Gestão e Finanças
Covid-19 está aí: o que fazer neste momento em seu restaurante?
O assunto de maior repercussão neste momento é a disseminação do Covid-19 e todas as iniciativas que estão sendo tomadas pelas pessoas e pelas empresas. E como isso impacta o foodservice?
Esperamos uma grande disrupção pela frente. O Covid-19 é como um gatilho para que as vendas por delivery disparem, na lógica de que os consumidores estarão evitando aglomerações – e que isso, em seu extremo, significará não sair de casa. No entanto, enquanto isso não acontece, procuramos saber mais sobre quais negócios serão afetados e o que podemos fazer para minimizar os impactos.
A perspectiva é que teremos queda de tráfego nos restaurantes, principalmente
em locais onde a aglomeração é uma característica: cruzeiros marítimos, arenas,
estádios, cinemas, bares e casas noturnas ou praças de alimentação que sejam
normalmente muito cheias. Mas há outro segmento relevante em nosso país que
também deve sentir bastante: os nossos restaurantes por quilo ou self-service.
em locais onde a aglomeração é uma característica: cruzeiros marítimos, arenas,
estádios, cinemas, bares e casas noturnas ou praças de alimentação que sejam
normalmente muito cheias. Mas há outro segmento relevante em nosso país que
também deve sentir bastante: os nossos restaurantes por quilo ou self-service.
Para ajudar a gente a pensar em quais providências tomar, precisamos compreender como pensam os consumidores. Muitos deles vão pensar em diminuir jornadas de compra.
Então, ir a locais onde posso comprar comida para vários dias, como supermercados, empórios e padarias pode ser mais convenientes do que ir a um restaurante, onde resolvo normalmente somente uma refeição. E é aí que o delivery entra com força. Se eu não desejar sair, vou pedir algo que venha até mim.
Segundo uma pesquisa americana, as ações que praticamente 70% dos
consumidores dizem testar com receio de fazer, por acreditar que poderão contrair
o vírus a partir delas em locais de refeição fora do lar, são:
consumidores dizem testar com receio de fazer, por acreditar que poderão contrair
o vírus a partir delas em locais de refeição fora do lar, são:
1. Abrir maçanetas de porta contaminadas;
2. Se servir em locais de “self-service”, com utensílios comuns a todos;
3. Usar banheiro público no restaurante;
4. Sentar em um ambiente muito cheio para comer;
5. Se servir de refrigerantes em “self-service”, refil grátis.
No processo de escolha de onde comer, estará mais relevante do que nunca
a confiança. Neste momento, as nossas sugestões de como você pode agir em seu
negócio são:
a confiança. Neste momento, as nossas sugestões de como você pode agir em seu
negócio são:
1. Comece com a sua equipe: comunique muito bem os procedimentos de
higiene e limpeza, sintomas, sua política de não trabalhar com ninguém que
estiver doente. Ampare as dúvidas e volte com dicas práticas para o
aprendizado: ao invés de falar para lavarem as mãos por 20 segundos, por
exemplo, adorei ouvir outro dia um médico dizer: “cante parabéns mentalmente por
duas vezes enquanto lava as mãos e antebraços”.
higiene e limpeza, sintomas, sua política de não trabalhar com ninguém que
estiver doente. Ampare as dúvidas e volte com dicas práticas para o
aprendizado: ao invés de falar para lavarem as mãos por 20 segundos, por
exemplo, adorei ouvir outro dia um médico dizer: “cante parabéns mentalmente por
duas vezes enquanto lava as mãos e antebraços”.
2. Mude a frequência dos procedimentos de higiene e limpeza: e torne
tudo isso visível ao público. Tenha alguém limpando sempre tudo: mesas,
quiosques, utensílios, enfim, tudo em que as pessoas tocam. Não basta
comunicar: tem que fazer.
tudo isso visível ao público. Tenha alguém limpando sempre tudo: mesas,
quiosques, utensílios, enfim, tudo em que as pessoas tocam. Não basta
comunicar: tem que fazer.
3. Proteja a todos visivelmente: prontamente faça uso de luvas,
equipamentos de proteção individual, uniformes impecáveis e limpos – além disso,
seja mais crítico com a desorganização visual do que quer que seja: dos lixos, potes,
comida, enfim, tudo que estiver à vista do consumidor.
equipamentos de proteção individual, uniformes impecáveis e limpos – além disso,
seja mais crítico com a desorganização visual do que quer que seja: dos lixos, potes,
comida, enfim, tudo que estiver à vista do consumidor.
4. Tenha sabonetes líquidos e desinfetantes/álcool-gel para uso do
cliente: pense em como proteger melhor também a comida com tampas, lacres,
especialmente em embalagens para viagem e protetores onde ela é servida. Sempre
que possível, não exponha desnecessariamente a comida.
cliente: pense em como proteger melhor também a comida com tampas, lacres,
especialmente em embalagens para viagem e protetores onde ela é servida. Sempre
que possível, não exponha desnecessariamente a comida.
6. Em embalagens para viagem: a percepção de higiene é muitas vezes
melhor se tudo está embalado individualmente. Tenha certeza que os lacres
realmente funcionam e informe tudo que está fazendo com comunicações claras ao
consumidor.
melhor se tudo está embalado individualmente. Tenha certeza que os lacres
realmente funcionam e informe tudo que está fazendo com comunicações claras ao
consumidor.
7. Em restaurantes de serviço completo: aumente o espaçamento entre as
mesas e repense o uso de mesas comunitárias neste momento.
mesas e repense o uso de mesas comunitárias neste momento.
8. Converse com seus fornecedores: entenda como está o impacto para
eles, como vocês podem trabalhar juntos para garantir o estoque, a qualidade e
o abastecimento dos produtos.
eles, como vocês podem trabalhar juntos para garantir o estoque, a qualidade e
o abastecimento dos produtos.
9. Fique de olho no seu fluxo de caixa: minimize gastos extraordinários
ou que possam ser adiados neste momento. Mas pense no que faz hoje seu cliente
voltar: qualidade, inovação e atendimento – e agora mais que nunca na limpeza –
e corte gastos de maneira consciente.
ou que possam ser adiados neste momento. Mas pense no que faz hoje seu cliente
voltar: qualidade, inovação e atendimento – e agora mais que nunca na limpeza –
e corte gastos de maneira consciente.
10. Incremente seu delivery: pense em como sua oferta pode ser mais
estratégica no delivery, revise embalagem, procedimentos, velocidade,
hospitalidade, e converse com parceiros. Eventualmente, pense em fazer pequenas
entregas na sua área de influência, ou seja, 10 minutinhos a pé onde você ou
seu time possam atender. É hora de pensar em outras formas de vender, e o que é
atrativo ao consumidor e lucrativo ao seu negócio.
estratégica no delivery, revise embalagem, procedimentos, velocidade,
hospitalidade, e converse com parceiros. Eventualmente, pense em fazer pequenas
entregas na sua área de influência, ou seja, 10 minutinhos a pé onde você ou
seu time possam atender. É hora de pensar em outras formas de vender, e o que é
atrativo ao consumidor e lucrativo ao seu negócio.
Por fim, estamos em um negócio que pode sempre trazer boas memórias, uma
comemoração, e fazer as pessoas se sentirem melhor. Hora de trabalhar com afinco!
comemoração, e fazer as pessoas se sentirem melhor. Hora de trabalhar com afinco!
*Simone Galante é fundadora e CEO da Galunion Consultoria para Foodservice, em São Paulo, especializada em serviços de alimentação com foco em projetos que gerem resultados com metodologias colaborativas através de alianças no mercado.