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Veja o que disseram Ravi Leite e Samuel Cavalcanti no Fórum Tutano
“Vemos mais gente defendendo a galinha caipira, a cenoura e a beterraba orgânicas. Isso é um progresso”, disse o ex-MasterChef Ravi Leite, em sua pocket palestra no Forum Tutano, realizado nesta quarta (19) no restaurante Madalosso, em Curitiba.
Ele também comentou sobre o movimento de regionalização que vem contra a padronização na comida e citou um texto do antropólogo Roberto da Mata no qual distingue comida e alimento. “Alimento é algo que você ingere para se manter vivo. Comida é tudo que te dá prazer. Nem tudo que é alimento é comida”, disse.
Ao longo da fala, Ravi contou sua trajetória e lembrou que na escola já pensava em ser cozinheiro. Seu primeiro trabalho foi fritar bife à parmegiana no Família Fadanelli, em Santa Felicidade. Depois, cursou gastronomia na PUC. Curso que não terminou porque já trabalhava na área. Ele trabalhou no extinto Guega, do premiado chef Celso Freire, e no Bistrô do David.
Depois se mudou para São Paulo e trabalhou por três anos com o francês Laurent Saudeau. “Trabalhei um ano e meio sem salário, mas aprendi muito”, disse. Abriu uma sorveteria (hoje fechada), pela qual conquistou o prêmio de melhor sorvete de São Paulo e hoje tem um restaurante que, segundo ele, vai muito bem.

Bodebrown
O mestre-cervejeiro Samuel Cavalcanti, fundador da Bodebrown, resumiu os inícios: pernambucano e filho de industrial, sempre buscou na colonização holandesa de Recife um nome para a sua cerveja. Após tentativas frustradas optou por um símbolo genuinamente nordestino: o bode e sua carne muito apreciada na região. “Vou ter que envasar o bode”, brincou ao relembrar como surgiu o nome Bodebrown.

Após a definição do nome, ele diz que focou sobre o que sentia. “Eu desligava de tudo e debruçava em apenas fazer cerveja. Cada vez mais comecei a me preocupar com qualidade e fazia o que eu queria mesmo. Assim, comecei a ganhar prêmios”, contou. São mais de 140 prêmios até agora.