Hack pela Gastronomia
Como ser mentor do Hack pela Gastronomia e ajudar o food service a passar pela crise
No que um programador pode contribuir para ajudar em problemas pelos quais estão passando bares, restaurantes e outros empreendimentos da área de food service por causa da pandemia? Ou o que um chef de cozinha poderia dizer para uma equipe de desenvolvedores que está construindo um aplicativo que substitui o cardápio num estabelecimento? Pode parecer difícil de imaginar, mas unir profissionais de diferentes áreas para fomentar ideias e soluções é justamente uma das premissas do Hack Pela Gastronomia, evento promovido pelo Bom Gourmet a partir de setembro que contará com talks com profissionais do ramo do food service e um hackathon entre os dias 12 e 16, totalmente on-line e gratuito.
No hackathon, esta pluralidade é esperada não apenas entre os participantes que irão desenvolver os desafios, mas também entre os mentores. E é por isso que o Bom Gourmet faz este convite a todo setor. “Os mentores podem se cadastrar conforme a área de atuação e, assim que forem aprovados, vão receber as orientações sobre como usar a plataforma. Eles também vão conseguir ficar on-line e podem se conectar com qualquer grupo que precise de alguma ideia ou solução em que ele tenha expertise” afirma a cofundadora e responsável pelo marketing da Panic Lobster (empresa responsável pela operação do Hack), Ana Maia. As inscrições, tanto para resolver os desafios quanto para os mentores, vão de 1º a 9 de setembro.
Líder da Tambaqui Valley, comunidade de startups de Rondônia, Alexandre Mori participa de hackathons desde 2018 - já foi participante, organizador e mentor das maratonas que, no princípio, eram focadas apenas para desenvolvedores e programadores, mas logo se popularizaram e se expandiram para outros setores. “O mote é sempre gerar soluções para problemas e com desafios pré-definidos”, explica ele.
O ideal, salienta Mori, é que as equipe de mentores seja a mais vasta possível - por isso é bem-vinda a inscrição de profissionais de diferentes setores, e não só do ramo de alimentação e gestão, por exemplo. “O mais rico no hackathon é ter uma equipe multidisciplinar. Se você juntar um estudante de gastronomia, um programador e alguém da área financeira, vai existir um outro olhar sobre os problemas, muito diferente de apenas profissionais que trabalham com o tema”, diz.
Em sua experiência como mentor, Alexandre Mori dá algumas dicas para quem se disponibilizar a ajudar as equipes: faça mais perguntas do que dê respostas e jamais se sinta “dono" da equipe. “Levante questões. Mostre caminhos, mas nunca diga o que as pessoas devem fazer. São elas que precisam decidir as soluções. E alinhe sempre as expectativas com as equipes”, orienta.
Para os participantes, a principal vantagem, acredita Mori, será o acesso a metodologia ágil, usada na formatação de startups. “Esse conhecimento permite transformar o negócio. Fora todo o network que as equipes e mentores fazem. É um espírito colaborativo”.
Conhecimento aplicado
Durante o hackathon, os mentores serão acionados conforme as dúvidas das equipes. “Após as inscrições, compilamos todos em um grande banco de dados, divididos por áreas e habilidades. Se uma equipe tem uma dúvida referente à área de um mentor, direcionamos esta dúvida a ele”, explica Ana Maia. Ela ressalta ainda que o papel deste mentor pode ser ampliado caso ele tenha disponibilidade em se tornar um padrinho. “No caso dos padrinhos, a responsabilidade é ainda maior, já que eles têm o nobre papel de incentivar e acompanhar as entregas das equipes durante o hackathon", diz.
Como participar
De 1º a 9 de setembro, um formulário para quem quiser ser mentor estará disponível na área de inscrições do Hack Pela Gastronomia, onde se deve preencher informações básicas como área de atuação e um breve currículo de sua experiência profissional. O hackathon ocorre entre 12 e 16 de setembro. A inscrição é individual, mas os estabelecimentos e empresas podem inscrever colaboradores e montar times de 3 a 6 membros. Uma outra possibilidade é inscrever individualmente alguns membros da empresa e compor times com pessoas de outras áreas inscritas no hackathon, como desenvolvedores, profissionais de tecnologia e outros.
Resultados
O mote do projeto é fomentar o setor gastronômico por meio de soluções reais. Por isso, um grande banco de respostas será compilado ao final, aberto ao público. Os três melhores projetos serão reconhecidos no dia 21, após passarem por uma banca de jurados formada por especialistas.