por trás da garrafa ajuda muito”, afirma.

Para o enólogo, a Denis Dubourdieu Domaines leva ao mercado vinhos “encarnados", isto é, com alma, personalidade e ligação direta com o lugar de onde vêm. “Agora, são vinhos que têm o gosto do lugar. Para nós, isso é super importante: uma personalidade única, o sabor do terroir, que não pode ser copiado. Qualidade estável. Preços estáveis. E vinhos encarnados. Porque há sempre uma família e alguém por trás deles”, diz.

Jean Jacques também reconhece o papel decisivo de seu pai no reconhecimento global da vinícola. “Parte da popularidade das nossas marcas se deve ao meu pai, sim. Ele faleceu há 10 anos, mas continuamos seu trabalho. A sorte é que a vinícola Dubourdieu ficou muito forte. Mas, se o vinho não fosse bom, tudo teria parado. Temos que trabalhar muito para manter esse nível de qualidade”, revela.

Ao todo, Jean Jacques trouxe cinco novos rótulos da vinícola. O primeiro deles foi o Château Reynon Sauvignon Blanc 2023, branco seco e elegante, com aroma de toranja e pêssego branco e notas minerais e defumadas. Outra escolha foi o Le Rosé de Floridene 2022, rosé elaborado com uvas merlot e cabernet sauvignon, com aroma de groselha preta, maracujá e morango silvestre.

Quanto aos tintos, os dois trazidos foram o Château Reynon Tinto 2021, que é um blend de  blend de Merlot, Cabernet Sauvignon e Petit Verdot com aromas delicados de frutas frescas, com nuances de alcaçuz, groselha preta e defumado. O outro é o Château Haura 2018, com aromas de frutas escuras e toques florais a violeta. 

Por fim, o último rótulo da nova safra é o Château Cantegril Barsac 2020 Branco, um vinho doce elaborado com a uva branco Sémillon de vinhas de 60 anos e com características de um grande Barsac.