Hack pela Gastronomia
Como a Electrolux viu a pandemia impulsionar as vendas de eletrodomésticos usados na cozinha
De uma hora para outra, a maioria das pessoas foi forçada a permanecer mais tempo em suas casas, o que mudou a relação delas com o espaço e, sobretudo, com a cozinha. Por conta do isolamento social, muita gente passou a se aventurar mais nas panelas, testando novas receitas como um hobby ou para criar um momento especial no dia a dia. E isso não se percebe apenas nas redes sociais, com pessoas trocando receitas e postando seus feitos, ou chefs ensinando seus truques e receitas em lives. Mas também em números: levantamento da pesquisa digital MindMiners para a Electrolux mostra que 33% das pessoas estão cozinhando mais em suas casas.
O novo hábito trouxe novas necessidades: quem antes sujava pouca louça em casa se viu com a pia cheia, em paralelo com outros afazeres domésticos e o trabalho intenso em home office. Além disso, aquele eletrodoméstico antes encostado em um canto passou a ser extremamente necessário - tanto que a MindMiners aponta ainda que 75% das pessoas estão usando esses aparelhos de forma mais frequente.
Logo, os novos desejos de consumo passaram a estar atrelado ao lar, e não mais a rua. Um desses exemplos é a lava-louças: a Electrolux, por exemplo, uma das patrocinadoras master do Hack pela Gastronomia, sentiu um crescimento da procura pelo item na casa de 40%. “Ainda é um produto de baixa penetração. Poucas casas no Brasil têm e agora as pessoas começaram a desejar mais e se permitir comprar” diz o vice-presidente da linha de produtos da empresa, Leandro Jasiocha. “As vendas do produto cresceram muito, assim como a categoria de fogões e fornos [aumento de 50% em média nas buscas]. A cozinha hoje faz parte do ambiente integrado da casa” fala. Itens portáteis como Panelas Elétricas e liquidificadores também tiveram um crescimento acelerado na pandemia.
A casa como um todo está no foco: 28% das pessoas estão limpando mais a casa, aponta a MindMiners; a busca pelos aspiradores verticais da marca também aumentaram. “É um produto muito fácil e prático, que oferece conveniência para o consumidor. A gente sente que deixamos de usar muito mais o carro e passamos a usar mais os eletrodomésticos” pontua Jasiocha.
Adequações
Para se adaptar ao novo momento, a Electrolux, que conta com 7 mil funcionários no Brasil e 9 mil em toda a América Latina, reorganizou equipes e processos; num primeiro momento, quem estava na fábrica ficou em casa, até entender como seria a resposta dos consumidores e do mercado. “Vimos uma queda em março, abril e maio. Mas, a partir do momento que as pessoas foram se ajustando, essa realidade foi mudando” conta Jasiocha.
Os meses subsequentes vêm sendo de recuperação e as fábricas continuaram operando, seguindo todos os protocolos de saúde e segurança necessários aos trabalhadores, como uso de máscara, higienização frequente dos ambientes e medição de temperatura na entrada do turno de trabalho. Outras atividades da empresa foram todas transferidas para home office.
O novo perfil de demanda de consumo também é algo acompanhado de perto pelo time de desenvolvimento de novos produtos da marca, que foca em soluções em três grandes áreas: experiência de sabor (com produtos voltados para a cozinha), cuidado com as roupas e bem-estar do ambiente da casa, ou seja, valores e pilares que se alinham a estratégia da Electrolux.
Além de adequações internas, Leandro Jasiocha salienta que a empresa vem contribuindo para ajudar a amenizar os efeitos da pandemia da Covid-19 no Brasil. A Electrolux produziu 22 mil máscaras para hospital e instituições de saúde, realizou doações de mais de 600 produtos para 45 hospitais, nas regiões onde a Electrolux possui fábricas. “Nosso papel vai além de apenas o trabalho com os consumidores, mas também de responsabilidade social e sustentabilidade”.
Hack pela Gastronomia
A Electrolux é um dos patrocinadores do Hack pela Gastronomia, iniciativa do Bom Gourmet que tem como grande objetivo encontrar soluções reais para o setor de alimentação e que abre inscrições no dia 1º de setembro. O Hack contará com uma série de talks temáticos sobre o mercado, realizados entre os dias 1º e 9, e um hackathon de cinco dias, entre 12 e 16 de setembro, que reunirá mentes criativas para ajudar na solução dos problemas dos negócios. A ação resultará na criação de um banco de oportunidades e ideias para que toda a cadeia alimentar se desenvolva ainda mais neste momento desafiador.
O projeto, idealizado pelo Bom Gourmet, conta com o apoio do Facebook Journalism Project (FJP), que, em parceria com o Centro Internacional para Jornalistas, lançou um fundo de US$ 2 milhões para ajudar as organizações de notícias na América Latina durante a crise de Covid-19.