Não é fácil descobrir as datas e os fatos que provem onde e como nasceu o macarrão, ou como ele chegou às mesas de todo o mundo. Diz a versão mais conhecida que teria sido “descoberto” na China, no século 12, pelo mercador veneziano Marco Polo. Mas, ao mesmo tempo, documentos existentes provam sua produção, na Itália, muito antes da viagem de Marco Polo ao Oriente. Sabe-se que, a respeito, ele teria escrito que a massa degustada em terras tão longínquas “era tão boa quanto as muitas que comi muitas vezes em minha terra”. Assim sendo, ela teria nascido na Europa, indo posteriormente para a Ásia e de lá voltando. Desde os primórdios, a massa teria tido a mesma mistura: farinha de trigo (ou o equivalente) e água, cozida em água fervente o que a diferencia do pão, tão antigo quanto, porém assado.

Pelo menos três perguntas continuam sendo feitas há milênios: quem foi o primeiro a plantar o trigo– teria sido há uns 10 mil anos (no Oriente Médio) ou há 25 séculos (na China)? Quem foi o pioneiro preparando a massa e secando-a para melhor conservação? Quem inventou cozinhá-la?

Ao que tudo indica, a técnica de moer as sementes foi levada aos chineses por mercadores que percorriam regularmente a Rota da Seda. Nessa longa história, onde aparecem dezenas de nomes, surgem os de Asad ibn al Furat (conquistador da Sicília no ano 827), que mais remete a um prato de quibe do que à apetitosa massa, e do geógrafo andaluz Al-Bakri. E a massa feita com diferentes grãos de trigo deu nascimento a pizzas, couscous, pastéis, vermicelli, bolos, tortas, tortillas – e, logicamente, ao conhecido maccheroni, palavra surgida em textos de judeus italianos.

Difundido pela Europa a partir do século 13, chegou ao Brasil no final do século 19, trazido pelos imigrantes italianos.

O macarrão não deve ser cortado. Vinhos, especialmente o tinto, podem acompanhar o prato, pois não interferem no sabor do molho. Evite refrigerantes.