Bom Gourmet
FoodCo. Experience 8: diretor da Gold Food Service traz impressões sobre SIAL Paris 2024
"Rastreabilidade e saudabilidade" foram as palavras-chave do evento, disse diretor da Gold durante o FoodCo. Experience 8. Bruno Raphael Muller
O sócio-proprietário da Gold Food Service, Ozeias Oliveira, compartilhou sua experiência na SIAL Paris 2024 durante o 8º FoodCo. Experience, que ocorre nesta terça (26) na sede da Gazeta do Povo em Curitiba. A feira, que ocorreu em outubro, reuniu mais de 7.400 expositores de 127 países nos seus 270 mil metros quadrados de área.
"Para se ter uma ideia da dimensão da SIAL, percorri 27 km a pé em um único dia, o equivalente à distância entre o Tarumã e Araucária", afirmou Ozeias, destacando a grandiosidade do evento.
Com 300 mil visitantes de mais de 200 países, a SIAL Paris é uma das maiores feiras de alimentação do mundo, superando em 20 vezes o tamanho da ExpoAbras, realizada em Pinhais, por exemplo. O evento se diferencia da NRA, feira americana do setor, por focar no comércio exterior e na conexão entre produtores e compradores internacionais.
"Enquanto a NRA atende principalmente donos de restaurantes dos EUA, a SIAL é voltada para o comércio internacional, com 100% dos expositores focados em importação ou exportação", explicou Ozeias.
Rastreabilidade e saudabilidade foram palavras-chave
A SIAL Paris 2024 evidenciou tendências como a especialização de produtos, com foco em nichos específicos e a crescente preocupação com a saudabilidade, com destaque para a rastreabilidade dos alimentos.
"Rastreabilidade e saudabilidade são palavras-chave na SIAL. A feira é democrática, mas todos os expositores estão preocupados com a saúde do consumidor", observou Ozeias.
O executivo também ressaltou a importância da colaboração entre diferentes áreas para o desenvolvimento de produtos inovadores. "Um produtor grego, por exemplo, trabalhou em parceria com um arquiteto para repensar sua indústria de forma não convencional", exemplificou.
Ozeias finalizou sua palestra enfatizando o fim da era dos modismos na alimentação. "O produto precisa ter sentido e funcionar. É preciso ser pragmático e entender o que o cliente realmente deseja", concluiu.