Bom Gourmet
FoodCo. Experience 8: IA, bebidas saudáveis e reforma tributária encerram manhã imersiva
Manhã imersiva do FoodCo. Experience 8 contou com assuntos diversos relacionados ao setor gastronômico. Bruno Raphael Müller
Durante o FoodCo. Experience 8, realizado nesta terça (26) na sede da Gazeta do Povo, em Curitiba, Yuri de Melo, CEO da startup COZl.ai e ex-sócio-gestor de indústria de alimentos e rede de restaurantes, demonstrou como a inteligência artificial está revolucionando o setor gastronômico.
A COZl.ai é uma plataforma que utiliza IA para automatizar o atendimento aos clientes via WhatsApp, permitindo que os restaurantes personalizem a experiência do consumidor, aumentem as vendas e fidelizem clientes. "Com a COZl.ai, o cliente pode fazer pedidos a qualquer hora e lugar, recebendo atendimento personalizado por texto ou áudio", explicou o CEO. A plataforma integra-se a sistemas de gestão, coleta dados sobre os clientes e gera relatórios detalhados sobre seus hábitos de consumo.
"A IA permite segmentar os clientes e criar campanhas de marketing personalizadas, com ofertas e promoções direcionadas", destacou de Melo. Ele citou o exemplo de uma pizzaria que, em três meses, enviou mais de 30 mil mensagens personalizadas para seus 800 clientes, resultando em mais de 1.700 pedidos.
O CEO disse que vender para clientes existentes é mais barato do que conquistar novos, e que a IA ajuda a estreitar o relacionamento com o público. De Melo também abordou uma funcionalidade da sua plataforma que transforma o WhatsApp em um canal de vendas, permitindo que os clientes finalizem seus pedidos diretamente na conversa. "80% dos clientes nem sabem que estão falando com uma IA", revelou.
O CEO argumentou que a IA não substitui o atendimento humano, mas o complementa, otimizando a operação e liberando os funcionários para outras tarefas. "A IA permite oferecer um atendimento personalizado em escala, algo que seria impossível para um ser humano", concluiu.
Baldo traz opções em bebidas saudáveis para o verão
A Baldo, empresa centenária especializada em bebidas à base de erva-mate, participou do evento com a palestra "Verão e bem-estar: aumente seu faturamento com o cardápio de bebidas saudáveis com a Baldo". A empresa apresentou seu portfólio de produtos e soluções para o setor de food service, com foco em bebidas saudáveis e práticas para o verão.
Com mais de 100 funcionários e cinco unidades fabris, a Baldo se destaca no mercado nacional e internacional de erva-mate. "Temos uma cadeia produtiva completa, desde o cultivo da erva-mate até a entrega do produto final", afirmou Gustavo Busolli. "Desenvolvemos soluções pensando nas necessidades dos operadores de food service, com foco na praticidade e na customização", explicou o representante.
A Baldo ressaltou a importância de oferecer opções saudáveis e personalizadas para atrair e fidelizar clientes. "Agregar o chá-mate ao cardápio não é apenas uma estratégia para aumentar o faturamento, mas também uma forma de se conectar com as expectativas do consumidor e oferecer uma experiência completa", disse Busolli.
Advogado da Abrasel apresentou perspectivas para a Reforma Tributária no setor gastronômico
Advogado da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Guilherme Moro abordou as implicações da Reforma Tributária 2025 para o setor gastronômico. O advogado esclareceu as principais mudanças e orientou os empresários sobre como se preparar para o novo cenário.
Moro iniciou sua fala relembrando o contexto da reforma, que unifica diversos impostos em um único imposto sobre valor agregado (IVA). O advogado explicou os regimes especiais de tributação para bares e restaurantes, com alíquotas diferenciadas. "Essa é uma grande vitória para o setor", afirmou Moro, referindo-se à inclusão dos estabelecimentos gastronômicos em um regime mais vantajoso.
A palestra abordou ainda a discussão sobre a inclusão de produtos da cesta básica na alíquota zero e a possibilidade de os restaurantes optarem pelo IVA dual, que permite o crédito do imposto para empresas do Simples Nacional. Moro também alertou para a importância de se analisar os contratos com fornecedores e rever as práticas societárias para se adequar à nova legislação.
O advogado finalizou sua apresentação reforçando a complexidade do tema e a necessidade de os empresários se manterem informados sobre as mudanças e seus impactos. "É fundamental buscar orientação e se preparar para o novo cenário tributário", concluiu.
Gaslog aborda dimensionamento do gás no food service
A Gaslog, empresa especializada em soluções de gás para o setor de food service, falou sobre a importância do dimensionamento correto do sistema de gás para o bom funcionamento dos estabelecimentos gastronômicos.
Rita de Cássia Rodrigues, diretora comercial da Gaslog, explicou que o dimensionamento adequado garante o abastecimento contínuo de gás, evitando interrupções no serviço e prejuízos para o negócio. "Um sistema subdimensionado pode não suportar a demanda de gás do restaurante, causando problemas como a falta de chama nos equipamentos", alertou um representante da empresa.
A Gaslog apresentou um case de um restaurante com três fogões de seis bocas e um fogão de quatro bocas. A empresa demonstrou como calcular a vazão de gás necessária para abastecer todos os equipamentos simultaneamente. "É fundamental conhecer o consumo de gás de cada equipamento e considerar a possibilidade de uso simultâneo para dimensionar o sistema corretamente", ressaltou o representante.
Mindhub explicou a importância de um CMV descomplicado
Concluindo a manhã do FoodCo. Experience 8, Bianca Fraga, CEO do Grupo Mindhub, falou sobre o Custo da Mercadoria Vendida (CMV) para empresários do setor gastronômico na palestra "CMV Descomplicado para a alta temporada: estratégias para começar lucrando em 2025".
A especialista abordou a importância do controle do CMV e apresentou estratégias para aumentar a lucratividade dos restaurantes. Bianca destacou a necessidade de se calcular o CMV teórico e o CMV real para identificar possíveis problemas na operação. "O CMV teórico indica o custo ideal da mercadoria vendida, enquanto o CMV real reflete o custo efetivo", explicou. "A diferença entre esses dois valores revela onde estão os desvios, como roubos, erros no preparo dos pratos e falhas no recebimento de mercadorias".
A CEO do Grupo Mindhub apresentou um caso real de uma pizzaria que acreditava ter um CMV de 35%, mas ao calcular o CMV real, descobriu que o valor era de 45%. "Essa diferença pode indicar problemas como roubo de ingredientes, desperdício ou erros nas quantidades utilizadas nas receitas", alertou Fraga. Para controlar o CMV de forma eficiente, Fraga recomendou o controle rigoroso do recebimento de mercadorias. "É fundamental conferir as quantidades e a qualidade dos produtos entregues pelos fornecedores", orientou.