Hack pela Gastronomia
Como conquistar e fidelizar mais clientes usando dados e recompensas no delivery
Já não é mais novidade que conhecer os hábitos de consumo dos clientes pode fazer toda a diferença no faturamento dos restaurantes. E em tempos de pandemia, a coleta e a análise desses dados passou a ser o diferencial para se sobressair da concorrência.
Como coletar e utilizar estes dados e fidelizar os clientes foi o tema do segundo talk desta terça (8) do Hack pela Gastronomia, a maratona de painéis e hackathon do Bom Gourmet para ajudar o mercado de food service a passar pela pandemia do coronavírus com mais força. Os participantes Rafael Belon, CEO da startup curitibana Connecty Pay; Rodrigo Oliveira, diretor do segmento de food service da Linx; Lucas Judice, CEO da plataforma Almoço Grátis; e Juliano Haus, CEO da paranaense Vina, falaram à jornalista Aléxia Saraiva, editora do Gazz Conecta, que hoje em dia é cada vez mais preciso que os restaurantes conheçam seus clientes e tenham estratégias muito específicas e customizadas para conquista-los cada vez mais.
Rodrigo Oliveira lembrou que isso se tornou
ainda mais importante com a entrada de todo o mercado de food service no
formato de delivery, por causa da pandemia. Se antes a concorrência já era
grande, agora é ainda mais importante se destacar entre todos os restaurantes.
ainda mais importante com a entrada de todo o mercado de food service no
formato de delivery, por causa da pandemia. Se antes a concorrência já era
grande, agora é ainda mais importante se destacar entre todos os restaurantes.
“O delivery não é mais uma opção, agora é uma realidade. Há seis meses atrás, ele era uma alternativa de venda, mas hoje é uma necessidade e passou a ser a única opção [para muitos restaurantes]”, diz.
E nisso ele levantou uma dúvida muito comum entre os empresários: fazer parte de um marketplace ou ter um aplicativo próprio de delivery? Segundo o diretor de food service da Linx, os restaurantes precisam ter as duas opções de atendimento, com estratégias específicas para cada um deles.
Assertividade
Rafael Belon, CEO da startup curitibana Connecty Pay, reforça a necessidade de se personalizar a atuação do restaurante em cada plataforma, seja no aplicativo de marketplace ou no próprio sistema.
Mas, para saber o que fazer em cada um deles, é preciso conhecer o consumidor. Lucas Judice, da Almoço Grátis, explica que fazer pesquisas com os clientes é o primeiro passo para entender qual o melhor caminho tomar na hora de implementar as devidas estratégias.
“Lançamos um projeto que o restaurante manda um QR Code que o cliente acessa e responde a uma pesquisa com 10 itens sobre como foi aquela experiência. Essa é uma forma muito boa e efetiva de começar a agregar dados para entender o seu cliente quer e poder direcionar os seus esforços. Pode ser com esse projeto ou mesmo um panfleto com perguntas que a pessoa acessa e responde”, conta.
Assim os restaurantes que estão nos marketplaces podem conhecer seus clientes, já que normalmente essa base de dados não é aberta pelas plataformas. E, depois desse primeiro contato, o estabelecimento pode criar seu próprio aplicativo de delivery e se comunicar diretamente com os consumidores – principalmente usando a tecnologia de ‘white label’, em que um terceiro desenvolve uma solução específica para a marca.
“Foi assim que o Vina surgiu enquanto marketplace para os estabelecimentos passarem pela crise, e aí passamos a trabalhar com o ‘white label’ para levar o cliente aos restaurantes”, conta Juliano Haus lembrando que o aplicativo se diferencia dos demais disponíveis no mercado por coletar os dados dos clientes e mostrar ao estabelecimento quem faz parte da sua base de consumo. Assim o restaurante sabe quais são as preferências dos consumidores para desenvolver estratégias específicas.
Veja na íntegra como foi o bate-papo:
Marketing de gratidão
Outra ferramenta para atrelar ao serviço de delivery e se sobressair na concorrência é o marketing de gratidão. Estar na memória dos clientes com um agrado por mais simples que seja, como uma cartinha de agradecimento ou um chocolate ou sobremesa, já aumenta a retenção e a quantidade de vendas.
“É o restaurante entregar aquilo que está prometendo, e se puder dar um agrado, melhor ainda. Um bombonzinho, carta de agradecimento, nessa pandemia recebi muito disso por estar comprando do pequeno”, conta o CEO do Vina.
Para Rafael Belon, é uma forma de mostrar para o cliente o quanto ele é importante para o negócio.