Depois de uma experiência de sucesso no Circuito Bom Gourmet de Inverno, é a vez do Festival Bom Gourmet Curitiba — com uma mãozinha dos clientes — reconhecer os restaurantes participantes que se destacaram durante a mais recente edição do evento, que aconteceu entre 3 e 26 de outubro, com a participação de 71 estabelecimentos da capital paranaense.

A proposta tem dois objetivos. De um lado, o Festival quer valorizar o empenho de cada casa e suas equipes para garantir experiências saborosas e agradáveis para os clientes durante o evento. Afinal, desde a escolha do cardápio até o atendimento, o caminho é longo e o trabalho intenso. De outro, a organização também quer incentivar quem entra nessa jornada a dar o seu melhor e trazer bons exemplos de sucesso. Assim, o evento e o próprio mercado gastronômico curitibano mantêm a qualidade pelos quais são conhecidos.

Por isso, esta edição do Festival Bom Gourmet, premia os três restaurantes que mais venderam menus durante o evento, assim como os três que receberam as melhores avaliações de seus clientes. Todos vão receber uma placa especial do Festival Bom Gourmet com o já conhecido “B” do Bom Gourmet indicando por que foram premiados e os primeiros lugares em cada categoria recebem também um prêmio em dinheiro.

Na hora de definir qual seria o menu oferecido no 22º Festival Bom Gourmet Curitiba, o proprietário do La Mafia Trattoria, Alexandre Lubaczeuski, decidiu envolver toda a equipe no processo. “Lançamos o desafio para eles desenvolverem o cardápio, com o pessoal do salão dando o retorno do que os clientes procuram e mais gostam, e a equipe de cozinha colocando todo o conhecimento que tem dos nossos preparos”, conta. 

Deu mais do que certo. O La Mafia foi o grande Campeão de Vendas desta edição do evento, com 1.332 menus vendidos. Para Lubaczeuski, a soma das expertises e do conhecimento da equipe sobre o gosto dos clientes foi um dos segredos para o sucesso do cardápio. Os outros foram a qualidade dos produtos e o respeito à essência do restaurante, uma trattoria italiana com sotaque da Sicília e do norte da Itália — sem esquecer da inovação, já que, há sete anos, o La Mafia aproveita o Festival Bom Gourmet para testar novas receitas e não oferece no evento os pratos já consagrados do cardápio.

Para Délio Canabrava, proprietário da Casa do Délio Itupava e da Casa do Délio Batel, que faturaram o segundo e o terceiro lugares no ranking dos campeões de vendas, com 1.086 e 1.020 menus vendidos, o treinamento da equipe toda para o evento foi essencial para garantir bons resultados. “A preparação da equipe, sem dúvidas, é o mais importante. Temos que estar bem treinados. Levamos os cardápios em todas as mesas e temos prazer em oferecer um cardápio pensado com tanto carinho”, conta.

Aliado a isso, o restaurante desenvolveu um menu que também era focado em atender às demandas e agradar os clientes — e inseriu entre as opções um prato queridinho da casa, o Rondélio di Spinaci, Ricotta e Pancetta. Foi certeiro: a massa artesanal recheada com espinafre fresco e ricota cremosa, gratinada ao forno e finalizada com pancetta dourada foi o item mais vendido da edição.

Foi com uma pontuação média de 9,95 entre as avaliações dos clientes que o tradicionalíssimo restaurante curitibano A Sacristia — que, em 2026, completa 50 anos — conseguiu a primeira posição na categoria Melhor Avaliado. 

As avaliações foram feitas pelos clientes na plataforma OpinAí, logo após as visitas aos restaurantes. Para a premiação, foi considerada a média das respostas à pergunta: “O quanto você indicaria o restaurante para um amigo ou familiar”, que possibilitava respostas de 1 a 10. Para concorrer, o restaurante precisava ter, no mínimo, 50 respostas válidas, ou seja, de clientes diferentes. 

Em segundo e terceiro lugares, com médias de 9,914 e 9,913, ficaram o Doppo Cucina e o Curry Pasta, nesta ordem.

Para o gerente do A Sacristia, Diego Nascimento, o resultado é fruto de um trabalho coletivo que considera a proposta do restaurante, a qualidade das refeições e o atendimento. “O que mais tocou o público, acredito, foi a coerência entre o que servimos e o que somos. Não criamos nada para impressionar, criamos para emocionar. Mantivemos o foco na qualidade dos ingredientes, no equilíbrio dos sabores e, acima de tudo, na hospitalidade. Cada detalhe, do ponto da massa ao sorriso no atendimento, foi pensado com carinho”, diz.

A percepção de Nascimento vai ao encontro do que pensa o proprietário do Doppo Cucina, Rafael Oliveira. “Acredito que o cuidado com os detalhes faz toda a diferença. O cliente percebe quando há verdade no prato e no atendimento. Nossa equipe se dedicou de corpo e alma para oferecer uma experiência completa. Da temperatura ideal do prato ao sorriso de quem serve. E isso reflete nas avaliações: o público sente quando há paixão por trás do trabalho”.

Para além disso, Rafael Lafraia, chef e proprietário do Curry Pasta, destaca a atenção da equipe de salão para incentivar as avaliações — ação na qual, conforme ele, a casa já investia mesmo antes da premiação do Festival Bom Gourmet. “Quando um cliente se surpreende, é ele que impactamos para avaliar. Claro, pedimos avaliação para todo mundo, mas tem cliente que dá muita brecha, diz que gostou muito. Então, fazemos essa abordagem”, diz.

Para quem está começando no evento, uma das principais dicas dos empresários é apostar em autenticidade. “Não tente inventar algo apenas para o evento; mostre o que o seu restaurante tem de mais genuíno”, diz Oliveira. 

“O Festival não é uma competição, é uma celebração do que cada casa tem de melhor. Escolha um prato que conte a história do seu restaurante, envolva sua equipe e trate cada cliente como o primeiro”, aconselha Nascimento. “O Festival é também uma escola: um espaço de aprendizado, de ouvir o público, de ajustar e evoluir. Quando há amor, entrega e dedicação no que se faz, o resultado aparece naturalmente no sabor, na emoção e no reconhecimento”.