Cooperativismo e propósito: o que o case da Charlie Candies ensina sobre fortalecimento de marca no setor da gastronomia

Mais do que vender doces, a Charlie Candies vende sentimento. E isso importa mais para o consumidor do que se imagina. Em julho, durante o FoodCo. Experience na Casa Bom Gourmet, o empresário e comunicador Thiago Schmitz compartilhou sua trajetória no setor gastronômico. 

Diante de cerca de 70 empreendedores curitibanos, ele mostrou como um propósito bem definido fortalece a marca e como o cooperativismo entre empresários pode abrir caminhos para o crescimento.

A Charlie Candies é uma confeitaria afetiva que começou em Porto Alegre (RS), com produção caseira e vendas pela internet. A receita do brownie, carro-chefe da marca, é da Vó Milla, uma das inspirações do negócio. Além do sabor, a comunicação também conquista o público: a marca trabalha com uma identidade visual divertida, usando tirinhas e historinhas que reforçam seu propósito de forma leve e criativa. 

Rapidamente, a Charlie entrou no gosto da cidade e hoje está consolidada em Porto Alegre, com quatro lojas físicas, além de uma unidade em Florianópolis (SC). Para Thiago, esse crescimento é resultado de uma conexão verdadeira com o público, construída a partir de um posicionamento claro e sensível. 

“O que faz a Charlie ser reconhecida e sustentável enquanto negócio é que ela é uma marca muito humana. Claro que, por conta disso, somos muito cobrados pelos nossos erros, mas crescemos e somos lembrados pelo nosso propósito. No fim, o produto é só um meio, o fim são as pessoas”, afirma o empresário.

Além disso, baseado na sua palestra, Thiago separou 5 dicas para os pequenos e médios empreendedores de como prosperar dentro de um mercado tão complexo como o da alimentação fora do lar.

A primeira é “entender que o negócio não é um fim, e sim um meio”, e se basear nisso para entender o serviço e experiência que busca promover. A segunda é aprender muito sobre gestão de negócios, buscando conteúdos, conexões e eventos que possam aprimorar os conhecimentos de gestão. O terceiro é desenvolver um bom propósito de marca e reforçá-lo constantemente com a equipe.

Outro ponto é prezar pela qualidade do produto e toda a experiência que se promove. E, por fim, trabalhar com valor e ética muito bem estruturadas. Para Thiago, esta é a mais importante. “Não tem como a gente ser um bom empreendedor sem ser uma boa pessoa. Então, eu diria que cuidar da pessoa que você é fundamental, porque vai refletir no negócio que você tem”, complementa.