Experiência
Grazing table: tendência australiana para servir e arrasar nas comemorações
Tempo e disposição são dois fatores determinantes no momento de planejar uma festa ou reunião entre amigos e familiares. Com o fim do ano chegando e esses dois fatores se esgotando, nada mais importante do que pensar em jeitos alternativos de servir convidados e aproveitar ao mesmo tempo. É aí que o serviço de grazing table entra em cena.
O conceito, que surgiu na Austrália, significa, literalmente, “mesa de pastoreio” e consiste na montagem de uma mesa com comidas dispostas pela superfície, de maneira que os convidados transitam ao redor para petiscar. Na Oceania e na América do Norte, esse serviço já é bastante conhecido e apreciado por anfitriões que não querem se preocupar com repor quantidades ou lavar louças.
O que tem na mesa?
Queijos, frios, frutas, pães, biscoitos…as possibilidades de ingredientes na grazing table são infinitas e a criatividade de quem monta (ou de quem contrata o serviço) é o limite. “O melhor desse serviço é que ele atende todos os gostos e necessidades”, comenta a chef curitibana Andrea Passos, que monta esse tipo de mesa. Segundo ela, é possível montar mesas para celíacos, intolerantes à lactose e diabéticos.
Além disso, ela fala sobre as mesas temáticas, que podem trazer elementos de uma cultura específica, como a mexicana ou árabe, ou serem preparadas para datas comemorativas específicas. “No Natal, por exemplo, trazemos as frutas secas e cristalizadas, as bolachas de gengibre e as placas de chocolates com pistache”, explica a chef.
Outra boa opção para as festas de fim de ano são as tábuas e caixas grazing table. “Nada mais é do que o serviço montado em uma versão menor, para presentear mesmo”, diz Andrea. Nestes casos, o cliente ainda tem autonomia para decidir o que vai no presente e o tamanho varia de acordo com a quantidade de elementos escolhidos.
Mas, além das comidas, os utensílios são importantíssimos em qualquer mesa. Na grazing table não é diferente, mas a finalidade deles é outra: enquanto em buffets normais as comidas são dispostas em pratos e travessas, neste tipo de serviço, os protagonistas são os caixotes e tábuas e a maioria dos petiscos é organizada na própria mesa. Os talheres também são dispensáveis; a ideia é que tudo que é servido possa ser consumido com as mãos, sem fazer muita sujeira.
3 passos importantes para montar uma grazing table
Definir a fachada da mesa
Antes de montar a mesa, é essencial conhecer o espaço e saber por onde os convidados vão entrar. Assim, defini-se a fachada da mesa e todos os elementos devem ser colocados a partir desse ponto de vista. “Os convidados devem ser impactados pelo que vêem e nada pode estar de ponta-cabeça “, diz Andrea.
Pensar nas dimensões e alturas
Com a fachada definida, o primeiro passo é dispor sobre a mesa todos os utensílios para que caibam de maneira harmoniosa. O ideal é criar planos e alturas diferenças e, para isso, não é necessário gastar em produtos caros. A dica é reaproveitar caixotes de vinho, vidros de conservas e tábuas de churrasco. Além disso, os utensílios mais altos devem ser colocados na parte de trás da mesa e, sobre eles, recomenda-se dispor os maiores ingredientes, como pães, focaccias e tortas.
Harmonizar ingredientes e cores
A escolha dos produtos é essencial para o paladar e para os olhos. “Cores que combinem e sabores harmoniosos fazem toda a diferença”, conta a chef. Ela recomenda equilibrar queijos mais cremosos, como o brie e o gouda, com outros mais intensos, como o parmesão. Uvas, azeitonas e tomates são boas escolhas também. “O mais importante é entender o paladar dos convidados e estar de acordo com ele”, lembra.
Mercado em potencial
No Brasil a grazing table ainda é pouco explorada por organizadores de eventos e desconhecida pela maioria das pessoas. A engenheira e contadora Ana Cláudia de Pauli, recebeu uma indicação do serviço e resolveu contratá-lo para seu aniversário de 50 anos.
“A grazing table é prática e excedeu minhas expectativas. Gosto muitíssimo de receber amigos, mas em geral trabalho o tempo todo e não aproveito a festa. No caso específico, considerei que seria ideal, pois estaria em mãos especiais e conseguiria aproveitar o evento, assim como os convidados”, comenta.
A opinião de Ana Cláudia é compartilhada pela médica obstetra Lea Camargo, que descobriu a opção por causa de uma paciente e, desde então, já contratou o serviço algumas vezes. “Eu não tenho muito tempo para organizar eventos e, mesmo que tivesse, não conseguiria planejar uma refeição tão gostosa e com produtos de tanta qualidade”.
Assista o passo a passo de montagem da mesa:
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