Food Service
Sistema de gestão utiliza tecnologia de robôs para controle de caixa dos restaurantes
Com o objetivo de facilitar os processos de gestão em restaurantes e ajudar os proprietários a automatizar os controles de caixa e estoques, a ACOM Sistemas investiu R$ 5 milhões no aprimoramento de um software que utiliza a tecnologia de robôs para a gestão interna do negócio.
Essas atividades, dentre outras presentes no dia-a-dia de restaurantes e similares, tendem a ser exaustivas e imprecisas algumas vezes se efetuadas manualmente segundo Eduardo Ferreira, proprietário e CEO da empresa. A ACOM começou desenvolvendo um sistema de gestão em 2016, o Everest 3.0, e agora melhorou as funções de integração com o ponto de venda, automatizando todos os processos relacionados à gestão fiscal, contábil e financeira.
“O sistema faz a conciliação de pagamentos feitos através das maquininhas de cartão já com o abono de taxas, faz a integração do estabelecimento com plataformas de delivery, facilita o processo de abastecimento, calculando quais itens são mais utilizados e também considerando a sazonalidade deles, e compila informações sobre os clientes”, diz Ferreira.
Ajuda na pandemia
Outra funcionalidade recente da nova geração do sistema tem se mostrado um aliado desde o início da pandemia: a engenharia de cardápio. Para essa função são analisadas quatro alternativas: itens que vendem e rentabilizam bem; itens que vendem bem, mas não rentabilizam; itens que não vendem bem, mas rentabilizam; e itens que não vendem nem rentabilizam bem.
“Isso permitiu que, em um momento no qual a contensão de gastos foi essencial, proprietários soubessem onde deixar de investir, no caso dos itens da quarta opção, e onde investir mais, nas demais alternativas. Também durante a pandemia, o software foi benéfico para estabelecimentos que alavancaram as vendas no canal de delivery”, completa.
Para o restaurante, os custos de contratação do serviço, que inclui o set up, ativação e treinamento da equipe, são de R$ 30 mil, além de uma mensalidade que custa a partir de R$ 1 mil, variando de acordo com as funcionalidades adquiridas pelo estabelecimento.
O sistema na prática
Com a nova solução tecnológica, a ACOM alcançou 300 estabelecimentos no Brasil, Argentina, Chile e Espanha; dentre eles, o Hard Rock Café, em Curitiba. Segundo o gerente geral do estabelecimento, Marco Condado, o Everest 3.0 atua na parte da retaguarda do restaurante, de forma que as relações interpessoais podem receber mais atenção dos funcionários.
Na parte financeira, ele afirma que foi possível melhorar o plano de contas e o demonstrativo de resultados, e o controle de alimentos também ficou mais preciso.
“Hoje, como 100% das notas entram no sistema, conseguimos saber exatamente o que está acontecendo. Além disso, em um cenário onde tivemos que desligar vários funcionários, quanto mais acertamos no controle, mas seguros ficamos com relação à retomada”, diz.
Mesmo sendo um sistema robotizado, Condado explica que é essencial treinar cada um dos funcionários para que possam usufruir dele da melhor maneira possível, em suas respectivas funções.
“No início, os colaborados temem as mudanças e ficam meio apreensivos, mas conforme eles percebem que aquela implementação otimiza o trabalho, aprendem com rapidez a usá-la. Para quem orienta esse processo, é uma questão de entender que não tem como implementar em todos os setores de uma vez”, finaliza.