Experiência
10 motivos gastronômicos para visitar o histórico Mercado Público de Florianópolis
Com a proximidade do verão, as praias viram o destino mais procurado pelos turistas que chegam a Florianópolis. Mas os visitantes que fazem questão de conhecer a rotina e os costumes dos nativos devem incluir o centro da cidade no roteiro de passeios. É na região central que está localizado o Mercado Público de Florianópolis, lugar que ajuda a contar a história da cidade e é ponto de encontro de artistas, políticos, boêmios, empresários, estudantes e trabalhadores. O prédio é dividido em duas alas, separadas por um vão central, onde ficam os bares e restaurantes. Nas manhãs de sábado, a ala sul fica abarrotada de pessoas em busca do melhor preço e dos pescados mais frescos.
Ao todo, o mercado conta com cinco lojas de artesanato, seis boxes de calçados, quatro de roupas, cinco de serviços, seis empórios de produtos naturais, onze peixarias, dois açougues, 20 quiosques de alimentação, além de hortifrutis e outros produtos gerais.
A gerente da Associação do Mercado Público, Fátima Bernardi, conta que o movimento do local costuma crescer em 40% na temporada.
Confira 10 razões para visitá-lo:
1. História
Não há livro que conte a história de Floripa sem destinar algumas páginas ao Mercado Público. A região onde o prédio foi construído abrigava um grande número de mascates, pescadores e comerciantes, que abasteciam os navios com seus produtos entre os séculos XVII e XIX. Mas a notícia da visita do imperador Pedro II à cidade marcou o início das transformações do mercado. Para melhorar suas condições de higiene e segurança alimentar, os comerciantes deixaram a rua e passaram a vender seus produtos dentro de um prédio a partir de 1851. A segunda ala, que hoje abriga as peixarias, surgiu quarenta anos depois. Em 2005, depois de ser tombado como patrimônico histórico municipal, um grande incêndio destruiu toda a sua ala norte. Depois do acidente, o local foi totalmente reformado e reinagurado em 2015.
2. Peixes frescos
Não há outro lugar melhor na cidade para comprar frutos do mar. Além do preço inferior aos valores das peixarias de bairro, o Mercado Público apresenta uma variedade impressionante de pescados. Há desde a prata da casa, como as ostras, até lagosta, que vem do Nordeste, e salmão, que chega do Chile. O congro rosa também viaja bastante, desde a Nova Zelândia. Não deixe de conhecer o Box 12, do “Fofinho”, que também é conhecido como Manuel Guimarães. O proprietário recebe os clientes com simpatia e gírias que só os nativos dão conta de decifrar.
3. Frutos do mar exóticos
Na ala dos pescados, é possível encontrar algumas raridades gourmetizadas, como as patas de goiá. As partes de caranguejo costumam vir da região de Joinville e têm sabor adocicado. Seu preparo deve incluir um caldo, que precisa ser fervido para garantir a maciez da carne.
4. Pastel de berbigão e camarão do Box 32
A fama culinária do local faz com que seja o local preferido pelos turistas. Sua especialidade são os pastéis caprichosamente recheados. O mais pedido é o de camarão, que sai por R$ 14, 80. Já a versão de berbigão, hoje raridade na ilha, custa R$ 23,70.
5. Chope IPA de pitanga exclusivo do Vai Quem Ver
O bar tem algo inédito na cidade: só vende bebidas catarinenses, da água aos chopes. Não deixe de provar o guaraná e refrigerante de laranja, bem tradicionais em Santa Catarina. Dos chopes, os estilos fixos no menu são: munique helles, dunkel, weiss e a famosa IPA que leva pitanga na composição, receita da cervejaria Badenia elaborada sob medida para o Vai Quem Quer. A escolha pela pitanga se deu por ser a fruta mais encontrada em Florianópolis. O cardápio também inclui outro chope IPA sazional, de cervejarias da região. Os copos de 300ml de IPA saem por R$ 15,90,enquanto os demais estilos custam R$ 9,90. Para comer, há cachorro-quente alemão, ostras gratinados e pastéis de queijos coloniais.
6. As cachaças e a sequência de frutos do mar do Trapiche Bar
É difícil resumir qual é a especialidade do restaurante que está no local desde 1987, mas são as bebidas feitas de cana-de-açúcar que costumam acabar mais rápido. As cachaças de maior sucesso são trazidas da cidade de Luiz Alves e envelhecidas na casa do proprietário, Renato dos Santos. Cada dose sai por R$ 5 e a garrafa de 500ml custa R$ 40. Também há outros rótulos, de todo o Brasil. A tradicional sequência de frutos do mar serve quatro pessoas e inclui camarão alho e óleo e à milanesa, lula, filé de pescada e acompanhamentos. Sai por R$ 150.
7. Utensílios de cozinha do Bazar Mansur
Este é o box mais antigo do Mercado Público. Desde 1947, funciona como loja de utensílios de alumínio, inox, ferro e esmaltados para a cozinha. Quem está a frente do local é cirurgiã dentista Marlene Mansur de Moraes, que herdeu o negócio do pai.
8.Legumes e produtos orgânicos da Quitanda do Paladar
A loja é uma das novidades da revitalização do Mercado e a única que vende alimentos sem agrotóxicos. A disposição dos produtos lembra as antigas quintandas e os preços costumam agradar. Além de legumes, frutas e verduras, há grãos, cogumelos, molhos, produtos de higiene e óleos essenciais.
9. Artesanato local e souvenirs
Para fazer a felicidade dos turistas, o Mercado Público conta com cinco lojas de artesanato e souvenirs. Há brinquedos, quadros, toalhas e pequenas lembracinhas pra lembrar de Floripa, como canetas,chaveiros, porta-joías e canecas. Em geral, os preços são mais convidativos do que os valores dos shoppings e lojas próximas às praias.
10. Música ao vivo e atrações culturais. Em Floripa, as pessoas têm menos pressa. Um exemplo da calmaria local são os longos encontros entre os moradores no Mercado Público. Em geral, acontecem nos fins de tarde, depois do trabalho e nos almoços de sábado. Das razões para a escolha do cenário estão os shows de músicos locais. Nas terças, a partir das 18h, é a vez da banda Sambaí. A programação também inclui música ao vivo nas tardes de quartas, quintas, sextas e sábados. Na sexta-feira, as atrações acontecem também na hora do almoço. O espaço costuma sediar, ainda, exposições e espetáculos de folclore regional.
Serviço: Rua Conselheiro Mafra, 255, Centro – Florianópolis. As lojas ficam abertas de segunda à sexta das 7h às 19h e, aos sábados, das 7h às 14h. Não abrem aos domingos. Já os bares, poderão funcionar em dias úteis até 22h e, nos fins de semana e feriados, até às 17h.
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