Bom Gourmet
Dia do Garçom: confira cinco dicas para tornar menos árduo o trabalho de quem nos serve
Se você for a um bar ou restaurante nesta sexta-feira (11), não esqueça de dar os parabéns! Hoje é comemorado nacionalmente o Dia do Garçom (e da Garçonete!). Reza uma anedota que a origem da data – mesma que o Dia do Advogado –, estaria relacionada ao famigerado “Dia da Pendura”, quando jovens estudantes de Direito se reuniam em bares e restaurantes para comer e beber sem pagar a conta. Pela tradição, que remonta aos tempos do Império, o calote não era estendido aos garçons, que recebiam integralmente suas gorjetas.
Encarando jornadas que duram de oito a dez ou até doze horas por dia, garçons e garçonetes profissionais costumam trabalhar seis dias por semana (incluindo feriados), com folgas às segundas-feiras e um domingo por mês. Tudo isso mantendo a gentileza e a simpatia enquanto equilibram bandejas e lidam com os mais diferentes tipos de pessoas.
Uma boa maneira de homenagear a categoria nesta data especial (e todo os outros dias do ano), é evitar algumas atitudes que podem deixá-los irritados e tornar a função de servir ainda mais trabalhosa. Para ajudar, o Bom Gourmet listou cinco comportamentos que podem ser adotados para melhorar a relação cliente-garçom e garantir uma ótima experiência para ambos. Que tal aderir?
Chame com sinais ou olhares

Não estale os dedos ou assobie para chamar o garçom ou a garçonete: simplesmente levante a mão ou olhe para eles. Os profissionais estão sempre atentos à atividade do salão, portanto não vão demorar a perceber quando estão sendo solicitados. No caso de garçonetes, não force intimidade chamando-as de coisas como “meu bem” ou “meu amor”, atitude inadequada em qualquer ambiente profissional. Da mesma forma, não é todo garçom que gosta de ser chamado por apelidos, tipo “comandante, capitão, tio, brother, camarada, chefia, amigão” – por melhor que seja a música “Saideira”, do Skank.
Contato visual e paciência bastam.
Seja breve ao fazer o pedido

No momento de fazer o pedido, não tome muito tempo do garçom ou da garçonete. Se você não estiver pronto para fazer seu pedido quando for abordado, diga isso. Você pode fazer perguntas sobre o menu, mas se você detiver o profissional com muitas questões, estará impedindo-o de atender outras mesas. Também evite usar o celular quando o garçom chegar na mesa no momento do pedido. Não deixe o profissional esperando enquanto você está concentrado na tela do aparelho, praticamente ignorando a presença dele. Faça pedidos educadamente, sempre lembrando das "palavrinhas mágicas": por favor e obrigado.
Não desconte no garçom

Se você fizer um pedido que o estabelecimento não pode atender, faça o possível para aceitar polidamente. O garçom e a garçonete não têm culpa se o estabelecimento não serve ou está sem determinados alimentos ou bebidas naquele momento. O cliente tem o direito de relatar ao gerente quando há algum problema com seu pedido ou com o atendimento do profissional que o está servindo, mas é importante fazer isso com moderação e tendo em mente que a máxima “o cliente tem sempre razão” não é 100% verdadeira.
Respeite o horário da saideira

Todo bar ou restaurante tem um horário de funcionamento pré-determinado e divulgado em seus principais canais de comunicação. O garçom, assim como qualquer outro profissional, deseja ir para casa e descansar após um dia de trabalho árduo. Por isso, confira os horários antes de sair de casa e evite chegar no bar ou restaurante e fazer pedidos minutos antes do fechamento. Desse jeito, o garçom vai precisar sair do trabalho mais tarde e talvez perca o transporte que o leva até em casa. Nesse caso, não vale reclamar do mau humor!
Dê gorjeta sempre que puder

Se o garçom forneceu um serviço adequado ou melhor, deixe gorjeta. Se você fez um pedido complexo ou precisou de assistência extra, deixe uma gorjeta maior. Algumas pessoas preferem a taxa de serviço como uma forma mais fácil de gratificar o serviço, enquanto outras preferem ter a liberdade de decidir quanto deixar de gorjeta. De qualquer forma, o valor deve ajudar a complementar a renda do trabalhador.
No Brasil, uma lei aprovada em 2017 pelo Congresso Nacional, conhecida como Lei da Gorjeta (Nº 13.419), estabelece que todo o valor arrecadado com os famosos “10%” deve ser destinado aos empregados que participam diretamente do atendimento ao cliente, como garçons, cumins, atendentes, entre outros.
Mesmo com a regulamentação, os bons garçons continuam recebendo gorjetas dos clientes. Na dúvida, pergunte qual é a política estabelecimento. Mas, sob qualquer hipótese, não tente enfiar a gorjeta no bolso do garçom – melhor deixar em cima da mesa ou na caixinha específica para isso!