Experiência
Vai para Argentina? Alfajor ganha exposição em museu de Buenos Aires
Ir para a Argentina e não comer alfajores é como ir à Itália e não provar a pizza. O ícone argentino, mundialmente conhecido, ganhou uma exposição no Museo de la Ciudad, em Buenos Aires. A mostra “O alfajor, um ícone argentino” foi feita a partir da coleção de Jorge D’Agostini, autor do livro “Alfajor argentino, a história de um ícone”.
A exposição conta a história do alfajor, suas receitas, recheios e publicidades que levaram o doce ao grande sucesso. A mostra pode ser visitada todos os dias das 11 às 18h até o dia 13 de setembro. A entrada é livre e gratuita.
Confira o vídeo sobre essa exposição (em espanhol):
História do alfajor
O alfajor é, na verdade, uma receita árabe conhecida como alhasú. Com a ocupação árabe na Península Ibérica em 1711, o alfajor chegou à Espanha. Mais de 100 anos depois, em 1869, o químico francês Augusto Chammás foi o pioneiro da industrialização do doce na Argentina. Ele abriu uma fábrica familiar de doces — incluindo o alfajor — na província de Córdoba. A receita, que antes era como um marzipã, levando gema de ovo e amêndoas, foi adaptada para o alfajor que conhecemos nos dias de hoje.
Na época, eram oferecidos cinco sabores: doce de leite, damasco, figo, pêssego e marmelo. A fábrica existe até hoje e mantém a receita original da massa do alfajor, mas expandiu o número de recheios. Atualmente, são mais de 100 fabricantes em toda a Argentina. Entre as marcas mais conhecidas, estão Havanna, Jorgito, El Cachafaz e Cabsha. Esta última conhecida por produzir alfajores com licor.
De acordo com dados da Associação de Distribuidores de Guloseimas e Afins (Adyga), são consumidas 900 milhões de unidades de alfajor por ano na Argentina. Cada habitante come cerca de um quilo de alfajor por ano, ou seja, 20 unidades.
A receita
O chef argentino Hugo Volskis, proprietário do Don Hugo Empanadas Argentinas, em Curitiba, conta que a receita do alfajor é conhecida como “massa podre”. “É basicamente farinha, manteiga, ovo e açúcar. O recheio é de doce de leite argentino. No interior da Argentina, tem alguma coisa com geleias, mas é muito pouco. O básico é doce de leite”, explica.
Don Hugo também afirma que, apesar de não fazer tanto sucesso quanto o chocolate, a cobertura de merengue italiano é bastante conhecida no país.
Serviço
Museu de la Ciudad, Defensa 219/223 – Alsina 412, Buenos Aires. Entrada gratuita das 11 às 18 horas. Site: www.buenosaires.gob.ar/museodelaciudad
Leia também: