Redução de preço ao segmento foi estratégia da Compagas para apoiar o setor de food service

Com regras distintas para funcionamento, que variaram dependendo da cidade do país, o setor de bares e restaurantes no Brasil deve começar a se recuperar apenas em dezembro de 2020. É a estimativa que a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) faz para o segmento, fortemente afetado pela pandemia de Covid-19. Além disso, 68% dos donos de bares e restaurantes do país estão registrando baixo faturamento na reabertura dos estabelecimentos, segundo levantamento da entidade.

Levando em conta esse contexto de recuperação lenta, a Compagas (Companhia Paranaense de Gás), uma das patrocinadoras do Hack pela Gastronomia, reduziu, desde 1º de agosto, a média da tarifa de gás natural para o segmento comercial em 8,32%. Além disso, a conta de gás terá mais uma queda, de 2,2%, em função de uma decisão judicial em favor da companhia, que desobriga o recolhimento de PIS e COFINs sobre o ICMS que incide na tarifa de gás natural. "No final vai chegar a um desconto de 10,5%, o que é uma redução importante" salienta o diretor-presidente da Compagas, Rafael Lamastra. O novo valor será sustentado até o final de 2020 para os 580 clientes da empresa na área comercial, o que inclui também shoppings, hospitais e hotéis,  mas com bares e restaurantes em maior número.

Além do fôlego financeiro para uma área que passou meses vendendo muito aquém do esperado mesmo com operações de delivery (segundo Lamastra, o consumo de gás nesse setor chegou a cair 50% entre abril e agosto), a tarifa mais barata vai permitir que os empresários possam se planejar e ter uma previsibilidade maior sobre a conta. "O impacto no orçamento do cliente residencial é menor. Já para os médios e grandes, ou seja, comércio e indústria, o volume é maior e eles necessitam dessa previsão. Tinham começado o ano com bons números e expectativas e, de repente, enfrentaram uma queda brusca. Segurar o valor até o fim do ano vai permitir que eles consigam encerrar 2020 com planejamento e mais tranquilidade" frisa o diretor-presidente.

Outra medida da Compagas para o setor de food service, essa em vigor desde o início da pandemia de coronavírus em março, é a não suspensão do fornecimento de gás natural para clientes deste ramo por inadimplência. "Muitos estavam fechados e não geravam essa conta, mas tinha o residual dos meses anteriores, o que relevamos" diz Lamastra. A companhia também ofereceu condições de negociação  para quitação das faturas referentes ao consumo de gás, possível por um acordo firmado com a Petrobrás.

Visando a segurança dos colaboradores que atuam em campo e não puderam ser deslocados para o trabalho remoto, a Compagas realiza testes para a  Covid-19, ação periódica enquanto durar a pandemia. Também antecipou, para o mês de abril, a campanha de vacinação contra a Gripe, que contemplou todos os colaboradores e terceirizados. 

A companhia se mobilizou ainda em ações sociais de combate à Covid-19 no Paraná com a campanha "Compagas e Você: Juntos pela Vida!". A empresa doou um valor de R$ 500 mil, que foi utilizado para a compra de quase 129 mil unidades do swab de fibra sintética que compõe o kit de testagem para o novo coronavírus, e doado ao  Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP).  O IBMP, instituição vinculada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), atualmente tem trabalhado no processamento e análise de testes visando o fortalecimento e a integração das ações de vigilância e controle da Covid-19, com a entrega de kits para diagnósticos de qualidade no Paraná.

O Hack pela Gastronomia, iniciativa do Bom Gourmet que tem como grande objetivo encontrar soluções reais para o setor de alimentação, vem realizando desde o começo de setembro talks e uma competição de inovação que reuniu mentes criativas para ajudar na solução dos problemas dos negócios.  A ação resultará na criação de um banco de oportunidades e ideias para que toda a cadeia alimentar se desenvolva ainda mais neste momento desafiador.

O projeto, idealizado pelo Bom Gourmet, conta com o apoio do Facebook Journalism Project (FJP), que, em parceria com o Centro Internacional para Jornalistas, lançou um fundo de US$ 2 milhões para ajudar as organizações de notícias na América Latina durante a crise de Covid-19.