Bom Gourmet
Delivery: prédios se adaptam a novos hábitos em condomínios brasileiros
As entregas de comida pelo delivery, tão práticas para o jantar de sábado a noite, já não são mais as mesmas. Não é de agora que receber o pedido no condomínio passou a ser mais restrito, sem o entregador chegar à porta do apartamento.
Esta medida, que surgiu antes da Covid-19 por questões de segurança, foi acelerada durante a pandemia e ganhou novos fatores que moldaram as entregas – entre eles o conforto e a comodidade dos moradores.
A busca
por mais segurança e adaptação àquilo que os moradores desejam chegou às
pranchetas dos projetos dos engenheiros de novos prédios. Isso porque não é
raro encontrar um “congestionamento” de entregadores nos horários de pico – e,
consequentemente, de moradores descendo para receber seus pedidos.
por mais segurança e adaptação àquilo que os moradores desejam chegou às
pranchetas dos projetos dos engenheiros de novos prédios. Isso porque não é
raro encontrar um “congestionamento” de entregadores nos horários de pico – e,
consequentemente, de moradores descendo para receber seus pedidos.
Ricardo Kitamura, diretor do Grupo A.Yoshiii em Curitiba, explica que os novos projetos já estão saindo com estruturas que facilitam o recebimento tanto dos pedidos de comida do delivery como, até mesmo, das compras de supermercado, que também se tornaram ainda mais comuns durante a pandemia.
“No caso do delivery de comida em si, a portaria dos prédios passou a ter uma espécie de ‘eclusa’ com duas portas de acesso, em que o entregador pode atravessar apenas uma para deixar o pedido. Outra novidade que passou a ser implantada em alguns condomínios foi a instalação de armários para cada apartamento, em que o porteiro recebe o pedido e acondiciona na devida porta. Do outro lado, o morador pega o pedido no momento que puder, sem ter o perigo de se extraviar”, conta.
Há, ainda, uma outra estrutura diferenciada para as compras de supermercado recebidas pelo delivery, com depósitos maiores e até mesmo câmaras refrigeradas para os alimentos frios.
São comodidades que começaram a aparecer em mercados maiores, como São Paulo, e foram gradativamente trazidas para Curitiba. “É um grande laboratório, as pessoas aqui têm acesso a essas informações pela internet e querem ter também nos seus apartamentos. Estamos atentos a isso e, acredito, bem atualizados com o que é tendência fora daqui”, conclui Kitamura.
Do delivery de comida a cozinha de casa
Se até as compras de supermercado agora vão a casa dos moradores – e não o contrário –, quer dizer que as pessoas também estão cozinhando mais, e com comodidade. Para isso, os novos projetos de apartamentos já saem das pranchetas com destaque maior para a cozinha.
Ter uma
cozinha integrada à sala de estar começou a tomar forma há, pelo menos, cinco
anos, e deu um salto nos últimos dois com a redescoberta da própria casa pelos
brasileiros. Tanto que o que mais se vê hoje em dia é o lançamento de novos
projetos em que toda a vida social e íntima das famílias gira em torno da
comida.
cozinha integrada à sala de estar começou a tomar forma há, pelo menos, cinco
anos, e deu um salto nos últimos dois com a redescoberta da própria casa pelos
brasileiros. Tanto que o que mais se vê hoje em dia é o lançamento de novos
projetos em que toda a vida social e íntima das famílias gira em torno da
comida.
Kitamura
conta que o embrião dessa tendência de projeto veio do formato de cozinhas
americanas, onde o espaço tem uma certa integração com a sala de casa. Mas,
acabou indo além disso.
conta que o embrião dessa tendência de projeto veio do formato de cozinhas
americanas, onde o espaço tem uma certa integração com a sala de casa. Mas,
acabou indo além disso.
“Hoje, as pessoas querem fazer parte da cozinha mesmo estando no sofá do outro lado da sala. Em vez de uma mera parede aberta, nós estendemos a área dela de modo que todos a vejam de qualquer canto do ambiente”, explica.
Em um dos projetos visitados pela reportagem, é fácil notar como a cozinha está integrada a todo o ambiente da sala. Na verdade, as duas salas de estar e mais a de jantar tem nela uma ligação, com uma ilha no meio e uma clara visão do chef (mesmo aquele de fim de semana) lidando com as panelas e os alimentos.
Embora
seja uma tendência mais presente em projetos de apartamentos de alto padrão,
Kitamura conta que os empreendimentos médios e de entrada também já contam com
opções semelhantes, em menor escala, mas também com essa integração.
seja uma tendência mais presente em projetos de apartamentos de alto padrão,
Kitamura conta que os empreendimentos médios e de entrada também já contam com
opções semelhantes, em menor escala, mas também com essa integração.
Ao ar livre
Nos edifícios de médio e alto padrão, outro hábito que ganhou força com a pandemia foi o das varandas gourmet. Não que já não existisse antes dela, mas a tendência hoje é tornar aquele espaço da churrasqueira da sacada mais aconchegante, como uma extensão da sala para qualquer momento de uso.
Kitamura
conta que os novos projetos levam a mesa de refeições e quase a cozinha toda
para as sacadas, cada vez maiores, com um conceito de varanda mesmo.
conta que os novos projetos levam a mesa de refeições e quase a cozinha toda
para as sacadas, cada vez maiores, com um conceito de varanda mesmo.
“Nestes novos projetos, a sacada ganha praticamente o dobro do tamanho que era mais comum. Nela, a churrasqueira se torna um ponto focal com pia, frigobar, bancada de apoio de preparo e uma mesa de refeições. Não precisa mais levar a carne de um lado para o outro, o almoço ou o jantar são ali mesmo”, conta.
Tanto
na varanda gourmet como na cozinha integrada às salas, os projetos de hoje em
dia são cada vez mais personalizados ao gosto do freguês. Quer uma ilha mais
para cá, ou mais para lá, menor ou maior? A pia vai para a parede ou para o
meio, ao lado do cooktop? E a geladeira, aqui ou ali?
na varanda gourmet como na cozinha integrada às salas, os projetos de hoje em
dia são cada vez mais personalizados ao gosto do freguês. Quer uma ilha mais
para cá, ou mais para lá, menor ou maior? A pia vai para a parede ou para o
meio, ao lado do cooktop? E a geladeira, aqui ou ali?
Tudo isso já é contemplado nos projetos em desenvolvimento. “Tudo vai de acordo com o que o cliente pretende, seja ele o único morador da casa que vai apenas reunir os amigos para jantar de fim de semana, ou uma família que precisa de grandes eletrodomésticos para o preparo das refeições do dia a dia”, conta o diretor do grupo A.Yoshii em Curitiba.
